sábado, 29 de outubro de 2011

Vem aí a terceira e quarta edição do Brique da Praça

Os integrantes do Brique na Praça estiveram reunidos junto a Secretaria Municipal de Habitação e Assistência Social e Mobilidade Urbana a procura da definição do local das próximas edições do Brique da Praça 2011, estas já em andamento, 12 de novembro e 10 de dezembro, mas ainda segue indefinido, já para 2012 ficou definitivo a Praça Centenário. O horário do evento será apartir desta edição na Praça Centenário,  das 8h às 16h, visto que é um evento tradicional e beneficente.
As inscrições para a terceira edição do evento já foram encerradas, com inscrição de 15 expositores, estas realizadas junto a  sede da Instituição Pequeno Grande Campeão,  no turno da tarde, das 13hs às 16hs.
Para a edição no mês de dezembro, as inscrições serão realizadas de 1 à 30 de novembro, na sede da Instituição Pequeno Grande Campeão. O valor das inscrições para entidades é de R$ 15,00 e para pessoa física e grupos de pessoas R$ 20,00.
O Brique é organizado por um grupo de entidades com apoio da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Habitação e Ação Social (SEMHAS) e acontece em Bento Gonçalves desde 2002. O objetivo é reunir as entidades para comercialização de produtos institucionais e outros confeccionados, captados ou doados às mesmas a fim de que as próprias instituições captem recursos necessários à manutenção de seus projetos.
Para obter mais informações sobre o evento, é só entrar em contato com a Instituição Pequeno Grande Campeão, pelo telefone (54) 34537193/ 99283380/ 84188140, no turno da tarde.


Outubro é conhecido internacionalmente como o mês da prevenção do câncer de mama. O Outubro Rosa é comemorado em diversos países, visando estimular a luta contra a doença e incentivar a participação da população, empresas e entidades.
Para dar ainda mais visibilidade para esta iniciativa, publicamos um depoimento da voluntária Sonia Kasper Faillace:
Estava eu, “como a linda Ignez posta em sossego”, quando ouço a voz da minha filha Daniela que acabara de chegar. Ela é a mais pragmática dos meus filhos e vai sempre direto ao ponto que precisa ser resolvido. – “Mãe, já arrumaste a mala?” – indagou. Mala? Hum…pensei eu. Mala lembra viagem. Para onde ia viajar? Já estava pensando para que lugar paradisíaco eu iria viajar. Esta mania de fazer associação de palavras e com elas voar…
- “Mãe, precisamos arrumar a mala porque tu vais para o hospital fazer uma mastectomia”, continuou minha filha. Já estava novamente fazendo associações, agora por conta do meu ofício de professora de História. Mastectomia me lembrou decapitação: cabeças decapitadas em 1789, tetas decapitadas em 2009. Já estava em plena Revolução Francesa, fazendo empatia com a Rainha Maria Antonieta. Ela subiu ao cadafalso onde colocaram seu jovem pescoço na guilhotina para ser decapitado. Que medo ela deve ter sentido!
Quando somos experimentados por uma adversidade, compreendemos melhor as pessoas e até os personagens históricos. Como esta rainha – que para alguns foi fraca, vaidosa e alienada – deve ter sentido medo! Também senti medo ao saber que ia perder uma mama, mas guardadas as proporções de tempo e espaço, as decapitações em 1789 matavam e as de 2009 nos devolvem a vida. Assim, eu tive volta; e a infeliz Rainha não.
Como é bom viver em 2009! Ao invés de carrascos e guilhotinas, temos médicos competentes e modernos instrumentos cirúrgicos que, quando necessário, “decapitam” com precisão a mama afetada. Este procedimento impede que as células alteradas entrem na circulação sanguínea e ocasionem a metástase – que aí sim, resultaria em perda de vida.
Dois meses após me submeter a tal procedimento, eu estava restabelecida e curada. Mas algumas medidas fizeram a diferença para que eu chegasse a este resultado, como os exames rotineiros que detectaram a doença na fase inicial, principalmente a mamografia. Ela pode diagnosticar tumores, desde os mais baixos até os mais severos. No meu caso, foi detectado um carcinoma ductal, in situ, de baixo grau, porém multifocal. Ou seja, vários focos estavam espalhados pela mama. Neste caso é recomendado a mastectomia para a retirada total destes focos, impedindo que eles perfurem posteriormente as paredes do ducto e invadam os tecidos vizinhos.
Perdi a mama, mas não perdi a vida – o que, provavelmente, aconteceria se eu não tivesse o hábito da mamografia rotineira. Quando o diagnóstico não trás a palavra multifocal, a possibilidade de cura se aproxima de 100% apenas com tratamentos; sem técnicas invasivas.
A grande pergunta que deixo é esta: o que podemos fazer para esclarecer as camadas mais necessitadas da sociedade brasileira? Acho que é lutar e fiscalizar as políticas de saúde no controle do uso da mamografia. Sabemos que as chances de cura aumentam de acordo com a precocidade do diagnóstico. Portanto, o conhecimento prévio faz a diferença para a cura.
É um direito das mulheres exigir o estabelecimento de políticas públicas que incentivem o diagnóstico precoce, pois 95% das mulheres com a doença podem ser curadas se puderem contar com profissionais qualificados e equipamentos especiais que garantam alta qualidade de imagem. Se temos deveres, como, por exemplo, pagar impostos, também temos direitos. E um deles é uma vida plena e saudável.

Fonte: http://blog.parceirosvoluntarios.org.br/outubro-rosa