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domingo, 27 de abril de 2014

Cuidados com o uso de internet por crianças

A professora Nélia Mara defendeu, em fevereiro deste ano, sua tese de doutorado, em Educação, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Com o título Você tem face?, o estudo pesquisou as experiências infantis com as redes sociais online, tendo como plataformas de investigação o Orkut e o Facebook.

“Em 2009, meus alunos de seis anos, na classe alfabetização, perguntavam frequentemente se eu tinha Orkut e revelavam, com frequência, novidades sobre seus perfis. Enquanto isso, o grupo de pesquisa do qual faço parte desde 2005, Grupo de Pesquisa Infância e Cultura Contemporânea, coordenado pela professora Rita Ribes, na UERJ, voltava seu foco de estudos para a relação das crianças com as mídias digitais, oportunizando a sistematização teórica e metodológica das minhas questões nascidas na escola. Buscava entender porque as crianças estavam no Orkut, como acessavam e o que gostavam de fazer nas redes sociais online. Dois anos depois, as crianças migraram para o Facebook e, em pouco tempo, muitas tinham suas primeiras experiências com as redes sociais nele. Por isso, os dois sites foram as principais plataformas de análise”, conta.

Segundo Nélia, o grande desafio foi conseguir construir uma metodologia que não desprezasse a dimensão técnica do fenômeno que pretendia estudar e que conseguisse captar, de alguma forma, a fugacidade das relações online e, em última instância, a dinâmica da cultura contemporânea. “Foi assim que nasceu uma pesquisa online, em que eu conversei com crianças entre oito e onze anos através dos chats, além de observar constantemente todas as atualizações nos perfis infantis”, destaca.

Em entrevista à revistapontocom, Nélia conta detalhes do estudo e suas principais conclusões sobre a relação das crianças com as redes sociais online. “Desejo que a entrevista seja o começo de uma conversa com quem se interesse pelo tema e que traduza também num convite para a leitura da tese”, afirma.

Acompanhe a entrevista:

O que leva as crianças a participarem, cada vez mais, das redes sociais?

Nélia Mara – As redes sociais despontam na fase atual da cibercultura como uma potência que inaugura novas experiências nas formas de se relacionar, aprender, conviver, se expressar… Quando me interessei pelo tema, busquei selecionar os sites que as crianças mais acessavam, como forma de conhecer suas experiências e preferências na internet. Queria ir onde elas estivessem. E apesar de, em 2009, época em que surgiram os primeiros movimentos da pesquisa, eu ter conhecido alguns sites de rede social voltados especialmente para crianças, estes não eram sequer citados pelas crianças quando as indagava sobre o que faziam na internet. Talvez esse seja um bom exemplo para pensar que as crianças não vivem num mundo apartado dos adultos, mas estão inseridas na cultura e dela participam ativamente. As crianças querem estar onde todos estão.

Como podemos definir as crianças que participam das redes sociais?

N.M. – São crianças que inauguram experiências que situam a infância em um lugar social inédito na cultura. A pesquisa me permite afirmar que a presença e a participação das crianças nas redes sociais online possibilitam que as vozes das crianças habitem o ciberespaço numa relação de horizontalidade com as vozes dos adultos. Estão todos lá, convivendo, interagindo, comunicando. Isto quer dizer que a possibilidade de as crianças serem emissoras de conteúdo guarda uma potência que liberta a infância dos estatutos modernos calcados na ideia de menoridade e inferiorização em relação ao adulto. São crianças que burlam os protocolos dos sites – que é bom lembrar, ostentam uma proibição hipócrita, visto que atraem as crianças de forma velada –, criam e se apropriam cada vez mais de novas linguagens, novas formas de ser criança e de viver a infância. Para essas crianças, as redes sociais representam hoje, sobretudo, novas formas de interação e sociabilização. Elas jogam, brincam, conversam, assistem a vídeos, produzem vídeos, se informam, aprendem coisas novas, consomem. No entanto, é importante não perder de vista que a cibercultura, essa cultura em rede que vivemos hoje, nos afeta não só materialmente, mas, sobretudo, simbolicamente. Está em jogo a produção de novas linguagens, subjetividades, de novas formas de aprender, de se relacionar, novas relações com o tempo e com o espaço, o que é também vivido por quem não tem, necessariamente, um perfil no Facebook.

