sábado, 25 de janeiro de 2014

Biblioteca do presídio receberá verba de R$ 20 mil

Leitura ajuda a ocupar o tempo dos apenados e os estimula a seguir novos caminhos

Biblioteca do presídio receberá verba de R$ 20 mil
A biblioteca do Presídio Estadual de Bento Gonçalves (PEBG) foi contemplada com recursos federais, através do projeto Pontos de Leitura. O valor, destinado a investimentos em estrutura e aumento do acervo, será de R$ 20 mil. A iniciativa foi do Conselho da Comunidade, com o apoio dos apenados, agentes penitenciários e professores. A documentação necessária para liberação do montante será entregue ao Ministério da Cultura (Minc) nesta sexta-feira, dia 24.

O projeto Pontos de Leitura faz parte do Programa Mais Cultura, do Minc, que visa desenvolver atividades para o fortalecimento, estímulo e incentivo à leitura em diversos locais, como presídios, associações comunitárias, entre outros. Segundo a diretora do Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos – Cultura Popular (Neeja-PC), que funciona dentro da casa prisional de Bento Gonçalves, Isabel Maria Longhi Kunzler, a leitura ocupa melhor o tempo dos aprisionados. “Percebemos que os apenados que leem aumentam sua autoestima, se tornam pessoas melhores e evitam conflitos. Eles conhecem novos horizontes e procuram novos caminhos a seguirem”, relata.

A intenção é que a utilização da biblioteca seja estendida também a familiares e visitantes dos apenados. “Reeducamos através da leitura. Ao lerem, os presos adquirem mais conhecimento. A maioria deles não teve oportunidade de estudar na idade certa e não possui profissão, mas aqui dentro eles voltam a ter conhecimento e trabalho”, salienta a diretora. Da verba que será recebida para reestruturação da biblioteca, R$ 5 mil serão utilizados para adequação física do local, R$ 3 mil para aquisição de equipamentos e R$ 13 mil para o aumento de acervo. “Essa reestruturação é muito importante, pois a maioria dos apenados encontra aqui a possibilidade de um primeiro contato com o universo da leitura”, ressalta. 

Os livros mais procurados pelos presos são os de autoajuda, poesia, romance, espírita e religiosos.

Fonte: Jornal SerraNossa - Reportagem: Jonathan Zanotto

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