Intrigada com o fato de que organizadores da Copa do
Mundo tenham alertado turistas sobre a existência de prostituição
infantil no Brasil, uma emissora britânica veio ao País conferir se - e
como - adolescentes eram exploradas no mercado do sexo. Vagando pelas
ruas do Recife, a rede de televisão descobriu jovens entre 12 e 17 anos
cheirando cola, muitas delas envolvidas com prostituição. A reportagem
foi informada de que, por R$ 10 ou R$ 20, uma menina aceitaria ir para a
casa com o estrangeiro ou ser levada para um motel. Recife é uma das
cidades que vai receber os jogos da Copa, como destacou a emissora. As
informações são da Sky News.
"Elas vendem seus corpos", informou um homem que se
identificou como "dono da rua" por onde passou a reportagem. "Elas vão
para boates e outros lugares onde sabem que onde sabem que
ocorre prostituição, mas também há aqueles que vêm aqui e as levam,
pagam por sexo", garantiu. Meninas ouvidas pela emissora relataram que
nem sempre se sentem seguras, e às vezes "coisas ruins" acontecem nas
ruas. Aos 17 anos, a irmã de uma garota de 12 anos diz que a prática é
comum na família: ela se prostitui desde os 13, e disse que chegou a
vender o corpo por até R$ 3.
O Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho
Infantil estima que meio milhão de crianças e adolescentes são vítimas
da prostituição no Brasil, e teme que muitos sejam levados para áreas
que receberão turistas durante a Copa do Mundo. Uma campanha promovida
em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que pessoas
viajando ao País durante a Copa do Mundo podem ser presas caso explorem
jovens com menos de 18 anos. Nos voos de uma companhia aérea britânica,
um vídeo com participação de jogadores como David Luiz, Ramires e Frank
Lampard também alerta sobre o crime.
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