Dono do funk "O Bonde Passou", de 15 anos, posa para as lentes do iG e fala sobre música, namoro, dinheiro e as tão amadas fãs, conhecidas como "guináticas". "Eu tenho várias paqueras, não fico com ninguém sério. Mas já tenho uma no pente"
Guilherme
Kaue Castanheira Alves é como qualquer outro garoto de 15 anos. Está no
primeiro ano do Ensino Médio, tem um violão e adora jogar PlayStation
3. A diferença dele está nos números: 34 milhões de visualizações no
YouTube, 2,3 milhões de curtidas no Facebook e sua própria legião de
fãs, as Guináticas. MC Gui é o mais novo -- também em idade -- fenômeno da música. Com o hit “O Bonde Passou”, o paulistano alcançou um status invejável para muito marmanjo e hoje é referência do chamado funk ostentação.
Através da música, ganhou tanto dinheiro que já é o
responsável pelo sustento de “muitas famílias”, como ele mesmo pontua.
“Acho muito bom ter a chance de sustentar uma família, que é uma coisa
muito difícil. Muita gente tem uns 30 anos de idade e não consegue
sustentar sua família”, conta o cantor ao iG em seu estúdio no Belezinho, ZL de São Paulo.
Com
o dinheiro que ganhou fazendo uma média de 60 shows por mês, aliás, já
comprou um carro para os pais, um para o irmão e ainda uma BMW para ele,
mesmo sem poder dirigir.
Morador do Jardim Imperador, também na zona leste,
o músico sempre teve o funk correndo em suas veias. “Tem muita gente
que começa em gospel, sertanejo. Eu comecei no funk mesmo”, deixa claro.
Aos 10 anos, Gui teve a primeira chance de soltar suas rimas ao cantar
com ninguém menos que Mr. Catra. “Foi o Mr. Catra que me deu a chance de
subir no palco e assim tudo começou”, lembra o funkeiro.
Com
o sucesso, MC Gui não ganhou só fama e dinheiro, mas também milhares de
fãs alucinadas. Desde que o funkeirou estourou, as Guináticas começaram
a tomar conta das redes sociais. Só no Facebook, o maior grupo grupo de
admiradoras do cantor já tem mais de 8 mil membros, sem contar outros
muitos grupos menores.
A admiração não fica só na internet. “Outro
dia eu fui na casa do Gui à 1h da manhã e tinham 60 garotas na porta da
casa dele”, conta o produtor do DVD do funkeiro, que será gravado no
próximo dia 13, no Citibank Hall. Em cima de sua mesa no escritório, Gui
guardava pelo menos 10 cartas que tinham chegado só no dia do encontro
com a reportagem. “Eu devo ter uns 3 mil ursinhos e muitos quilômetros
de carta. Acho que dá pra ir até a praia”, brinca.
Com
apenas 15 anos (e uma conta bancária que ele nem arrisca estimar), Gui
não esconde que o funk mudou sua vida. “Mudou tudo. Tinha gente da minha
família que não ligava para mim depois que me viu na televisão falou ‘é
meu sobrinho.’ Hoje fala né, porque hoje eu sou o MC Gui. Mas será que
se eu tivesse passando por outra coisa eles iam falar que eu era
sobrinho? Acho que não”, diz.
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