O velho estádio municipal Getúlio Dornelles Vargas, mais conhecido 
como estádio da Montanha, completará 70 anos em 2015 e, apesar de 
deteriorado pela falta de manutenção, está longe de ser aposentado. Ao 
invés disso, pode iniciar a era septuagenária rejuvenescido. 
Uma emenda parlamentar do deputado federal Renato Molling (PP) no 
valor de R$ 250 mil, viabilizada pelo Farrapos, possibilitará a 
construção de um prédio para academia no espaço atrás da goleira à 
esquerda das cadeiras, ao lado do prédio da Ftec. Os recursos ainda 
serão usados para reformas de uma das salas do estádio que passará a ser
 utilizada como sede do clube de rugby. A tendência é que tudo isso 
esteja concluído até o final de 2014, quando outras obras, de proporções
 muito maiores, poderão ter início. 
A prefeitura trabalha no assunto internamente, pois ainda se trata de
 um projeto sem recursos aprovados, mas a intenção é transformar o velho
 estádio em uma arena multiuso, dedicada primordialmente ao rugby. Em 
junho deste ano, o local foi aprovado como Centro de Treinamentos de 
Seleções de Rugby para as Olimpíadas 2016, o que não garante que a 
cidade receberá grandes equipes, mas dará o direito de buscar recursos 
do governo federal para melhorias no local. Essa inclusão no catálogo do
 Comitê Olímpico Internacional (COI) é encarada pela prefeitura como uma
 oportunidade ímpar para, enfim, remodelar o estádio, além de fazer com 
que as Olimpíadas deixem um legado para a cidade. 
O projeto que será avaliado pelo Ministério dos Esportes já está 
pronto. Ele prevê apenas arquibancadas laterais, com capacidade para 
pelo menos 10 mil pessoas. A que fica no lado da avenida Osvaldo Aranha 
precisaria ser refeita, já que o intento também indica a construção de 
um estacionamento, no subsolo, para cerca de 500 veículos. A 
arquibancada oposta, a princípio, seria apenas reformada, tendo a sua 
estrutura preservada. No espaço atrás da goleira à direita das cadeiras 
seria erguido um ginásio para o desenvolvimento de modalidades 
olímpicas. O projeto ainda prevê a construção de um museu, com o 
propósito de perpetuar a história do estádio até a sua remodelação. Os 
locais da futura academia e sede do Farrapos foram escolhidos 
estrategicamente, de forma que as estruturas possam ser mantidas mesmo 
com as futuras transformações no estádio. 
Tudo isso tem custo estimado em cerca de R$ 12 milhões. A linha de 
crédito para melhorias nos Centros de Treinamento para as Olimpíadas 
encerra no dia 31 de dezembro, prazo limite para que as reformas sejam 
aprovadas. Segundo o secretário municipal de Esportes, Gustavo Sperotto,
 caso todo o planejamento ocorra sem imprevistos, haveria tempo hábil de
 executar as melhorias a tempo de a nova Montanha ser opção de Centro de
 Treinamento para seleções em 2016. Isso, no entanto, não é o mais 
importante. Além de uma grande estrutura esportiva para o município, o 
local passaria a entrar na rota de amistosos e campeonatos 
internacionais de rugby, com estrutura única no país para a prática da 
modalidade. 
Por enquanto, isso tudo ainda não passa de projeto, mas às vésperas 
de completar 70 anos, a ideia de aposentar definitivamente a velha e 
saudosa Montanha parece mais distante do que nunca. Antes dedicado 
apenas ao futebol, o local foi adotado pelo rugby e, como legado 
olímpico, pode continuar pulsando por novas décadas, moderno e 
repaginado. Oxalá, possa ter com a bola oval uma história tão bonita e 
marcante como nos áureos tempos do alviazul.
A nova Montanha
- Capacidade para pelo menos 10 mil pessoas;
- Ginásio para a prática de esportes olímpicos;
- Museu para perpetuar a história do estádio até a sua remodelação;
- Estacionamento no subsolo para cerca de 500 veículos.
Reportagem: Jornal SerraNossa - João Paulo Mileski
 
 
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