São grandes as diferenças de formação, oportunidade, experiência e conhecimento entre crianças que acessam e as que não acessam as redes?

N.M. – Pesquisas oficiais de cunho quantitativo sobre crianças e internet, como as realizadas pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC) em todo o território nacional, têm demonstrado o quanto a condição socioeconômica é fator que determina o acesso à internet, a frequência com que ocorre, bem como a posse de aparatos técnicos. Renda familiar, classe social e região do país – dada desigualdade no investimento das condições técnicas para a distribuição da conexão, se compararmos os dados da região norte com a sudeste, por exemplo – são elementos que interferem de maneira decisiva para a participação das crianças nas redes sociais. No caso específico da pesquisa que realizei, é importante dizer que não se adotou um recorte de classe, pois se buscou, inicialmente, dialogar com crianças que já possuíam perfis em sites de redes sociais e, num segundo momento, crianças que fizessem parte da minha rede de contatos. Dito isto, a pesquisa que realizei não se debruçou sobre um estudo comparativo entre as crianças que têm acesso e as que não têm. No entanto, se aceitamos a ideia de que a cibercultura nos afeta simbolicamente, a questão se complexifica e exige aprofundamento. Mas é inegável que a oportunidade de entrar em contato com o mundo através do seu próprio celular posiciona a criança no mundo de maneira diferente daquela que, sequer, tem o que comer. São, sem dúvida, experiências de infância distintas qualitativamente. Penso que autonomia e criatividade estão no centro da participação nas redes sociais online. Inclusive, as crianças precisam, muitas vezes, criar datas de nascimento fictícias para terem acesso a uma conta no site. Precisam criar um perfil com inúmeras informações sobre si. O próprio ato de apenas “curtir”, no Facebook, alguma postagem, já evidencia uma expressão. Solidariedade e ética são noções por demais subjetivas para serem definidas aqui como algo propiciado pelas redes sociais. As crianças que estão nas redes sociais estão em diálogo com o mundo – elas têm acesso à informação, são encorajadas a se mostrar, a emitir opiniões, a compartilhar o que gostam, a conversar. Mas a formação se dá a todo momento: para a leitura, para a escrita, para a relação com o outro, para a construção da própria identidade, para a construção das noções de privacidade, formação para o consumo… Por isso, ao mesmo tempo em que é indiscutível reconhecer a centralidade que ocupam hoje as redes sociais na vida de muitas crianças, é indispensável pensar em formas articuladas de oferecer uma mediação que possam amplificar e qualificar todas estas fontes de in(formação).

Quando falamos de mediação pensamos no papel dos adultos. As crianças estão sozinhas na rede?

N.M. – Não, elas não estão sozinhas, ainda que acessem a internet sem ninguém por perto fisicamente. Penso que o grande desafio, hoje, para pais, professores e pesquisadores é pensar em novas formas de mediação online. Dado o caráter diferenciado das tecnologias digitais, a mediação não pode ser pensada sobre as mesmas bases, já consolidadas, das mídias eletrônicas. A mobilidade, por exemplo, é uma realidade e uma tendência também entre as crianças, já que a miniaturização dos aparelhos produz também condições para um uso mais individualizado. Se, por um lado, a impossibilidade de acompanhar fisicamente os acessos das crianças à rede pode sugerir menos possibilidade de acompanhamento dos adultos ao que as crianças acessam, há que se compreender que, online, as crianças nunca estão sozinhas. Estar nas redes sociais pressupõe estar em diálogo com alguém, seja um amigo, um familiar, um estranho ou mesmo uma empresa. O “estar com” é a essência do “estar em rede”. Por isso, friso, nosso papel enquanto adultos é buscar o diálogo com as crianças também online, fazendo-se presente também nas redes sociais. Há responsáveis que, sim, marcam sua presença de diferentes formas nos perfis de seus filhos; outros não. Há uma diversidade nas formas como a permissão do acesso às redes sociais acontece nas casas das crianças: há pais que criam os perfis dos filhos, incentivando que coexistam em rede; também há filhos que criam contas para seus pais, em busca de “atualizá-los”. Há famílias, por exemplo, que impõem uma idade mínima para que a criança conquiste o direito de estar numa rede social online, entendendo que é preciso crescer para ganhar novas responsabilidades, mesmo que não seja uma idade inferior à recomendada por sites como o Facebook ou o Orkut. Há pais que usam seus perfis com os filhos, um uso compartilhado. Em outros casos, e aqui já me posiciono como forma de dizer que penso ser a postura mais interessante, cada indivíduo da família possui um perfil, mas os pais e demais adultos interagem online com a criança frequentemente, além de conversarem em casa sobre o assunto. É uma forma de estar junto em rede, de acompanhar o que a criança faz, com quem interage, o que comunica, mas permitindo que ela tenha seu espaço, que ela construa seu perfil com suas características, preferências, fotos que gosta, podendo expressar a singularidade da sua identidade na internet.

