Brigada Militar invadiu a instituição por volta do meio-dia
Uma rebelião ocorre na manhã desta quinta-feira, dia 8, no Presídio
Estadual de Bento Gonçalves. Por volta das 8h, apenados atearam fogo em
colchões e os jogaram no pátio da casa prisional. Segundo informações
extraoficiais, a revolta teria iniciado devido a uma revista em algumas
celas, que desagradou aos presos.
Por volta das 10h, após algumas tentativas de contenção, os presos
voltaram a atear fogo em colchões, desta vez dentro da cela 6. Os
apenados também quebraram uma parede, abrindo passagem entre as celas 6 e
10, e incendiaram o interior delas. O Corpo de Bombeiros está no local,
tentando apagar o fogo nas quatro celas. Os presos atiraram pedras
contra os policiais e houve disparos de tiros antimotim. Parte dos
apenados está no pátio e outros, nas celas.
A BM solicitou reforço policial de pelo menos quatro municípios da
região: Monte Belo do Sul, Farroupilha, Garibaldi e Carlos Barbosa e
também aguarda a chegada de uma equipe de Porto Alegre, para traçar uma
estratégia de retomada do controle da penitenciária. "Há anos, alertamos
sobre a situação do Presídio de Bento Gonçalves, que é uma
bomba-relógio", afirmou o major José Paulo Marinho, comandante do 3º
Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º Bpat).
Junto com o diretor do presídio, Edson Carlos Righi de Menezes,
Marinho está no pátio negociando com os apenados para conter a situação.
Três apenadas passaram mal com a fumaça.
O Batalhão de Choque de Caxias do Sul invadiu o presídio por volta
do meio-dia para tentar amenizar a situação. A tropa de Porto Alegre
chegou pouco depois e, até o momento, não precisou intervir.
O trânsito na rua Assis Brasil, entre a José Mário Mônaco e a 13 de Maio, está interditado.
Durante
uma tentativa de revista em uma cela, devido informações que a mesma
estaria sendo cerrada, outros apenados teriam se revoltado e colocado
fogo em colchões na manhã desta quinta-feira, no Presídio Estadual de
Bento Gonçalves, por volta das 7h40min. O fogo foi apagado pelos
próprios agentes penitenciários da Susepe. Mesmo assim, os Bombeiros
foram acionados em caso de um novo sinistro.
Mais tarde, passava das 9h, quando
começou um tumulto e tentativa de fuga de alguns apenados, tanto
quebrando paredes, quanto na busca até mesmo de escaparem pelo telhado.
Mais fogo foi colocado no interior de celas, sendo necessária a
intervenção dos Bombeiros. Ocorreu ainda o reforço por parte do
Policiamento Ostensivo, através da presença do POE (Pelotão de Operações
Especiais. Nas imediações da Casa Prisional houve interrupção da Assis
Brasil, com intensa presença do policiamento.
De acordo com o capitão Evandro José
Flores, do 3° Bpat, “eles simplesmente se revoltaram e decidiram que
iriam quebras as paredes do Presídio. Eles não reivindicam, simplesmente
quebraram o Presídio”.
Presos foram conduzidos para o pátio do
Presídio. Um apenado foi encaminhado para o Hospital Tacchini com
lesões, além de duas mulheres terem inalado fumaça e receberem
atendimento.
A situação acalmou-se por volta das 11h, embora o policiamento continue monitorando a situação.
O Batalhão de Operações Especiais e Grupo de Operações Especiais de Porto Alegre são aguardados para dar suporte.
Fonte: Felipe Machado - Central de Jornalismo da Difusora 890 AM
Neste domingo, a tragédia na Boate Kiss, que matou 242 pessoas,
completa 15 meses. Familiares e amigos das vítimas participam de atos
ecumênicos na Basilica da Medianeira, a partir das 19h, e na Igreja
Nossa Senhora das Dores, no mesmo horário. Também, ocorre uma missa na
Paroquia São Geraldo na cidade de Ijui.
A iniciativa é do Núcleo Missões. No centro da cidade de Santa Maria, o
Movimento “Luto à Luta” promove uma campanha de arrecadação de
agasalhos que tem como local a tenda localizada na calçada da antiga
boate. Os donativos arrecadados serão distribuídos em entidades
beneficentes.
Depoimentos
Depois do depoimento de Amanda Ruas Freitas, uma das sobreviventes da
tragédia da Boate Kiss, na última sexta-feira, em Bagé, ainda falta
ouvir o depoimento de outros três sobreviventes do incêndio. Eles serão
ouvidos em audiência fora do Rio Grande do Sul.
As testemunhas residem, atualmente, nas cidades de Teresina no Piaui; Tubarão,
em Santa Catarina e em Colombo, no Paraná. O titular do processo
criminal é o juiz Ulysses Fonseca Louzada, que entra em mais uma etapa
da ação: ouvirá as testemunhas de acusação e defesa.
A tragédia
O incêndio na boate Kiss – que ficava na Rua dos Andradas, Centro de
Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de
janeiro de 2013. Dos jovens que participavam de uma festa organizada por
estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 242 morreram
em decorrência do fogo.
