A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Seacon)
confirmou que a LBR – Lácteos Brasil S/A e a Líder Alimentos do Brasil
S/A – protocolou campanha de chamamento para substituição ou
ressarcimento de mais de 300 mil caixas de 1 litro dos produtos Leite
Parmalat UHT Integral e Leite Líder UHT Integral, fabricados entre 13 e
14 de fevereiro. Traços de formol, água oxigenada, soda cáustica e ureia
foram encontrados nesses lotes.
De acordo com as empresas, a campanha de chamamento, com início em 21
de março, abrange 101.220 litros de produtos Parmalat colocados no
mercado de consumo, com numeração de lote, não sequencial, compreendida
entre os intervalos L11D00S1 a L11F23S1.
Já os produtos Líder abrangem 199.800 caixas colocadas no mercado de
consumo, com numeração de lote compreendida entre os intervalos A LOB
11, B LOB 9, C LOB 17, D LOB 04, A LOB 12, B LOB 19, C LOB 18 e D LOB
14.
O Código de Defesa do Consumidor estabelece que o fornecedor repare ou
troque o produto defeituoso a qualquer momento e de forma gratuita. Se
houver dificuldade, a recomendação é procurar um dos órgãos de proteção e
defesa do consumidor.
Na metade de março, o Ministério
Público (MP) Estadual deflagrou a quarta etapa da Operação Leite
Compen$ado. Essa fase iniciou em fevereiro quando o MP recebeu
documentação do Ministério da Agricultura confirmando que, das 53
amostras de leite cru coletadas no posto de resfriamento do laticínio O
Rei do Sul, localizado em Condor, no Noroeste gaúcho, 12 apresentaram a
presença de formol.
Parte do leite impróprio foi entregue à LBR, de Tapejara, empresa de
laticínios que enviou 101 mil litros de leite contaminados às unidades
da empresa em Guaratinguetá, São Paulo, e mais 199 mil litros do
produto, também contaminado, à cidade de Lobato, no Paraná.
O responsável pelo silo de resfriamento da empresa O Rei do Sul, Odir
Pedro Zamadei, de 64 anos, foi detido. No dia 20, a Associação Gaúcha de
Supermercados orientou os associados a interromperem a venda do leite
das marcas Parmalat e Líder.
A descoberta de que o leite adulterado chegou a Porto Alegre ocorreu
após a denúncia de consumidor que levou ao Ministério Público amostra de
leite Parmalat contaminado com formol. A própria empresa reconheceu o
lote como alvo de adição de substâncias tóxicas. O produto, fabricado em
13 de fevereiro na planta da LBR em Guaratinguetá, em São Paulo, foi
adquirido em um supermercado da Capital.
* Correio do Povo
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