E quanto à escola?

N.M. – A escola, de maneira geral, ainda não consegue ocupar o espaço de quem pode e deve colocar esse assunto como questão curricular porque ainda se baseia na lógica da vigilância, da proibição ou mesmo da didatização das tecnologias sob um viés, algumas vezes, empobrecedor e distante dos usos que as crianças fazem fora das salas de aula. Há instituições que, inclusive, proíbem o uso de aparelhos em suas dependências, parecendo fechar-se a uma realidade que está posta. Em paralelo, crianças postam, em seus perfis, fotos na escola em tempo real, o que denuncia que, a despeito de normas meramente burocráticas, as crianças estão em rede, se conectam de seus dispositivos móveis e, na maioria das vezes, a escola não se oferece para o diálogo.

E ao contrário do que se pensa, as crianças têm conhecimento dos perigos da internet, não é isso?

N.M. – As crianças demonstram ter muita informação sobre os perigos a que, possivelmente, estamos todos expostos na internet e nas redes sociais. Essas informações e ressalvas chegam de variadas fontes: a família conversa e instrui, a televisão noticia casos variados sobre o assunto e, mais timidamente, mas progressivamente, a escola também vai se envolvendo neste debate, ainda que o uso desites de redes sociais seja comumente proibido em seus espaços. As crianças mostraram que elegem critérios para aceitar ou recusar pedidos de amizade e eu fui, inclusive, recusada por muitas quando busquei realizar a pesquisa com crianças indicadas por amigos, desconhecidas para mim. As recusas me obrigaram a redesenhar os critérios de escolha dos interlocutores e foram fundamentais no percurso da pesquisa. Ao longo do processo, também me dei conta, em diálogo com outras pesquisas a que fui tendo acesso, que as redes sociais são espaços de encontro entre pessoas que têm ou já tiveram algum tipo de relação face a face. Assim, sob esta lógica, as recomendações dos pais aos filhos sobre os perigos de dar atenção a pessoas estranhas é incorporada também para a vida online. É possível que esta constatação na minha tese, que nem sempre emerge em outros estudos, tenha a ver com a abordagem teórico-metodológica que adotei na pesquisa. A minha premissa foi de que as crianças estão de forma ativa e autônoma nos sites de redes sociais e me interessou ver o que fazem, como usam, por que usam e, em última instância, o que comunicam sobre suas experiências quando estão em rede, enquanto sujeitos criativos e produtores de cultura que são. Há outros estudos que, embora se detenham em temática similar, se fundamentam em concepções de infância que remetem aos pilares modernos de vulnerabilidade, inabilidade e menoridade, já elencando como premissa que há perigos, há uma proibição burocrática e, portanto, as crianças não deveriam estar lá. Penso que falamos, portanto, de lugares distintos; logo, nos posicionamos de formas diferentes em relação às crianças e às experiências de infância, conduzindo as pesquisas por caminhos que, nem sempre, se encontram. É preciso enfatizar aqui que reconhecer que as crianças entendem os perigos a que estamos expostos na internet não representa ignorar a importância do adulto no que diz respeito ao seu papel de proteção da criança. Friso que é fundamental que o adulto assuma o seu lugar de quem se oferece ao diálogo e aponta o caminho seguro. No entanto, me preocupa observar como essa relação se traveste, muitas vezes, em controle e vigilância por parte dos pais. Se é certo admitir que estamos todos, adultos e crianças, aprendendo a viver em rede, também é preciso compreender que a produção compartilhada de sentidos sobre o que nos desafia é um processo que se dá em diálogo.

