O governo anunciou agora há pouco que o corte no Orçamento Geral da
União de 2014 alcançará R$ 44 bilhões. Com o corte, o governo pretende
atingir este ano um superávit primário equivalente a 1,9% do Produto
Interno Bruto (PIB), correspondente a todo o setor público consolidado,
buscando com isso manter os fundamentos da economia e a confiança dos
investidores internacionais e do mercado interno.
O corte de R$ 44 bilhões, em 2014, foi superior ao verificado em 2013,
que alcançou R$ 38 bilhões, mas inferior ao enxugamento ocorrido em 2012
(R$ 55 bilhões) e RS 2011 (R$ 50,1 bilhões).
Dos R$ 44 bilhões, R$ 13,5 bilhões são despesas obrigatórias e R$ 30,5
bilhões correspondem a despesas discricionárias. O detalhamento dos
cortes no Orçamento está sendo explicado, neste momento, no Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão, pela ministra Miriam Belchior e
pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A ministra Miriam Belchior
disse, durante entrevista, que os dados referentes ao corte orçamentário
serão publicados no Diário Oficial da União, amanhã (21).
Para o ministro Mantega, o enxugamento orçamentário constituiu uma boa
sinalização aos mercados interno e externo, tendo em vista as
turbulências econômicas internacionais do momento. No entanto, o
ministro da Fazenda afirmou que, após os cortes verificados, haverá um
aumento no otimismo dos agentes econômicas em relação ao Brasil.
Mantega disse que, com o corte de R$ 44 bilhões, o governo economizará
R$ 80,8 bilhões, número maior do que a economia verificada em 2013,
quando este patamar chegou a 75,3 bilhões.
As previsões do governo foram feitas com base na manutenção dos
seguintes parâmetros da economia brasileira: o superávit primário de
1,9% do PIB; inflação de 5,3% e dólar na faixa de R$ 2,44.
* Agência Brasil
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