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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Pacto pelo Ensino Médio começa a funcionar em vários estados

A secretaria estadual de Educação da Paraíba e as universidades federais da Paraíba (UFPB) e de Campina Grande (UFCG), que constituíram parceria para realizar o Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio no estado, promovem, de 17 a 22 deste mês, em João Pessoa, a primeira etapa de capacitação dos formadores regionais. O curso terá 48 horas, de um total de 96 horas exigidas pelo MEC.
 
De acordo com Ana Célia Lisboa Costa, gerente executiva do ensino médio e profissional da Paraíba, o estado tem 386 escolas de ensino médio, das quais 90 trabalham exclusivamente nesta etapa de ensino, e 8.197 professores. A expectativa da secretaria de educação é iniciar a formação continuada dos docentes e dos coordenadores pedagógicos, em cada escola, na segunda quinzena de março.
 
Pela receptividade manifesta pelos professores nas duas últimas semanas, Ana Célia avalia que a adesão ao pacto deve alcançar 100% dos educadores. A formação continuada no espaço da escola, e dentro da jornada de trabalho, e a bolsa de R$ 200 mensais, segundo a gerente executiva do pacto, são elementos motivadores da adesão.
 
O Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio é uma proposta do Ministério da Educação, lançada em 2013, de oferecer formação continuada aos professores do ensino médio nas 27 unidades da Federação. Para que se concretize, o pacto depende da adesão das secretarias estaduais, de universidades públicas e dos professores do ensino médio. Conforme dados do censo escolar, o País tem 495,6 mil docentes desta etapa do ensino, que lecionam em 20 mil escolas públicas. Os 26 estados e o Distrito Federal aderiram ao pacto e agora é a vez da adesão dos professores.
 
Segundo a diretora de apoio à gestão educacional da Secretaria de Educação Básica do MEC, Yvelise Arco Verde, cada estado está fazendo seu desenho de formação continuada. “Alguns se articularão com apenas uma universidade, outros com várias. Cada estado tem sua trajetória e nós estamos respeitando essas relações.” O início dos cursos de formação também vai variar bastante, explica a diretora. Eles devem acontecer entre fevereiro e abril.
 
Yvelise destaca dois fatores importantes, que devem ser mantidos para a unidade do pacto: a formação continuada com base na articulação da educação básica e ensino superior, e a formação no espaço da escola, esta com a utilização da hora atividade como tempo de estudo, previsto na lei que instituiu o piso nacional de salário dos professores.
 
Santa Catarina

Com 725 escolas públicas do ensino médio e cerca de 12 mil professores, a secretaria estadual de educação de Santa Catarina fez parceria com as universidades federais de Santa Catarina (UFSC) e da Fronteira Sul (UFFS), que vão fazer a coordenação geral do pacto, e com a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que fará a coordenação adjunta. O desenho do pacto no estado reúne também instituições comunitárias, que se distribuem em todas as regiões, e que serão responsáveis pela qualificação dos formadores regionais.
 
Maike Cristine Kretzschmar Ricci, gerente do ensino médio, explica que a secretaria de educação elaborou um roteiro de atividades do pacto que será discutido com as universidades. A proposta é construir um cronograma e realizar os seminários de formação neste mês e em março. Ela diz que a receptividade dos professores está muito boa, especialmente porque eles valorizam a formação e a possibilidade de um encontro de estudo e debate com educadores das universidades. “A formação continuada valoriza e dá brilho ao olhar do professor”, segundo a gerente.
 
Em Santa Catarina, na avaliação de Maike, o pacto promove um novo movimento e a oportunidade de atualizar a proposta de currículo do ensino médio, tema que os educadores do estado debatem e estudam há 25 anos.

Tocantins

Com uma rede com 243 escolas de ensino médio e 5.549 professores, Tocantins entra no Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio em parceria com a Universidade Federal de Tocantins (UFT). Sâmia Maria Carvalho de Macedo, coordenadora do ensino médio, informa que o estado fez o seminário preparatório no final de 2013 e que as escolas já começaram a cadastrar os professores. Até esta sexta-feira, 7, 126 escolas tinha iniciado o cadastro, mas a expectativa é ter a adesão de todos os educadores.
 