A participação de crianças e adultos no ambiente online vem estabelecendo um novo tipo de relacionamento?

N.M. – Essa pergunta conduz ao debate pertinente em torno da questão geracional que marca os estudos sobre crianças e tecnologias digitais. Quando nos espantamos com a intimidade dos bebês com um tablet nas mãos, evidenciamos que a questão geracional está posta. Mas é importante não perder de vista que a relação com as mídias sempre esteve atravessada por essa tensão. O que parece complexificar a questão no contexto cibercultura é que a velocidade das transformações e a obsolescência como marca dessa era nos coloca, enquanto adultos, num lugar frágil de quem também se vê inseguro e rendido pelas constantes novidades, tão bem recebidas e incorporadas pelas crianças. Elas lidam com os aparatos de forma lúdica, criativa e desbravadora, enquanto o adulto, com um olhar mais cristalizado para a realidade, se relaciona de forma menos espontânea. Mas, se as redes sociais podem ser concebidas como lugares de encontro, podemos percebê-las na potência do encontro entre adultos e crianças, e não como algo que produz algum tipo de impacto negativo, ou que gera um abismo geracional.
 
Fonte - Observatório da Imprensa

terça-feira, 1 de abril de 2014

MC Gui compra BMW e planeja viagem para a Disney: "mas ainda não estou rico não"

Dono do funk "O Bonde Passou", de 15 anos, posa para as lentes do iG e fala sobre música, namoro, dinheiro e as tão amadas fãs, conhecidas como "guináticas". "Eu tenho várias paqueras, não fico com ninguém sério. Mas já tenho uma no pente"

Guilherme Kaue Castanheira Alves é como qualquer outro garoto de 15 anos. Está no primeiro ano do Ensino Médio, tem um violão e adora jogar PlayStation 3. A diferença dele está nos números: 34 milhões de visualizações no YouTube, 2,3 milhões de curtidas no Facebook e sua própria legião de fãs, as Guináticas. MC Gui é o mais novo -- também em idade -- fenômeno da música. Com o hit “O Bonde Passou”, o paulistano alcançou um status invejável para muito marmanjo e hoje é referência do chamado funk ostentação.
MC Gui tem 15 anos e mora no Jardim Imperador, na zona leste de São Paulo
Através da música, ganhou tanto dinheiro que já é o responsável pelo sustento de “muitas famílias”, como ele mesmo pontua. “Acho muito bom ter a chance de sustentar uma família, que é uma coisa muito difícil. Muita gente tem uns 30 anos de idade e não consegue sustentar sua família”, conta o cantor ao iG em seu estúdio no Belezinho, ZL de São Paulo. 

Com o dinheiro que ganhou fazendo uma média de 60 shows por mês, aliás, já comprou um carro para os pais, um para o irmão e ainda uma BMW para ele, mesmo sem poder dirigir.

Morador do Jardim Imperador, também na zona leste, o músico sempre teve o funk correndo em suas veias. “Tem muita gente que começa em gospel, sertanejo. Eu comecei no funk mesmo”, deixa claro. Aos 10 anos, Gui teve a primeira chance de soltar suas rimas ao cantar com ninguém menos que Mr. Catra. “Foi o Mr. Catra que me deu a chance de subir no palco e assim tudo começou”, lembra o funkeiro.

Com o sucesso, MC Gui não ganhou só fama e dinheiro, mas também milhares de fãs alucinadas. Desde que o funkeirou estourou, as Guináticas começaram a tomar conta das redes sociais. Só no Facebook, o maior grupo grupo de admiradoras do cantor já tem mais de 8 mil membros, sem contar outros muitos grupos menores.

A admiração não fica só na internet. “Outro dia eu fui na casa do Gui à 1h da manhã e tinham 60 garotas na porta da casa dele”, conta o produtor do DVD do funkeiro, que será gravado no próximo dia 13, no Citibank Hall. Em cima de sua mesa no escritório, Gui guardava pelo menos 10 cartas que tinham chegado só no dia do encontro com a reportagem. “Eu devo ter uns 3 mil ursinhos e muitos quilômetros de carta. Acho que dá pra ir até a praia”, brinca.

