Segundo dados levantados pela Secretaria de Mobilidade Urbana, cerca
de 572 ônibus circulam na rua Barão do Rio Branco - a primeira via
escolhida para implantação da faixa seletiva. Um dos critérios
analisados para o funcionamento da faixa é o fluxo de veículos. Para a
realização da faixa seria preciso 25 a 30 veículos circulando por hora. A
realidade, no entanto, é muito maior: a cada hora, 47 ônibus circulam
pela rua.
Conforme o secretário de Mobilidade Urbana, Mauro Moro, o grande fluxo de coletivos é só um dos fatores que tornam a faixa seletiva essencial para uma melhoria significativa no trânsito do município. A redução do tempo de viagem dos passageiros, além do baixo custo para implantação, estão entre os fatores ressaltados por Moro. "O quanto mais precisamos apresentar para a população para convencer a todos de que a mudança é necessária? Os dados falam por si, e falam muito", questiona.
De acordo com o secretário, a faixa seletiva só tem pontos positivos para acrescentar ao trânsito. "Estou convicto de que o resultado será positivo e que vamos passar muito em breve para as próximas etapas", afirma. Para Moro, a importância está na realização deste primeiro teste na rua Barão do Rio Branco. "Toda mudança gera descontentamento. Já estávamos esperando manifestações contra. Mas é preciso que a população entenda que trabalhamos pela coletividade", destaca.
Estacionamento reorganizado
A principal resistência para a implementação da faixa está na
retirada das vagas para estacionamento que supostamente influenciariam
negativamente o comércio. As vagas do lado direito serão retiradas,
deixando a via livre apenas para a circulação de ônibus e táxis. Sobre a
questão, Moro explica que as vagas não serão retiradas, mas sim,
posicionadas em outras vias. "Das 24 vagas de estacionamentos na Barão
do Rio Branco que serão retiradas, 18 já foram compensadas em outros
pontos nas mesmas quadras à esquerda, onde não havia previsão de vagas.
Outras seis vagas também serão implantadas nas mesmas quadras".
Para o secretário, o foco do projeto está em solucionar o caos do trânsito e melhorar a saúde das vias. "Hoje precisamos pensar em mobilidade humana e não mais em mobilidade urbana. As ruas não são apenas dos veículos, mas da comunidade, trabalhadores, usuários de transporte coletivo. O projeto é macro e pretende solucionar tudo isso", justifica.
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