sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Nova escola pode ficar para o segundo semestre

Construtora diz que é necessário entre 4 e 5 meses para conclusão, mas prefeitura fala em 60 dias

Nova escola pode ficar para o segundo semestreÀ espera da retomada das obras desde outubro de 2012, a nova escola municipal de ensino fundamental do bairro São Roque, que atenderá pelo menos 600 alunos da região norte de Bento Gonçalves, ainda não tem data para conclusão. Mesmo que a proposta da prefeitura para a utilização de R$ 612 mil do Fundo Municipal de Desenvolvimento Integrado (FMDI) tenha sido aprovada no Legislativo em outubro do ano passado, os trabalhos ainda não reiniciaram – enquanto isso, a administração municipal e a construtora responsável pelo empreendimento apresentam diferentes prazos para finalizar a implantação do educandário.

No final de 2013, em matéria publicada no SERRANOSSA, a secretaria municipal de Educação (Smed) informou que a estimativa de recomeço da construção era até 10 de janeiro, o que ainda não ocorreu. Na ocasião, a secretária Iraci Luchese Vasques afirmou que seriam necessários cerca de 60 dias para entregar a estrutura completamente pronta à comunidade. Entretanto, a empreiteira contratada pelo Poder Público, contatada pela reportagem no início desta semana, fala em um período entre 4 e 5 meses, que permitiria a utilização do espaço, provavelmente, apenas no segundo semestre.

De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Wiliam Eduardo Weiler, da Arena Construções Ltda. – que estava em férias até o último dia 13 –, a volta a campo da equipe deve se dar ainda em fevereiro. Atualmente, segundo ele, a fiscalização da prefeitura avalia algumas questões contratuais e cobranças feitas pela companhia. Somente com esse acerto de valores, os trabalhos terão continuidade. “Nós temos casos de algumas medições que ficaram para trás, alguns reajustes e até aditivos que serão necessários. Temos toda a parte do entorno, da quadra, avaliação de esquadrias, repintura. Então, dois meses seria muito pouco tempo. Mas as negociações têm sido tranquilas, as duas últimas semanas foram bastante produtivas”, destaca o profissional.

O engenheiro garante que, assim que um novo acordo for estipulado, a empresa tem condições de deslocar a mão de obra necessária para trabalhar em Bento. “Temos várias obras públicas e privadas em andamento, então teríamos apenas que realocar pessoal. É um interesse de todos terminar essa obra”, conclui Weiler.

“Calendário especial”

Em novo contato telefônico, a secretária Iraci reconheceu que a última estimativa, de finalizar a construção da escola até o final de março, apresentada no final do ano passado, já não deve ser possível, em função da demora para a retomada. Mesmo assim, ela novamente abordou o prazo de dois meses para conclusão, assim que os trabalhos forem reiniciados.

Até lá, o excedente de alunos seguirá sendo atendido normalmente em escolas como a Maria Borges Frota, no Zatt, e a Ernesto Dorneles, no Universitário, além de vagas compradas pela administração municipal no Colégio Cenecista, que é da rede particular. “Vamos ter que trabalhar com um calendário especial para o São Roque. Mesmo assim, estamos adiantando as coisas o máximo que podemos, inclusive fazendo o registro de preços do mobiliário para a nova escola”, ressalta.

Longa espera

Eleita prioridade no Orçamento Participativo (OP) de 2009, a construção da nova escola na região do São Roque iniciou em 2011, com a previsão de investimento de R$ 2 milhões em recursos próprios do município. A edificação terá três pavimentos, com 16 salas de aula e espaços como cozinha, refeitório, biblioteca, hall de leitura, auditório, laboratórios de ciências e informática, hall de exposições e quadra aberta, em uma área de quase 2,5 mil metros quadrados e com total acessibilidade para portadores de necessidades especiais.

Em outubro de 2012, as obras foram suspensas em função da crise financeira que atingiu a prefeitura. Desde fevereiro do ano passado, o local tem a presença de vigilante 24 horas por dia, pois era constantemente invadido por usuários de drogas. Em meados de outubro de 2013, a Câmara de Vereadores aprovou a utilização, solicitada pela prefeitura, de pouco mais de R$ 612 mil do Fundo Municipal de Desenvolvimento Integrado (FMDI) para a conclusão do empreendimento, que ainda não teve obras retomadas.

Fonte: Jornal SerraNossa - Reportagem: Jorge Bronzato Jr.

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