Com apenas 15 anos (e uma conta bancária que ele nem arrisca estimar), Gui não esconde que o funk mudou sua vida. “Mudou tudo. Tinha gente da minha família que não ligava para mim depois que me viu na televisão falou ‘é meu sobrinho.’ Hoje fala né, porque hoje eu sou o MC Gui. Mas será que se eu tivesse passando por outra coisa eles iam falar que eu era sobrinho? Acho que não”, diz.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Câmara de Bento terá programação no canal 16 da NET

A instalação da TV Câmara em Bento Gonçalves será oficializada na próxima segunda-feira, dia 31, em solenidade que ocorre a partir das 17h. A partir desta data, o Legislativo bento-gonçalvense terá horário disponível diariamente, de segunda a sexta-feira, no cana 16 da NET, transmissora de TV a cabo, junto à TV Assembleia Legislativa, das 18h às 22h. O convênio com o parlamento gaúcho foi formalizado ainda em 2013 e não terá custos para a Câmara de Bento Gonçalves. 
 
De acordo com o presidente da Câmara, vereador Valdecir Rubbo (PDT), além da transmissão das sessões ordinárias do Legislativo, todas as segundas-feiras, às 18h, os telespectadores poderão acompanhar as audiências públicas realizadas pela Câmara e também pronunciamentos dos parlamentares e demais programas que poderão ser realizados.
 
A TV Câmara deverá atingir os cerca de 20 mil assinantes da NET em Bento Gonçalves. Entretanto, está sendo trabalhado também a liberação de um canal de TV aberto, para abranger todo o município. Segundo Rubbo, este projeto depende de trâmites a nível federal e deverá demorar para ser implantado.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Créditos de celulares terão validade mínima de 30 dias

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que os créditos de celulares pré-pagos tenham validade mínima de 30 dias. A obrigação está em um regulamento aprovado nesta quinta-feira (20) pela agência reguladora.

De acordo com o relator da matéria, conselheiro Rodrigo Zerbone, a facilidade de compra de créditos de pré-pago faz com que, muitas vezes, o consumidor não seja informado sobre a validade do serviço, que, em alguns casos, expira em sete ou dez dias. “É difícil exigir que o atendente da padaria, da banca de jornal ou da farmácia saiba qual a validade desse crédito”, disse Zerbone. A empresa também terá que comunicar ao consumidor quando os créditos estiverem na iminência de expirar ou acabar e comercializar créditos com validade de 90 e de 180 dias. 
 
No ano passado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região chegou a proibir o estabelecimento de créditos na modalidade pré-paga, mas a decisão foi derrubada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
 
O regulamento traz também outras regras que devem ser cumpridas pelas operadoras de telefonia fixa, móvel, internet e TV por assinatura. No caso do celular pós-pago, a fatura terá de detalhar o valor dos tributos por serviço e a operadora deverá comunicar quando o consumo se aproximar da franquia contratada.
 
A Anatel também determinou que as operadoras não podem enviar mensagens de texto para os clientes com publicidade, a não ser que o consumidor peça para receber os anúncios. Em 2012, a Anatel já tinha determinado que as prestadoras fizessem uma consulta aos assinantes sobre o interesse em continuar recebendo mensagens publicitárias. 
 
As empresas deverão disponibilizar aos clientes um sumário com as informações da oferta antes da contratação, principalmente as que impactem custos para o usuário. Segundo Zerbone, isso vai ajudar a resolver problemas de falhas de comunicação na hora da contratação do serviço. “Percebemos que parte das reclamações é referente a falhas na comunicação durante a contratação. Ou o usuário não entendeu, ou alguma restrição não estava clara, ou algum valor não foi bem apresentado pelo vendedor. Depois, na hora de pagar a conta, o consumidor percebe isso."
 
Outra garantia prevista no regulamento é que o consumidor que for cliente de uma empresa e queira aderir a um plano ou promoção não poderá sofrer discriminação. “O usuário que já seja assinante e queira ter acesso a qualquer plano disponibilizado no mercado e tem essa garantia”, ressaltou Zerbone. Além disso, todos os planos da operadora devem estar disponíveis no site da empresa.
 
