A presidente Dilma Roussseff, reforçou nesta sexta (6) a importância da vinda de médicos estrangeiros ao Brasil. Durante pronunciamento
em cadeia nacional de rádio e TV, Dilma disse que trazer médicos de
outros países para atender em locais onde há carências na saúde é uma
medida “a favor da saúde”. “A vinda de médicos estrangeiros, que estão
ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por
brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais”, defendeu.
A presidente declarou que o país tem
feito investimentos na estrutura da saúde e que pretende liberar mais
recursos para hospitais e equipamentos. “A falta de médicos é a queixa
mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita dor,
diminuída, e muita fila reduzida nos hospitais apenas com a presença
atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde”, disse.
Além de defender o crescimento da
economia brasileira, o pronunciamento também relembrou os cinco pactos
nacionais anunciados por Dilma anteriormente. “Estamos aprofundando os
cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no
transporte e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia”,
explicou. Os pactos para melhorias no transporte público, na
estabilidade fiscal e na educação foram lembrados pela presidenta. Sobre
a reforma política, a presidenta celebrou a “proposta de decreto
legislativo para o plebiscito”.
Quanto à educação, reforçou a importância da destinação de 75% dos royalties
do petróleo e de 50% do Fundo Social. “Esse será um dos maiores legados
do nosso governo às gerações presentes e futuras e vai trazer
benefícios permanentes à população brasileira por um período mínimo de
50 anos”.
O discurso, veiculado na véspera de 7 de
Setembro, começou às 20h30 desta sexta e durou cerca de dez minutos. No
mês de junho, em meio às manifestações populares que levaram milhares de
brasileiros às ruas de centenas de cidades, a presidenta fez um
pronunciamento em que prometia “trazer de imediato milhares de médicos
do exterior para ampliar o atendimento do SUS”. Aprimorar a saúde
pública foi um dos pontos do pacto firmado por Dilma em prol da melhoria
dos serviços públicos, uma das principais reivindicações dos protestos.
Três semanas depois, o governo lançava, por meio de medida provisória, o
Mais Médicos.
A Medida Provisória (MP) 621, que cria o
Programa Mais Médicos, é debatida pelos deputados. Na última
quarta-feira (4), foi instalada a comissão geral na Câmara dos Deputados
para apreciar o tema. Na sessão de instalação, o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, lembrou que os médicos estão mal distribuídos no
território nacional, faltam especialistas e há poucas vagas nas escolas
de medicina. “O jovem que entra na faculdade de medicina hoje é filho da
realidade urbana que estudou em escola particular. Ou trazemos ao jovem
do interior, ao jovem indígena, a oportunidade de ser médico ou não
vamos resolver o problema”, disse.
A prática de celebrar o Dia da
Independência com um pronunciamento à nação é comum entre os presidentes
brasileiros. No ano passado, Dilma anunciou a redução dos preços da
energia elétrica para residências e indústrias.
Fonte: Agência Brasil
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