Neste domingo, a tragédia na Boate Kiss, que matou 242 pessoas,
completa 15 meses. Familiares e amigos das vítimas participam de atos
ecumênicos na Basilica da Medianeira, a partir das 19h, e na Igreja
Nossa Senhora das Dores, no mesmo horário. Também, ocorre uma missa na
Paroquia São Geraldo na cidade de Ijui.
A iniciativa é do Núcleo Missões. No centro da cidade de Santa Maria, o
Movimento “Luto à Luta” promove uma campanha de arrecadação de
agasalhos que tem como local a tenda localizada na calçada da antiga
boate. Os donativos arrecadados serão distribuídos em entidades
beneficentes.
Depoimentos
Depois do depoimento de Amanda Ruas Freitas, uma das sobreviventes da
tragédia da Boate Kiss, na última sexta-feira, em Bagé, ainda falta
ouvir o depoimento de outros três sobreviventes do incêndio. Eles serão
ouvidos em audiência fora do Rio Grande do Sul.
As testemunhas residem, atualmente, nas cidades de Teresina no Piaui; Tubarão,
em Santa Catarina e em Colombo, no Paraná. O titular do processo
criminal é o juiz Ulysses Fonseca Louzada, que entra em mais uma etapa
da ação: ouvirá as testemunhas de acusação e defesa.
A tragédia
O incêndio na boate Kiss – que ficava na Rua dos Andradas, Centro de
Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de
janeiro de 2013. Dos jovens que participavam de uma festa organizada por
estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 242 morreram
em decorrência do fogo.
Segundo testemunhas, o incêndio teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de
subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado na
forração da casa noturna. As pessoas não teriam percebido o fogo de
imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início.
Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não
funcionaram.
Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do
local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em
direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as
filas.
A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam
enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na
parte dos fundos da boate.
* Correio do Povo
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