O regulamento também traz mudanças nas regras de atendimento ao consumidor. Uma das exigências é que todos os contatos com o consumidor sejam gravados, inclusive os fetos pela operadora. “Muitos problemas que temos são relativos à contratação de um serviço: é passado pra o cliente algum benefício ou vantagem e, quando ele vai ver na fatura, isso não é prestado pela operadora. O consumidor fica, então, sem meio de provar que isso foi prometido a ele”, disse Zerbone. Atualmente, a gravação só é obrigatória quando o cliente entrar em contato com a empresa.
 
Segundo o regulamento da Anatel, as empresas deverão oferecer atendimento em lojas que fazem apenas a venda de planos ou aparelhos. O objetivo é que os consumidores que adquiriram o produto naquela loja possa retornar a ela e ter atendimento pós-venda.
 
A rescisão de contrato poderá ser feita pelo atendente da operadora e terá efeito imediato. Se for feito de forma automática, por telefone, internet e por terminais de autoatendimento, será efetivada em até dois dias úteis, período no qual o consumidor poderá desistir do cancelamento. As empresas também terão que disponibilizar na internet um espaço no qual o consumidor possa ter uma cópia do seu contrato, plano de serviços, histórico de demandas e solicitação de gravações no call center.
 
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) informou que  vai aguardar publicação do regulamento para analisar as novas regras. 
 
Fonte: Agência Brasil

sábado, 25 de janeiro de 2014

Xuxa se despede da grade de programação da Globo: 'Eu vou, mas eu volto'

O “TV Xuxa” deixou a grade da TV Globo neste sábado (25). Emocionada, a Rainha dos Baixinhos se despediu do público.

“Vou ter que sair para me cuidar, para cuidar do meu pé, da minha saúde [...]. Eu estou saindo, mas eu volto”, garantiu a apresentadora.

A loira também mandou seu agradecimento às pessoas que trabalharam com ela na atração. “Em especial, quero agradecer a todos que fizeram o nosso ‘TV Xuxa’. A equipe que fez, que editou, que fez com que o programa acontecesse. Tudo isso aconteceu por conta destas pessoas.”

Dilma defende potencial de economias emergentes ao falar em Davos

Na estreia da presidenta Dilma Rousseff na reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a dirigente enfatizou a empresários e chefes de Estado que participam do encontro que as economias emergentes, como o Brasil, são fundamentais na recuperação da economia global. Ela ressaltou que é apressada a tese de que esses países vão perder dinamismo com o fim da crise financeira mundial. 

“Estamos falando dos países com as maiores oportunidades de investimentos e de ampliação do consumo. Somos países que demandam infraestrutura logística diversificada, infraestrutura social, urbana, energia, petróleo, gás, minérios, investimentos industriais e agrícolas. Somos sociedades em processo de forte mobilidade social, nas quais se constituem novos e dinâmicos mercados, mercados internos integrados por centenas de milhões e em alguns casos, por bilhões de consumidores”, afirmou.
 
Ao falar especificamente do caso brasileiro, Dilma destacou que o país vem experimentando profunda transformação social nos últimos anos, tendo se tornado, por meio de um processo acelerado de ascensão social, em um país predominantemente de classe média. A presidenta ressaltou que, a partir de 2003, mais de 36 milhões de homens e mulheres foram tirados da situação de extrema pobreza. Além disso, a renda per capita média da população cresceu 78%.
 
“Criamos [no Brasil] um grande mercado interno de consumo de massa. Somos hoje um dos maiores mercados para automóveis, computadores, celulares, fármacos e cosméticos, mas apenas 47% dos domicílios têm computador, apenas 55% dos domicílios possuem máquina de lavar roupa automática, 17% têm freezeres e 8% TV plana, evidenciando o tamanho da demanda ainda a ser atendida e as oportunidades de negócio a ela associadas”, disse.
Fonte: Agência Brasil

sábado, 11 de janeiro de 2014

Atriz e jurada Marly Marley morre aos 75 anos

Jurada do Programa Raul Gil, a atriz Marly Marley morreu aos 75 anos em São Paulo, na noite desta sexta-feira (10). Ela estava internada no hospital São Camilo para tratamento quimioterápico de câncer no pâncreas.

O velório será realizado a partir das 9h deste sábado (11), no Cemitério do Morumbi, zona sul de São Paulo, onde o corpo será enterrado às 17h.

