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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Ao censurar Rachel Sheherazade, SBT sai como perdedor

Tão indesejável quanto a censura é a autocensura. O SBT acaba de amarrar uma mordaça no único nome que se destacava em seu pálido telejornalismo. Rachel Sheherazade não poderá mais emitir suas opiniões no SBT Brasil. Oficialmente, a decisão se estende a todos os âncoras da emissora. "Essa medida tem como objetivo preservar nossos apresentadores", diz a nota oficial enviada à imprensa.  
 
Na prática, a autocensura foi a maneira encontrada para manter a jornalista no ar e, ao mesmo tempo, acalmar as várias fontes que pediram sua cabeça. De partidos políticos a anunciantes governamentais, de anônimos nas redes sociais a humorista famoso. O politicamente correto venceu. O SBT e a liberdade de expressão foram os grandes derrotados. 

Acusada de incitar a violência ao apoiar a atitude de pessoas que amarraram em um poste um adolescente suspeito de roubo, a apresentadora verbalizou o pensamento de milhões de pessoas. Porém vivemos numa extrema correção política. Assumir uma opinião polêmica pode render açoitamento moral. Foi o que aconteceu. Com histórico de pensamentos considerados conservadores e até reacionários, a apresentadora se ofereceu mais uma vez como alvo — e não faltaram mãos para chicoteá-la. 

A tendência mundial é abandonar o telejornalismo "chapa branca" e aumentar o espaço do telejornalismo opinativo, que convide o telespectador a se posicionar. Na era da interatividade, o público não pode ser encaixado numa posição passiva. Precisa ser instigado, incomodado, estimulado a refletir sobre os assuntos do dia a dia. Quando os jornalistas dizem exclusivamente aquilo que a maioria do público quer ler, ouvir ou ver, o jornalismo perde uma de suas funções básicas: propor o contraditório para que a questão seja debatida. 

O direito de pensar diferente é uma das garantias da democracia. Se o pensamento está certo ou errado, se é criminoso ou não, discute-se em sociedade — e, se for o caso, recorre-se aos meios legais para punir eventuais excessos. Reprimir opiniões antes mesmo de serem emitidas não é a atitude mais produtiva de uma sociedade que se pretende civilizada e desenvolvida. 

É óbvio que todo veículo de comunicação tem seus interesses comerciais, sua ideologia e, em muitos casos, até objetivos políticos. Porém a liberdade de expressão de seus jornalistas deveria sobrepor tudo isso. Ao abafar a voz de sua apresentadora, o SBT abre um precedente perigoso, e deixa de oferecer uma opinião alternativa ao telespectador. Por acaso, os 200 milhões de brasileiros pensam sempre da mesma maneira? 

Rachel Sheherazade é, desde ontem, apenas mais uma leitora de teleprompter, o aparelho acoplado à câmera no qual se lê as notícias. Caso queira se posicionar diante de um acontecimento relevante, terá que recorrer à mímica facial. Ou será que ela será obrigada também a fazer cara de paisagem?

Especial para Terra

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Jornal: empresas têm evitado contratar Neymar como garoto-propaganda

A polêmica envolvendo os valores da venda de Neymar podem ter começado a prejudicar financeiramente o atacante do Barcelona. De acordo com o jornal Marca, as ofertas de empresas para contar com o atacante como garoto-propaganda caíram muito após serem iniciadas as investigações em torno de como foi sua saída do Santos para o clube catalão.

O jornal afirma que as grandes lojas não querem seu nome vinculado a uma pessoa que pode ser vista com receio ou com atitudes suspeitas, mesmo que Neymar não tenha culpa nenhuma na sua transição para o futebol espanhol. 

Segundo o periódico, antes dos acontecimentos, Neymar era tido como o nome do momento no futebol por ser a imagem do Brasil durante a Copa do Mundo e a nova cara do Barcelona para o resto do mundo. Porém, as cifras e a demissão suspeita do ex-presidente do time azul-grená Sandro Rosell foram uma publicidade negativa para a carreira do brasileiro. 

O Marca diz ainda que, apesar de não contar com novos patrocinadores, as empresas que já investem em Neymar como garoto-propaganda não pretendem romper o acordo que tem com o atacante. O jornal destaca que ele tem atualmente 11 patrocínios pessoais: as marcas brasileiras Claro, Guaraná Antarctica, Lupo, Heliar, Tennys Pé, Unilever, além de multinacionais como Nike, Panasonic, Red Bull, Volkswagen e Santander. 


sábado, 7 de setembro de 2013

Dilma: Mais Médicos não é decisão contra profissionais brasileiros

A presidente Dilma Roussseff, reforçou nesta sexta (6) a importância da vinda de médicos estrangeiros ao Brasil. Durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, Dilma disse que trazer médicos de outros países para atender em locais onde há carências na saúde é uma medida “a favor da saúde”. “A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais”, defendeu.

A presidente declarou que o país tem feito investimentos na estrutura da saúde e que pretende liberar mais recursos para hospitais e equipamentos. “A falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita dor, diminuída, e muita fila reduzida nos hospitais apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde”, disse.
 
De acordo com Dilma, o “Pacto da Saúde vai produzir resultados rápidos e efetivos”. A presidenta frisou que o Programa Mais Médicos “está se tornando realidade” e disse que os brasileiros vão sentir, a cada dia, “os benefícios e entender melhor o grande significado deste programa”. A presidenta disse que o Brasil “ainda tem uma grande dívida com a saúde pública e essa dívida tem que ser resgatada o mais rápido possível”.
 
Além de defender o crescimento da economia brasileira, o pronunciamento também relembrou os cinco pactos nacionais anunciados por Dilma anteriormente. “Estamos aprofundando os cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia”, explicou. Os pactos para melhorias no transporte público, na estabilidade fiscal e na educação foram lembrados pela presidenta. Sobre a reforma política, a presidenta celebrou a “proposta de decreto legislativo para o plebiscito”.
 
Quanto à educação, reforçou a importância da destinação de 75% dos royalties do petróleo e de 50% do Fundo Social. “Esse será um dos maiores legados do nosso governo às gerações presentes e futuras e vai trazer benefícios permanentes à população brasileira por um período mínimo de 50 anos”.
 
O discurso, veiculado na véspera de 7 de Setembro, começou às 20h30 desta sexta e durou cerca de dez minutos. No mês de junho, em meio às manifestações populares que levaram milhares de brasileiros às ruas de centenas de cidades, a presidenta fez um pronunciamento em que prometia “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”. Aprimorar a saúde pública foi um dos pontos do pacto firmado por Dilma em prol da melhoria dos serviços públicos, uma das principais reivindicações dos protestos. Três semanas depois, o governo lançava, por meio de medida provisória, o Mais Médicos.
 
A Medida Provisória (MP) 621, que cria o Programa Mais Médicos, é debatida pelos deputados. Na última quarta-feira (4), foi instalada a comissão geral na Câmara dos Deputados para apreciar o tema. Na sessão de instalação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que os médicos estão mal distribuídos no território nacional, faltam especialistas e há poucas vagas nas escolas de medicina. “O jovem que entra na faculdade de medicina hoje é filho da realidade urbana que estudou em escola particular. Ou trazemos ao jovem do interior, ao jovem indígena, a oportunidade de ser médico ou não vamos resolver o problema”, disse.
 
A prática de celebrar o Dia da Independência com um pronunciamento à nação é comum entre os presidentes brasileiros. No ano passado, Dilma anunciou a redução dos preços da energia elétrica para residências e indústrias.
Fonte: Agência Brasil