Em 2012, foram por volta de 100, enquanto em 2011 foram cerca de 300.
Informações foram divulgadas em comunicado da Santa Sé.
O Vaticano
indicou neste sábado (18) que tinha expulsado do sacerdócio cerca de
400 religiosos durante o pontificado de Bento XVI, após um aumento das
denúncias por abusos sexual contra crianças.
"Em 2012, foram por volta de 100, enquanto em 2011 foram cerca de 300", declarou o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi.
Para a Rede de Sobreviventes de Pessoas Abusadas por Padres (SNAP por
sua sigla em inglês), "o Papa tem que começar a expulsar do sacerdócio
os eclesiásticos que acobertam crimes sexuais, não só aqueles que os
cometem. Enquanto isso não acontecer, as coisas não mudarão muito",
acrescentou em um comunicado.
Na quinta-feira, o Comitê da ONU para os Direitos das Crianças pediu à
Igreja Católica que atue fortemente contra os abusos sexuais dos quais
menores de idade são vítimas, em um enorme escândalo em relação ao qual o
papa Francisco, que substituiu Bento XVI este ano, expressou sua
'vergonha'.
Pela primeira vez, os representantes do Vaticano responderam a
perguntas relacionadas aos abusos cometidos contra menores de idade por
religiosos católicos formuladas pelos especialistas desse comitê, que
vai divulgar suas conclusões no dia 5 de fevereiro.
Durante mais de uma década, a Igreja Católica foi sacudida por uma
avalanche de escândalos de abusos sexuais cometidos por religiosos
contra crianças, que começou na Irlanda e se estendeu para Alemanha,
Estados Unidos e vários países latino-americanos, como Brasil e México.
Os abusos foram acobertados pelos superiores dos acusados, que, em
muitos casos, os transferiram para outras paróquias, em vez de
denunciá-los à polícia.
Em 2005, Bento XVI havia prometido afastar todos os que acobertassem abusos sexuais dentro da Igreja, mas não conseguiu.
Em dezembro, a Santa Sé se negou a responder a um questionário enviado
em julho pelo comitê da ONU, sobre cerca de 4.000 investigações
eclesiásticas atualmente analisadas pela Congregação para a Doutrina da
Fé, que não revela seus trabalhos.
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