O protesto contra a realização da Copa do Mundo foi pacífico em Porto
Alegre. O movimento reuniu cerca de 40 pessoas no final da tarde deste
sábado,25. O grupo promoveu uma caminha nas ruas da região central da
Capital.
Por volta das 20h, os manifestantes chegaram ao Parque Farroupilha
(Redenção), onde terminou o ato. O principal argumento dos ativistas era
de que o dinheiro investido nas obras necessárias para o Mundial ser
realizado no Brasil deveria ser aplicado na educação e saúde.
A polícia acompanhou o grupo por todo o percurso, mas não houve
qualquer tipo de confronto. Também não foram registrados atos de
vandalismo. Os ativistas carregaram faixas e cartazes. Numa delas dizia:
“Enquanto a bola rola, como vai a escola?”. Em outra, o grupo pedia
investimentos em áreas importantes do País. “Da Copa, eu abro mão. Quero
dinheiro para saúde e educação.”
Confusão em SP e no Rio
Os protestos contra a realização da Copa do Mundo agendados para o
sábado,25, tiveram início de forma pacífica, mas confrontos foram
registrados no centro do País. Em São Paulo, cerca de mil pessoas
ocuparam a avenida Paulista. O ato foi organizado por vários grupos que
participaram dos protestos de junho do ano passado, como black blocs,
Assembleia Nacional de Estudantes Livre, Periferia Ativa, entre outros.
Os manifestantes e a Polícia Militar entraram em confronto na região do
Theatro Municipal. Os manifestantes começaram a depredar
estabelecimentos comerciais no centro de São Paulo, por volta das 20
horas. A primeiro loja a ser atacada foi um McDonald''s. Os policiais
fizeram uma barreira para tentar proteger o restaurante e os
manifestantes começaram a correr e destruir agências bancárias pelo
caminho.
Os black blocs correram em direção dos PMs e lançaram até coquetel
molotov. A PM fez um cordão de isolamento para impedir que os
manifestantes fossem para a Praça da República, onde acontecia o
principal show dos 460 anos da cidade de São Paulo.
No Rio de Janeiro, os manifestantes fizeram uma caminhada pacífica pela
orla de Copacabana (zona sul) até o final da praia. Depois disso,
formou-se um grande tumulto, provocado pelos black blocs, com correria
entre os carros presos no engarrafamento.
A principal preocupação dos policiais era os cerca de 30 black blocs
reunidos bem no meio da passeata, responsáveis pelas depredações e ações
violentas registradas nas manifestações de rua no ano passado. A PM
contou com o apoio de um helicóptero, que sobrevoou a praia de
Copacabana, bastante cheia devido ao sábado ensolarado. Quando a
passeata chegou ao final da praia de Copacabana, a pista sentido
Botafogo da Atlântica foi fechada, e a sentido Ipanema, esvaziada. Foi
quando a confusão começou. Black blocs provocaram e ofenderam os PMs,
que ameaçaram prendê-los.
Em Recife, no Pernambuco, cerca de 50 manifestantes saíram do Parque 13
de Maio em direção à Avenida Conde da Boa Vista às 16 horas. Por volta
das 17 horas, poucos manifestantes estavam presentes no posto de
gasolina marcado como local de encontro em Vitória, no Espírito Santo.
* Correio do Povo
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