Segundo testemunhas, o incêndio teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de
subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado na
forração da casa noturna. As pessoas não teriam percebido o fogo de
imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início.
Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não
funcionaram.
Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do
local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em
direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as
filas.
A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam
enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na
parte dos fundos da boate.
O Mercado Público de Porto Alegre reabrirá às 10h de terça-feira, 13,
conforme anunciou o prefeito José Fortunati após vistoria no prédio na
tarde desta sexta-feira, 9.
O Corpo de Bombeiros inspecionou todas as bancas do andar inferior, e
constatou que tudo está em ordem para funcionamento, porém, o andar
superior que foi atingido por incêndio no dia 6 de julho continuará
fechado. A limpeza dos agentes do Departamento Municipal de Limpeza
Urbana (DMLU) segue no local. Atuam no prédio 23 trabalhadores.
Nova vistoria foi recomendada, desta vez pela 16ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas do Estado
Mesmo com um laudo do Corpo de Bombeiros alegando que o
presídio estadual de Bento Gonçalves oferece condições mínimas de
segurança contra incêndio, uma nova vistoria deve ser realizada pela 16ª
Coordenadoria Regional de Obras Públicas (16ª CROP). O objetivo é
averiguar a possibilidade de atender a demandas remanescentes da
solicitação feita pelos Bombeiros, como a construção de um sistema
hidráulico, instalação de proteção contra descarga atmosférica
(para-raios), colocação de sistema de iluminação de emergência e
construção de mais uma saída de emergência no segundo pavimento, onde
funciona o setor administrativo da penitenciária. Segundo a juíza
Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, titular da 1ª Vara Criminal e da Vara
de Execuções Criminais de Bento Gonçalves, não há data especificada para
a vistoria, mas a recomendação é que ela ocorra com a maior brevidade
possível.
Durante a reunião, que aconteceu na última sexta-feira, dia 12, ficou
definido também que as placas de sinalização já instaladas sejam
substituídas por outras que proporcionem mais luminosidade, favorecendo a
visualização à noite. Conforme o diretor do presídio, Volnei Zago, duas
licitações já foram feitas pela Superintendência dos Serviços
Penitenciários (Susepe) e, em breve, os novos equipamentos e o sistema
de iluminação de emergência serão instalados. A compra de novos
extintores e a recarga dos já existentes – outra solicitação dos
Bombeiros – já havia sido atendida. Em 30 dias, um novo relatório
produzido pela administração da penitenciária deve ser concluído e
entregue ao Judiciário, apontando de que forma as exigências foram
cumpridas.
Participaram da reunião a juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo; o
delegado penitenciário regional Roniewerton Pacheco Fernandes; o
promotor Gílson Borguedulff Medeiros, do Ministério Público; o defensor
Rafael Carrard, da Defensoria Pública; Volnei Zago, diretor do presídio;
capitão Sandro Carlos Gonçalves da Silva, comandante do 2º
Subgrupamento de Combate a Incêndio (2º SCI) e do 2º Subgrupamento de
Busca e Salvamento (2º SBS); e José Ernesto Morgan Oro, presidente do
Conselho da Comunidade na Execução Penal. Ficou ainda acertado que o
Conselho da Comunidade deverá arcar com parte das despesas necessárias
para a adequação do local.
Interdição
O pedido de interdição total do Presídio foi feito pelo Ministério
Público no último mês de abril. A medida teve como motivação a
superlotação do local e o resultado da inspeção realizada pelo Corpo de
Bombeiros. De acordo com o promotor de Justiça Gílson Borguedulff
Medeiros, havia risco iminente em caso de sinistros. Segundo ele, há
ainda risco de fugas, rebelião e incêndio, especialmente porque a
penitenciária está localizada em área central da cidade há mais de 50
anos.
Após
cinco meses de investigação o Ministério Público de Santa Maria anunciou na
tarde desta segunda-feira, 15, que ingressará com uma Ação Civil pedindo a
condenação de quatro oficiais do Corpo de Bombeiros do município. Na acusação,
o Ministério Público alega que atos de improbidade administrativa teriam
contribuído para a tragédia na boate Kiss, que vitimou 242 pessoas em janeiro
deste ano.
No entanto, nenhum servidor público foi indiciado pelo MP. O
prefeito Cezar Schirmer ficou fora da ação. O inquérito será entregue à Justiça
de Santa Maria. Os apontados por suposta improbidade administrativa são Altair
de Freitas Cunha, Moisés da Silva Fuchs, Daniel da Silva Adriano e Alex da
Rocha Camillo.
O
prefeito de Porto Alegre (RS), José Fortunati, desembarca nesta
segunda-feira (8), em Brasília, para pedir a ajuda da presidenta Dilma
Rousseff na reconstrução do Mercado Público de cidade, atingido por um
incêndio de grandes proporções na noite deste sábado (6). As informações
foram divulgadas no site da prefeitura.
Segundo a Prefeitura de Porto Alegre,
Fortunati acredita que, como a presidenta Dilma conhece muito bem o
Mercado Público, patrimônio histórico e cultural da cidade, dará o apoio
necessário. A proposta é que o projeto de recuperação seja incluído no
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, que já
tem a participação de Porto Alegre.
