A cidade de São Paulo terá, neste sábado (26), mais uma edição da
Marcha da Maconha, na qual os manifestantes pedem a legalização da droga
Mas não é apenas no Brasil que o tema gera polêmica e divide opiniões
em relação a possíveis mudanças nas leis e às consequências que elas
podem causar.
A princípio, usuários brasileiros e de outras partes do mundo pedem
apenas que a maconha seja descriminalizada, ou seja, que o uso não seja
tratado como crime.
“Muitas coisas são proibidas e não são crimes, como passar no sinal
vermelho, ninguém defende que isso deva ser permitido, mas ninguém
defende que você deva ir para a cadeia por causa disso”, explica Pedro
Abramovay, diretor para a América Latina da Open Society Foundation
(Fundação da Sociedade Aberta, em tradução livre).
Os organizadores da Marcha vão além da simples descriminalização e
pedem a legalização e a regulamentação da maconha. Desta forma, o
consumo da substância se tornaria legal e seria regido determinadas
leis, como o álcool e o cigarro. Segundo Abramovay, a regulamentação
poderia dar ao Estado um maior controle sobre a produção, venda e uso da
maconha. “Os países que têm flexibilizado a política de drogas não
querem voltar atrás”, conta o diretor.
— Você pode ter uma legislação, como, por exemplo, no Uruguai, que vai
restringir a idade para uso e o local de venda, para que aquilo não seja
simplesmente um mercado livre.
Para o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), que se opõe a tais
mudanças na lei brasileira, “isso é apenas um jogo de palavras, na
verdade o que está se querendo fazer é permitir o consumo e a produção
livre de drogas. Deixar o controle do preço e da oferta nas mãos do
mercado”.
Fonte: R7
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