Em nota divulgada nesta sexta-feira, 31, o governo do Rio Grande do
Sul afastou a possibilidade de pedir a presença de tropas da Força
Nacional de Segurança Pública em Porto Alegre, após os ataques a ônibus
ocorridos na cidade. A manifestação do governo estadual se deu após o
prefeito da capital, José Fortunati, considerar a ajuda do Ministério da
Justiça para conter as depredações.
Os rodoviários de Porto Alegre estão em greve há cinco dias e não
atenderam à determinação judicial que prevê 70% da frota nas ruas.
Alguns rodoviários, no entanto, decidiram continuar trabalhando e, na
última quarta-feira, 29, 22 ônibus foram depredados. A prefeitura,
porém, já pediu apoio à Brigada Militar para garantir a segurança dos
que querem continuar trabalhando.
Em seu site, o governo gaúcho respondeu às declarações do prefeito. "A
Brigada Militar está cumprindo rigorosamente as suas funções
constitucionais”, diz a nota, explicando, em seguida, que não cabe à
prefeitura pedir ajuda ao Ministério da Justiça. “A Força Nacional só
pode ser convidada a atuar no Rio Grande do Sul pelo governo do estado,
não por prefeituras. Não há nenhuma necessidade de atuação da Força
Nacional no Rio Grande do Sul nas atuais circunstâncias”, acrescenta a
nota.
Neste sábado1º, a greve dos rodoviários de Porto Alegre entra no sexto
dia, sem previsão de término. De acordo com o Sindicato dos
Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Porto Alegre, as principais
reivindicações da categoria são redução da carga horária para seis horas
diárias, aumento do vale-refeição para R$ 20, reajuste salarial de 14% e
fim do banco de horas.
As negociações, porém, ainda não tiveram início. O Sindicato das
Empresas de Ônibus de Porto Alegre quer o cumprimento de um acordo
assinado por representantes dos rodoviários e diz não inicia as
conversas antes disso. O acordo determinava que metade da frota
estivesse nas ruas ainda na sexta-feira, 31 e 100% dela a partir deste
sábado e pelos próximos 12 dias.
Fonte: Agência Brasil
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