Segundo Sâmia, a secretaria e a UFT elaboram este mês o calendário de atividades, que compreende seminários e encontros de formação para os dois semestres de 2014. A secretaria estadual de educação trabalha para iniciar a formação dos professores em março.
 
Bolsas 

Todos os educadores – das instituições de ensino superior, das secretarias de educação e os professores cursistas – que fazem parte do pacto receberão bolsas mensais durante todo o período de formação. As bolsas, que serão pagas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), se dividem em sete tipos, conforme as atribuições dos educadores: R$ 2 mil para o coordenador-geral da instituição de ensino superior; R$ 1,4 mil para o coordenador-adjunto da instituição de ensino superior; R$ 1,2 mil para o supervisor; R$ 1,1 mil para o formador da instituição de ensino superior; R$ 1,1 mil para o professor formador regional do pacto nos estados e Distrito Federal; R$ 765 para o orientador de estudo; R$ 200 para o professor cursista e para o coordenador pedagógico.
 
* Ministério da Educação

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Pacto gera conflito na Assembleia Legislativa

Às vésperas da eleição do novo presidente da Assembleia Legislativa, que ocorre no dia 31 de janeiro, entra em debate o rodízio pré-estabelecido pelas quatro maiores bancadas da Casa. Os parlamentares das oito bancadas não contempladas pelo acordo verbal, conhecido internamente como "pacto de sangue", reclamam de não terem sido consultados nessa legislatura (2011-2014) sobre a forma como se daria o rodízio com mandato de apenas um ano, definido por um grupo restrito logo após os resultados das eleições de 2010. "O PSB é contrário a esse rodízio que fere o regimento interno e prejudica os trabalhos. Isso é uma ditadura das quatro maiores bancadas que decidem os rumos da Casa e serve apenas para eles colocarem a foto na galeria dos ex-presidentes", afirmou o líder da bancada socialista, deputado Miki Breier.
 
O regimento interno da Assembleia prevê que a presidência seja ocupada pelo mesmo parlamentar pelo período de dois anos. No entanto, desde 1997, quando o ex-deputado João Luiz Vargas (PDT) foi presidente, a prática do acordo verbal se sobrepõe à norma legislativa. A exceção ocorreu durante a gestão do ex-deputado Sérgio Zambiasi (PTB), que permaneceu no cargo de 2001 a 2003, por ter sido campeão de votos na sua legislatura.
 
Somadas, as quatro maiores bancadas possuem 36 dos 55 parlamentares. "De qualquer forma, se eles fechassem decisão em torno disso, acabariam formando maioria. Não se tem muito o que fazer enquanto as maiores bancadas se unirem e decidirem. Para dissolver isso, apenas se um dos maiores partidos rompesse o acordo", opinou o líder do PTB na Casa, Ronaldo Santini.
 
A definição dos presidentes da atual legislatura teria ocorrido em novembro de 2010, quando os então líderes das maiores bancadas eleitas no pleito daquele ano (PT, PMDB, PP e PDT) junto de representantes da direção de seus partidos se reuniram na casa do então deputado estadual pedetista Giovani Cherini, hoje na Câmara dos Deputados, para combinar os nomes e o período em que assumiriam a presidência da Casa nos quatro anos seguintes. 'Com o rodízio, cada presidente se compromete apenas com a sua bancada e não com o parlamento. Para a próxima legislatura, se eu for reeleito, vou defender que o PSDB vote contra os presidentes indicados pelas maiores bancadas', prometeu o líder tucano Lucas Redecker.
 
Para o deputado Jorge Pozzobom (PSDB), a regra imposta pelos quatro maiores partidos na Assembleia viola o princípio de proporcionalidade. 'Esse princípio é respeitado nas comissões permanentes e nas temporárias. Para ele, o acordo desfavorece os 19 deputados das oito bancadas menores. "O bloco de minoria deveria fazer uma indicação."
 
A posse dos novos presidentes ocorre sempre no dia 31 de janeiro, logo após o anterior renunciar ao cargo. O indicado preestabelecido se apresenta como candidato único e uma votação - também pré-combinada - é realizada. No final desse mês, o deputado Gilmar Sossella (PDT) ficará com o lugar de Pedro Westphalen (PP) na presidência, conforme acerto feito em 2010.
 