Morreu em São Paulo a atriz e jurada de TV Marly Marley, aos 75 anos, vítima do câncer. Ela foi um importante nome da televisão, do teatro e do cinema do Brasil Ex-vedete, Marly era formada em psicologia, mas nunca exerceu a profissão. Ela foi casada com o humorista Ary Toledo por mais de 40 anos.

Além de trabalhar como jurada no programa de televisão, onde sempre incentivava os candidatos, Marly Marley também dirigia peças teatrais.

A atriz estava internada no hospital São Camilo desde o início de dezembro.

Na véspera do Ano-Novo, Marly Marley apresentou obstrução de via biliar por metástases e realizou um procedimento cirúrgico para desobstrução.

Marly Marley nasceu em 5 de abril de 1938, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Mas se considerava natural de Lins, no interior de São Paulo, para onde se mudou com a família, ainda criança.

Além do teatro de revista e de comédia, no qual atuou com Dercy Gonçalves, Marly teve carreira longa no cinema nacional. Participou de filmes de Mazzaropi, entre outros diretores. Em 2008, atuou no longa Chega de Saudade, de Laís Bodansky.

Na TV, trabalhou em diversas emissoras, como Tupi, Excelsior, Manchete, Band, SBT e Record.

domingo, 22 de setembro de 2013

Grupo somali assume ataque que matou ao menos 59 em shopping no Quênia

Subiu para ao menos 59 o número de mortos em um ataque a um shopping center em Nairóbi, no Quênia, informou neste domingo o governo do país.

Passadas mais de 24 horas desde o início da ação dos atiradores, acredita-se que eles ainda tenham reféns em seu poder no centro comercial Westgate, frequentado pela elite queniana e pela comunidade internacional em Nairóbi. Calcula-se em 175 o número de feridos.

Um alto comandante do grupo militante islâmico somali Al-Shabab assumiu à BBC a autoria do ataque.

O Al-Shabab já havia ameaçado no passado atacar o shopping Westgate. O grupo vem promovendo uma série de ataques no Quênia desde 2011, quando tropas quenianas entraram no sul da Somália para combater os militantes no país vizinho.

Ainda há entre 10 e 15 militantes escondidos dentro do shopping na tarde deste domingo, informou em pronunciamento o presidente do país, Uhuru Kenyatta - que teve um sobrinho e sua namorada mortos no episódio.

Kenyatta disse que a suposta participação do Al-Shabab está sendo investigada e que os responsáveis serão "caçados em qualquer lugar para onde eles corram. Vamos pegá-los e puni-los por esse crime hediondo".

'Zona de guerra'

Uma testemunha, que falou à BBC por telefone de dentro do centro comercial, no sábado, disse que o local parecia "uma zona de guerra".

"Eu e minha mulher havíamos saído do banco do shopping e estávamos sentados em um café quando, de repente, ouvimos tiros sendo disparados do térreo e do primeiro piso", disse Surajit Borkakoty.
Este é o pior ataque no Quênia desde a explosão do prédio da Embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, em 1998, que matou mais de 200 pessoas.

Em um pronunciamento na TV, o presidente do país, Uhuru Kenyatta, disse que

Cenas de pânico

Os atiradores entraram no shopping por volta das 12h (5h de Brasília), atrirando granadas e disparando com fuzis automáticos.

Centenas de frequentadores do shopping conseguiram fugir do local, mas alguns ficaram presos do lado de dentro.

Arjen Westra, que tomava café no shopping no momento do ataque, disse à BBC ter visto cenas de pânico no local.

"Eu podia ouvir o barulho de tiros se movendo na direção da entrada principal do shopping center, então algumas pessoas saíram correndo do café, em pânico, e muitas se jogaram ao chão", disse.

O analista de segurança da BBC Frank Gardner diz que uma fonte dos serviços de segurança contou a ele que ao menos um dos atiradores era uma mulher, que parecia ter algum posto de liderança no grupo.
Após sete horas desde o início do ataque, o Al-Shabab disse em sua conta no Twitter que seus combatentes ainda enfrentavam as forças de segurança quenianas dentro do shopping Westgate.

Estrangeiros

Especialistas em segurança teriam advertido há tempos que o shopping center, que é ao menos em parte de propriedade israelense, estaria sob risco de um ataque terrorista.

