O volume de cianeto de sódio líquido que vazou do tanque de uma empresa de pintura e cromagem
localizada no bairro Vila Nova pode chegar a 22 mil litros. A
informação foi repassada pelo sargento Lima, do Pelotão Ambiental da
Brigada Militar. A perfuração foi provocada por um bloco de concreto que
se desprendeu de uma obra que está sendo feita por outra empresa nas
proximidades. O vazamento atingiu as ruas Celeste Magagnin e Aurélio
Peruffo.
De acordo com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a
parte do muro que se deslocou caiu sobre a área de galvanoplastia
(tratamento de metais). Com os tanques atingidos, parte vazou para o
piso, gerou gás cianídrico e escorreu para os tanques da Estação de
Tratamento (ETE) que estavam cheios. Da Estação de Tratamento escorreu
para fora da empresa a atingiu três quadras do loteamento do entorno
pelas ruas e bueiros.
Segundo o Hospital Tacchini, duas pessoas deram entrada após inalarem
o gás tóxico, mas passam bem. As equipes de socorro orientam que
moradores dos arredores ou pessoas que transitaram pela região após o
incidente procurem atendimento médico imediatamente em caso de sintomas
como garganta seca, tontura ou náusea.
A Corsan garante que toda a estrutura de abastecimento é canalizada, o
que fez com que o líquido tóxico não entrasse em contato com a bacia de
captação do Barracão, mesmo tendo escorrido por um bueiro. Uma empresa
especializada foi contratada para limpar a área atingida pelo cianeto e
deve encaminhar o material recolhido para Chapecó (SC) para o descarte
correto.
Por se tratar de um produto altamente tóxico, casas e
estabelecimentos comerciais que ficam a um raio de 50 metros foram
evacuados durante a manhã de segunda-feira, dia 24. A fiscalização
ambiental da prefeitura, o Comando Ambiental da Brigada Militar, a
Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estiveram no local, assim como
técnicos da Fepam.
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