sábado, 1 de fevereiro de 2014

Governo gaúcho não pedirá ajuda à Força Nacional

Em nota divulgada nesta sexta-feira, 31, o governo do Rio Grande do Sul afastou a possibilidade de pedir a presença de tropas da Força Nacional de Segurança Pública em Porto Alegre, após os ataques a ônibus ocorridos na cidade. A manifestação do governo estadual se deu após o prefeito da capital, José Fortunati, considerar a ajuda do Ministério da Justiça para conter as depredações.
 
Os rodoviários de Porto Alegre estão em greve há cinco dias e não atenderam à determinação judicial que prevê 70% da frota nas ruas. Alguns rodoviários, no entanto, decidiram continuar trabalhando e, na última quarta-feira, 29, 22 ônibus foram depredados. A prefeitura, porém, já pediu apoio à Brigada Militar para garantir a segurança dos que querem continuar trabalhando.
 
Em seu site, o governo gaúcho respondeu às declarações do prefeito. "A Brigada Militar está cumprindo rigorosamente as suas funções constitucionais”, diz a nota, explicando, em seguida, que não cabe à prefeitura pedir ajuda ao Ministério da Justiça. “A Força Nacional só pode ser convidada a atuar no Rio Grande do Sul pelo governo do estado, não por prefeituras. Não há nenhuma necessidade de atuação da Força Nacional no Rio Grande do Sul nas atuais circunstâncias”, acrescenta a nota.
 
Neste sábado1º, a greve dos rodoviários de Porto Alegre entra no sexto dia, sem previsão de término. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Porto Alegre, as principais reivindicações da categoria são redução da carga horária para seis horas diárias, aumento do vale-refeição para R$ 20, reajuste salarial de 14% e fim do banco de horas.
 
As negociações, porém, ainda não tiveram início. O Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre quer o cumprimento de um acordo assinado por representantes dos rodoviários e diz não inicia as conversas antes disso. O acordo determinava que metade da frota estivesse nas ruas ainda na sexta-feira, 31 e 100% dela a partir deste sábado e pelos próximos 12 dias.
 
Fonte: Agência Brasil

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