Denúncia de candidato que participou de prova em Bento foi encaminhada ao
Ministério Público Federal
O Ministério Público Federal (MPF) investiga uma denúncia de
fraude em uma das provas do último concurso público do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Ifrs) aplicadas
em Bento Gonçalves no final do ano passado. A acusação de uma suposta
irregularidade no processo para a nomeação de novos docentes partiu de
um candidato de Canoas, que acionou a Procuradoria da República na
cidade onde mora.
O exame para a disciplina de Conformação Mecânica foi realizado em Bento no dia 15 de dezembro de 2013. Segundo o relato do denunciante, que pediu para não ser identificado, antes do início da prova, um dos participantes estava na sala sem o caderno de questões e a folha de respostas, fato que também teria sido percebido por outras pessoas, que já estavam de posse do material. O fiscal da sala e o coordenador do concurso, então, teriam entregue o material ao candidato. No final, o gabarito dele não teria sido incluído com os demais no envelope apropriadamente lacrado.
A listagem dos classificados na primeira fase foi publicada no dia 6 de janeiro deste ano. O candidato que fez a denúncia afirma que o nome que aparece ocupando o primeiro lugar na divulgação do resultado da disputa por uma das vagas é justamente da pessoa que estaria inicialmente em sala sem o material e cuja folha de respostas não foi lacrada com as demais. “No entanto, esse candidato não consta na lista de inscrições homologadas, conforme a instituição divulgou no dia 6 de dezembro de 2013, nem houve qualquer divulgação de retificação, não podendo, portanto, participar do concurso. Fica evidente a fraude do concurso, em que um candidato não inscrito realizou a prova e ainda ficou em primeiro lugar, e provavelmente ocupe a única vaga, conforme o edital”, afirma, por e-mail, o candidato que acusa o Ifrs de irregularidades no certame. Por telefone, ele diz ter apurado que o envolvido já seria professor substituto do Ifrs e que suspeita que tenha havido facilitação para que ele assumisse um dos 66 cargos efetivos oferecidos no concurso.
Quatro dias depois, em 10 de janeiro, o denunciante protocolou a denúncia no MPF de Canoas. O órgão ainda não instaurou inquérito, mas já solicitou informações ao Instituto. Segundo informações da própria Procuradoria Federal, o processo deve ser encaminhado a Bento Gonçalves, onde o fato teria ocorrido e onde também está sediada a reitoria do IFRS.
Em uma consulta ao site do Ifrs realizada nesta semana, a reportagem não localizou o nome do candidato classificado em primeiro lugar na relação das inscrições homologadas, tanto por ordem alfabética quanto por local de prova. O nome dele também não figurava em outros documentos publicados na página da instituição na internet, como a lista de ausentes.
Contatada pelo SERRANOSSA na manhã de quarta-feira, 29, a reitoria do Ifrs emitiu uma nota oficial sobre a denúncia de irregularidades na prova. “O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Ifrs) não recebeu qualquer registro administrativo nem recursos do candidato questionando o concurso. Notificado pelo Ministério Público, o Ifrs está atendendo ao pedido do órgão e reunindo a documentação solicitada para encaminhamento”, diz o comunicado enviado por e-mail.
O exame para a disciplina de Conformação Mecânica foi realizado em Bento no dia 15 de dezembro de 2013. Segundo o relato do denunciante, que pediu para não ser identificado, antes do início da prova, um dos participantes estava na sala sem o caderno de questões e a folha de respostas, fato que também teria sido percebido por outras pessoas, que já estavam de posse do material. O fiscal da sala e o coordenador do concurso, então, teriam entregue o material ao candidato. No final, o gabarito dele não teria sido incluído com os demais no envelope apropriadamente lacrado.
A listagem dos classificados na primeira fase foi publicada no dia 6 de janeiro deste ano. O candidato que fez a denúncia afirma que o nome que aparece ocupando o primeiro lugar na divulgação do resultado da disputa por uma das vagas é justamente da pessoa que estaria inicialmente em sala sem o material e cuja folha de respostas não foi lacrada com as demais. “No entanto, esse candidato não consta na lista de inscrições homologadas, conforme a instituição divulgou no dia 6 de dezembro de 2013, nem houve qualquer divulgação de retificação, não podendo, portanto, participar do concurso. Fica evidente a fraude do concurso, em que um candidato não inscrito realizou a prova e ainda ficou em primeiro lugar, e provavelmente ocupe a única vaga, conforme o edital”, afirma, por e-mail, o candidato que acusa o Ifrs de irregularidades no certame. Por telefone, ele diz ter apurado que o envolvido já seria professor substituto do Ifrs e que suspeita que tenha havido facilitação para que ele assumisse um dos 66 cargos efetivos oferecidos no concurso.
Quatro dias depois, em 10 de janeiro, o denunciante protocolou a denúncia no MPF de Canoas. O órgão ainda não instaurou inquérito, mas já solicitou informações ao Instituto. Segundo informações da própria Procuradoria Federal, o processo deve ser encaminhado a Bento Gonçalves, onde o fato teria ocorrido e onde também está sediada a reitoria do IFRS.
Em uma consulta ao site do Ifrs realizada nesta semana, a reportagem não localizou o nome do candidato classificado em primeiro lugar na relação das inscrições homologadas, tanto por ordem alfabética quanto por local de prova. O nome dele também não figurava em outros documentos publicados na página da instituição na internet, como a lista de ausentes.
Contatada pelo SERRANOSSA na manhã de quarta-feira, 29, a reitoria do Ifrs emitiu uma nota oficial sobre a denúncia de irregularidades na prova. “O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Ifrs) não recebeu qualquer registro administrativo nem recursos do candidato questionando o concurso. Notificado pelo Ministério Público, o Ifrs está atendendo ao pedido do órgão e reunindo a documentação solicitada para encaminhamento”, diz o comunicado enviado por e-mail.
Jornal SerraNossa - Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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