A Polícia Federal afirma que não tem dúvidas do envolvimento de
Vilson Bellé nos casos envolvendo as ações contra empresas de telefonia.
De acordo com o Ministério Público Estadual, Bellé e Celi Acemira Lemos
eram os responsáveis por aliciarem clientes para outorgarem procurações
aos advogados do grupo. Segundo a denúncia, eles induziram em erro
clientes interessados no ajuizamento das ações contra a Brasil Telecom,
apresentando a esses, para assinatura, contratos de cessão de crédito
como se fossem a segunda via do contrato de honorários advocatícios.
O MP alega que, tanto Celi, quanto Bellé, ainda realizavam o
pagamento de créditos a clientes, em valores inferiores aos devidos,
apropriando-se de parte da quantia em favor dos integrantes da
associação, com a ciência e a determinação de Maurício Dal Agnol, Márcia
Fátima da Silva Dal Agnol e Pablo Geovani Cervi, todos advogados nas
ações.
Os agentes da PF chegaram em Bento Gonçalves por volta das 7h45min e
foram direto para o escritório de advocacia dos filhos de Bellé,
localizado na rua Saldanha Marinho. Eles estavam acompanhados do
presidente da subseção da OAB em Bento Gonçalves, o advogado Felipe
Possamai. No local foram salvos documentos que estavam em computadores e
também apreendidas documentações que comprovariam o envolvimento do
contador nos crimes.
De acordo com o delegado da PF, Mário Luiz Vieira, não é possível
afirmar neste momento se os profissionais da Bellé Advocacia estão
envolvidos no grupo formado por Maurício Dal Agnol. Ele revela que
existe uma vasta documentação a ser analisada a partir de agora e novos
envolvidos podem surgir até que tudo seja investigado. Não está
descartada, segundo o delegado, a participação de um outro escritório de
contabilidade de Bento Gonçalves no esquema de aliciamento de clientes
para o escritório de advocacia em Passo Fundo.
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