Segundo o diretor da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São 
Paulo), Rui Ramos, o sangue pode ser interrompido pela “obstrução das 
artérias coronárias por placas de gordura que vão se formando ao longo 
dos anos em suas paredes”.
 ― O desprendimento de parte dessa parede de gordura ou a formação de um
 coágulo de sangue acarretam a obstrução do fluxo sanguíneo, causando 
problemas sérios ao coração.
 De acordo com dados da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), no 
Brasil morrem cerca de 340 mil pessoas por doenças cardiovasculares 
todos os anos. Essa é a principal causa de morte por doenças, superando 
inclusive os cânceres.
 No momento do infarto, de acordo com o cardiologista, a pessoa sente dor no peito que pode se irradiar para os dois braços.
 — Em alguns casos as dores podem se irradiar para as costas, mandíbula e até mesmo par o estômago, provocando enjoos.
 Para o cardiologista e professor da Unifesp (Universidade Federal de 
São Paulo), Diego Gaia, as primeiras duas horas após a aparição dos 
sintomas são essenciais para aumentares as chances de cura e diminuir as
 de sequelas.
 ― O aconselhado é que, assim que sentir os sintomas, a pessoa corra 
para o hospital. Se não houver ninguém para levá-la ao pronto-socorro é 
necessário chamar uma ambulância imediatamente.
 Segundo o diretor da Socesp, 40% dos pacientes que chegam em até uma 
hora e meia ao hospital não adquirem nenhuma sequela após o infarto.
 Gaia ainda explica que pessoas que sobrevivem ao infarto “podem 
desenvolver insuficiência cardíaca em que o coração tem menos força para
 bombear o sangue”.
 —Então a pessoa pode se cansar mais do que o normal ao subir uma escada ou realizar um exercício.
 Angioplastia
 O procedimento que Aragão passou após o infarto, a angioplastia 
coronária, é um tratamento das obstruções das artérias do coração com o 
objetivo de aumentar o fluxo sanguíneo para o músculo.
 ― Após a desobstrução da artéria por meio de um cateter, é implantado 
um stent [pequeno tubo de metal] que mantém a artéria aberta, aumentando
 o fluxo de sangue.
 Segundo Gaia, a angioplastia não é o único procedimento possível para tratar aqueles que tiveram o infarto agudo do miocárdio.
 ― Nem todos os casos necessitam uma angioplastia. Alguns casos 
específicos podem ser tratados por meio de medicamentos que desobstruem 
as artérias.
 Se cuide e fuja do infarto
 A vida corrida e atribulada dos dias de hoje faz com que as pessoas não
 tomem cuidado com a alimentação e com o corpo.  O estresse, a falta de sono e uma alimentação desregulada contribuem para que o coração fique sujeito a doenças cardíacas como o infarto.
 De acordo com a cardiologista da Clínica Vivid-Saúde Vaidade Ana 
Cristina Ludovice, a prática de exercícios físicos, pelo menos quatro 
vezes por semana, aliada a uma alimentação balanceada, podem diminuir os
 riscos de um infarto.
 ― O recomendado é evitar a ingestão exagerada de quaisquer tipos de 
gorduras. Aliado a isso, é necessário prática de atividades físicas 
quatro vezes por semana, com a duração mínima de 45 minutos, pois já 
colabora na prevenção de problemas cardíacos.
 Segundo a diretora médica do INC (Instituto Nacional de Cardiologia) 
Cynthia Magalhães, os idosos devem ficar mais atentos à saúde do 
coração.
 ― Os idosos devem ficar mais atentos a fatores que coloquem a saúde do 
coração em risco.  Tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e a hipertensão devem ser controlados ao máximo. Isso também vale para os mais jovens.
 Para as cardiologistas, consultar regularmente os médicos para checar 
colesterol, diabetes, IMC (Índice de Massa Corpórea) e pressão arterial 
são grandes amigas da saúde do coração.
 *Colaborou: Luiz Guilherme Sanfins, estagiário do R7
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