A
maior usina de reprocessamento nuclear do Reino Unido afirmou nesta
sexta-feira ter detectado um aumento nos níveis de radioatividade e
ordenou que todos os funcionários não essenciais ficassem em casa.
A usina de Sellafield, na costa noroeste da
Inglaterra, afirmou que os níveis de radioatividade detectados estavam
acima dos naturais, mas que não havia riscos para a população ou para os
trabalhadores, e as instalações operavam normalmente.
"Como resultado de uma medida de precaução, Sellafield está operando normalmente, mas com força de trabalho reduzida hoje", disse a usina num comunicado, acrescentando que somente os funcionários essenciais foram convocados para o trabalho.
"Todas as nossas instalações confirmaram que não há condições anormais e que estão funcionando normalmente", acrescentou a usina. "Não há riscos para o público em geral e para os trabalhadores."
Sellafield processa combustível usado e não produz mais energia nuclear. O local está passando por um por um programa de desmantelamento conduzido por um consórcio formado pelas empresas Amec, Areva e URS.
A usina, localizada 480 quilômetros ao noroeste de Londres, tem mais de 10 mil funcionários e se declara a maior instalação nuclear da Europa. Lá ocorreu o prior acidente nuclear do Reino Unido, quando um dos seus reatores pegou fogo em 1957.
Ela também contém o que George Beveridge, seu vice-diretor, descreveu em 2009 como "a mais perigosa instalação industrial da Europa ocidental", abrigando um enorme reservatório com combustível nuclear usado.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, tem apoiado a construção de novas plantas nucleares para substituir usinas nucleares e a carvão antigas. No ano passado, o governo assinou um acordo de US$ 26 bilhões para construir novas usinas nucleares no sudeste da Inglaterra em parceria com a EDF e duas empresas chinesas.
Em abril de 2005, foi descoberto um vazamento de lixo radioativo em uma reprocessadora de Sellafield. A usina foi multada pela falha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário