Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) conseguiram
nesta sexta-feira, (3), um alívio na dívida deixada pelo encontro
católico que trouxe ao Rio o papa Francisco, em sua primeira viagem
internacional, na última semana de julho. O pontífice determinou a
doação de R$ 11,7 milhões para ajudar no pagamento das contas pendentes.
Esta quantia, somada aos R$ 800 mil arrecadados pela campanha de doação
lançada em outubro, reduzirá a dívida dos atuais R$ 43,2 milhões para
R$ 30,7 milhões.
Em nota, o Comitê Organizador Local (COL) da Jornada informou que "os
recursos chegam para ajudar a saldar parte dos investimentos que fizeram
possível essa grande festa de fé". Em agosto, auditoria realizada pela
empresa Ernst&Young concluiu que o déficit da Jornada era de R$
91,3 milhões. Depois de a Arquidiocese do Rio negociar com os
fornecedores e vender por R$ 46 milhões o imóvel onde funciona o
hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão (zona norte), a dívida chegou a
R$ 43,2 milhões em novembro, sendo R$ 22,92 milhões em despesas com
alimentação e R$ 20,28 milhões devidos a fornecedores diversos, segundo o
COL.
"Quando o papa Francisco esteve no Rio, em julho de 2013, ficou bem
impressionado com tudo que experimentou naqueles dias, manifestando a
intenção de contribuir financeiramente com a Jornada Mundial da
Juventude. Foi uma iniciativa que partiu dele, reconhecendo a
importância da JMJ para a juventude, a sociedade e a Igreja. Neste mês
de janeiro, o gesto se concretizou. O Sumo Pontífice dispôs a
contribuição de R$ 11,7 milhões", diz a nota do comitê organizador.
O texto informa que "os contratos ainda em aberto estão sendo
renegociados e os valores pendentes devem ser quitados na medida em que
os recursos estiverem disponíveis". Segundo o comitê, a venda de três
DVDs e um CD da Jornada "também serão fonte de recursos" para pagar as
contas.
* Estadão Conteúdo
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