domingo, 27 de abril de 2014

Legalização da maconha é debatida no mundo

A cidade de São Paulo terá, neste sábado (26), mais uma edição da Marcha da Maconha, na qual os manifestantes pedem a legalização da droga Mas não é apenas no Brasil que o tema gera polêmica e divide opiniões em relação a possíveis mudanças nas leis e às consequências que elas podem causar.

A princípio, usuários brasileiros e de outras partes do mundo pedem apenas que a maconha seja descriminalizada, ou seja, que o uso não seja tratado como crime.
 
“Muitas coisas são proibidas e não são crimes, como passar no sinal vermelho, ninguém defende que isso deva ser permitido, mas ninguém defende que você deva ir para a cadeia por causa disso”, explica Pedro Abramovay, diretor para a América Latina da Open Society Foundation (Fundação da Sociedade Aberta, em tradução livre).

Os organizadores da Marcha vão além da simples descriminalização e pedem a legalização e a regulamentação da maconha. Desta forma, o consumo da substância se tornaria legal e seria regido determinadas leis, como o álcool e o cigarro. Segundo Abramovay, a regulamentação poderia dar ao Estado um maior controle sobre a produção, venda e uso da maconha. “Os países que têm flexibilizado a política de drogas não querem voltar atrás”, conta o diretor.

— Você pode ter uma legislação, como, por exemplo, no Uruguai, que vai restringir a idade para uso e o local de venda, para que aquilo não seja simplesmente um mercado livre.

Para o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), que se opõe a tais mudanças na lei brasileira, “isso é apenas um jogo de palavras, na verdade o que está se querendo fazer é permitir o consumo e a produção livre de drogas. Deixar o controle do preço e da oferta nas mãos do mercado”.
 
Fonte: R7

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