Testemunhas ouvidas pela agência de notícias France Presse afirmaram que os atiradores falavam árabe ou somali.

Outras testemunhas ouvidas por outras agências disseram que eles permitiram que os muçulmanos deixassem o local e disseram que seus alvos eram os não muçulmanos.

Vários estrangeiros podem estar entre as vítimas do ataque. Segundo o superintendente do necrotério de Nairóbi, Sammy Nyongesa Jacob, havia africanos, asiáticos e caucasianos entre os corpos que chegaram ao local.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse ter relatos de que cidadãos americanos estariam entre os feridos no que chamou de "ato de violência sem sentido".

A Presidência da França afirmou que dois cidadãos franceses estavam entre as vítimas do ataque, e a Chancelaria do Reino Unido disse que ao menos três cidadãos britânicos morreram no episódio.

O primeiro-ministro do Canadá, Sttephen Harper, confirmou que dois cidadãos de seu país, incluindo um diplomata, estão entre os mortos.
BBCBrasil.com



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sábado, 7 de setembro de 2013

Dilma: Mais Médicos não é decisão contra profissionais brasileiros

A presidente Dilma Roussseff, reforçou nesta sexta (6) a importância da vinda de médicos estrangeiros ao Brasil. Durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, Dilma disse que trazer médicos de outros países para atender em locais onde há carências na saúde é uma medida “a favor da saúde”. “A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais”, defendeu.

A presidente declarou que o país tem feito investimentos na estrutura da saúde e que pretende liberar mais recursos para hospitais e equipamentos. “A falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita dor, diminuída, e muita fila reduzida nos hospitais apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde”, disse.
 
De acordo com Dilma, o “Pacto da Saúde vai produzir resultados rápidos e efetivos”. A presidenta frisou que o Programa Mais Médicos “está se tornando realidade” e disse que os brasileiros vão sentir, a cada dia, “os benefícios e entender melhor o grande significado deste programa”. A presidenta disse que o Brasil “ainda tem uma grande dívida com a saúde pública e essa dívida tem que ser resgatada o mais rápido possível”.
 
Além de defender o crescimento da economia brasileira, o pronunciamento também relembrou os cinco pactos nacionais anunciados por Dilma anteriormente. “Estamos aprofundando os cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia”, explicou. Os pactos para melhorias no transporte público, na estabilidade fiscal e na educação foram lembrados pela presidenta. Sobre a reforma política, a presidenta celebrou a “proposta de decreto legislativo para o plebiscito”.
 
Quanto à educação, reforçou a importância da destinação de 75% dos royalties do petróleo e de 50% do Fundo Social. “Esse será um dos maiores legados do nosso governo às gerações presentes e futuras e vai trazer benefícios permanentes à população brasileira por um período mínimo de 50 anos”.
 
O discurso, veiculado na véspera de 7 de Setembro, começou às 20h30 desta sexta e durou cerca de dez minutos. No mês de junho, em meio às manifestações populares que levaram milhares de brasileiros às ruas de centenas de cidades, a presidenta fez um pronunciamento em que prometia “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”. Aprimorar a saúde pública foi um dos pontos do pacto firmado por Dilma em prol da melhoria dos serviços públicos, uma das principais reivindicações dos protestos. Três semanas depois, o governo lançava, por meio de medida provisória, o Mais Médicos.
 
A Medida Provisória (MP) 621, que cria o Programa Mais Médicos, é debatida pelos deputados. Na última quarta-feira (4), foi instalada a comissão geral na Câmara dos Deputados para apreciar o tema. Na sessão de instalação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que os médicos estão mal distribuídos no território nacional, faltam especialistas e há poucas vagas nas escolas de medicina. “O jovem que entra na faculdade de medicina hoje é filho da realidade urbana que estudou em escola particular. Ou trazemos ao jovem do interior, ao jovem indígena, a oportunidade de ser médico ou não vamos resolver o problema”, disse.
 
A prática de celebrar o Dia da Independência com um pronunciamento à nação é comum entre os presidentes brasileiros. No ano passado, Dilma anunciou a redução dos preços da energia elétrica para residências e indústrias.
Fonte: Agência Brasil