O deputado Frederico Antunes (PP), que presidiu a Casa em 2007, admitiu que não concorda com o mandato de um ano. "O período na presidência tem que seguir o regimento da Casa. A pluralidade deve estar na mesa diretora. Na próxima legislatura, tem que se cumprir o regimento." Já o colega de bancada João Fischer defendeu a prática: "A negociação que começou a acontecer porque há mais partidos na Casa. Quando se tinham menos bancadas, ficava mais fácil dividir".
 
Até o ano passado, a Assembleia Legislativa gaúcha era a única do país onde não se cumpre o regimento e o presidente tem mandato de apenas um ano. A Assembleia de Santa Catarina estabeleceu acordo semelhante ao gaúcho para 2013 e 2014, mas por motivo diferente.
 
* Correio do Povo

sábado, 7 de setembro de 2013

Dilma: Mais Médicos não é decisão contra profissionais brasileiros

A presidente Dilma Roussseff, reforçou nesta sexta (6) a importância da vinda de médicos estrangeiros ao Brasil. Durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, Dilma disse que trazer médicos de outros países para atender em locais onde há carências na saúde é uma medida “a favor da saúde”. “A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais”, defendeu.

A presidente declarou que o país tem feito investimentos na estrutura da saúde e que pretende liberar mais recursos para hospitais e equipamentos. “A falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita dor, diminuída, e muita fila reduzida nos hospitais apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde”, disse.
 
De acordo com Dilma, o “Pacto da Saúde vai produzir resultados rápidos e efetivos”. A presidenta frisou que o Programa Mais Médicos “está se tornando realidade” e disse que os brasileiros vão sentir, a cada dia, “os benefícios e entender melhor o grande significado deste programa”. A presidenta disse que o Brasil “ainda tem uma grande dívida com a saúde pública e essa dívida tem que ser resgatada o mais rápido possível”.
 
Além de defender o crescimento da economia brasileira, o pronunciamento também relembrou os cinco pactos nacionais anunciados por Dilma anteriormente. “Estamos aprofundando os cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia”, explicou. Os pactos para melhorias no transporte público, na estabilidade fiscal e na educação foram lembrados pela presidenta. Sobre a reforma política, a presidenta celebrou a “proposta de decreto legislativo para o plebiscito”.
 
Quanto à educação, reforçou a importância da destinação de 75% dos royalties do petróleo e de 50% do Fundo Social. “Esse será um dos maiores legados do nosso governo às gerações presentes e futuras e vai trazer benefícios permanentes à população brasileira por um período mínimo de 50 anos”.
 
O discurso, veiculado na véspera de 7 de Setembro, começou às 20h30 desta sexta e durou cerca de dez minutos. No mês de junho, em meio às manifestações populares que levaram milhares de brasileiros às ruas de centenas de cidades, a presidenta fez um pronunciamento em que prometia “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”. Aprimorar a saúde pública foi um dos pontos do pacto firmado por Dilma em prol da melhoria dos serviços públicos, uma das principais reivindicações dos protestos. Três semanas depois, o governo lançava, por meio de medida provisória, o Mais Médicos.
 
A Medida Provisória (MP) 621, que cria o Programa Mais Médicos, é debatida pelos deputados. Na última quarta-feira (4), foi instalada a comissão geral na Câmara dos Deputados para apreciar o tema. Na sessão de instalação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que os médicos estão mal distribuídos no território nacional, faltam especialistas e há poucas vagas nas escolas de medicina. “O jovem que entra na faculdade de medicina hoje é filho da realidade urbana que estudou em escola particular. Ou trazemos ao jovem do interior, ao jovem indígena, a oportunidade de ser médico ou não vamos resolver o problema”, disse.
 
A prática de celebrar o Dia da Independência com um pronunciamento à nação é comum entre os presidentes brasileiros. No ano passado, Dilma anunciou a redução dos preços da energia elétrica para residências e indústrias.
Fonte: Agência Brasil