Neste domingo (7), equipes da prefeitura,
dos bombeiros e da Associação dos Permissionários do Mercado Público,
junto com autoridades de segurança, realizam uma vistoria no local do
incêndio. O objetivo é avaliar os prejuízos e as proporções do incêndio,
já projetando na reconstrução do local. A prefeitura informou que,
desde cedo, José Fortunati acompanhou o trabalho dos bombeiros no
controle do incêndio.
O fogo começou por volta das 20h30. Os
bombeiros conseguiram controlar o incêndio às 22h30 e, depois,
trabalharam no rescaldo. As pessoas que estavam no local conseguiram
sair rapidamente. O Mercado Público foi inaugurado em 1869 para abrigar o
comércio de abastecimento da cidade. Tombado pelo Patrimônio Histórico e
Cultural de Porto Alegre em 1979, o prédio sofreu três incêndios (1912,
1976 e 1979) e resistiu à grande enchente de 1941.
Tarso envia mensagem de apoio e coloca Governo do Estado
à
disposição da prefeitura e comerciantes
O
governador Tarso Genro, que está em Lisboa para participar, a partir
desta segunda-feira (08) do seminário Cenários para o Futuro da
Ibero-América, enviou sua mensagem de apoio e solidariedade em função do
incêndio no Mercado Público de Porto Alegre. Tarso colocou-se
inteiramente à disposição da prefeitura para a obtenção de recursos, o
mais rápido possível, para pronta recuperação do local. O governador
falou ainda aos comerciantes, destacando que todos os mecanismos
financeiros do Estado estarão à disposição dos mesmos.
Segundo o prefeito da
capital, José Fortunati, o incêndio destruiu metade do prédio histórico.
As chamas foram controladas após as 22h
Um incêndio de grandes proporções atingiu um dos
principais prédios de Porto Alegre (RS), o Mercado Público, localizado
na região central, ao lado da prefeitura municipal. As chamas começaram
às 20h34, segundo o Corpo de Bombeiros. Logo depois, o prefeito José
Fortunati (PDT) chegou ao local e confirmou que "dois dos quatro
quadrantes foram consumidos". Ninguém ficou ferido.
"Não temos vítimas, isso tranquiliza do ponto de vista
humano. Mas é um patrimônio histórico, cultural e turístico da cidade,
dá uma dor no coração. Não imaginei assitir a um espetáculo tão triste",
lamentou Fortunati. Ele também disse que não há informações sobre as
causas do incêndio.
"Vamos apurar depois, o mais importante é apagar as
chamas", completou o prefeito. Próximo a ele, um grupo de mais de 100
pessoas protestava e gritava palavras de ordem contra o Poder Público.
O fogo teria começado no andar superior do prédio e se
alastrado rapidamente para o segundo andar.
Em poucos minutos, o
histórico edifício parecia totalmente condenado, tamanha era a força das
labaredas. Em frente ao Mercado Público, as pessoas estavam perplexas e
revoltadas com a ação do Corpo de Bombeiros.
Carlos Munhoz, 62 anos, presenciou o começo do incêndio e
criticou a ação dos oficiais. "Houve muita demora para o desligamento
da energia elétrica. No hidrante em frente ao terminal Parobé, os
bombeiros tiveram que usar marreta para liberar a água", disse ele.
Outro morador da capital que presenciou o início das
chamas, Rudimar Brites, 51 anos, disse que estava em uma lanchonete em
frente ao mercado.
"Vi quando os Bombeiros chegaram, mas eles tiveram
muita dificuldade, o hidrante não funcionava. Soltou jatos e parou.
Faltou preparo e pessoal", criticou.
Questionados pelo Terra, servidores do
Corpo de Bombeiros confirmaram que só contavam com uma escada mecânica
para controlar o incêndio. A escada magirus chegou ao local somente por
volta das 22h.
Estou muito triste e revoltado porque o Mercado faz
parte da vida da gente. Ao mesmo tempo estou revoltado com a
ineficiência dos Bombeiros, disse:Sérgio Sauer,
vendedor.
A proprietária de uma das lojas do Mercado Público,
conhecida como Banca da Ione, passou mal e precisou ser socorrida por
uma equipe de resgate. Um dos fornecedores da banca, que distribui
mercadorias no prédio desde 1980, estava no local e manifestou
indignação com a ação dos Bombeiros.
"Estou muito triste e revoltado
porque o Mercado faz parte da vida da gente. Ao mesmo tempo estou
revoltado com a ineficiência dos Bombeiros. Quando chegamos aqui havia
apenas um carro, se fosse num prédio longe até entenderíamos, mas no
centro da cidade deveria resolver imediatamente", disse Sérgio Sauer.
Após as críticas dos comerciantes e de pessoas que
presenciaram o começo do incêndio, o prefeito reconheceu que o efetivo
dos Bombeiros não era suficiente para um incêndio dessa proporção, mas
negou que os hidrantes apresentaram problemas. "Acho que infelizmente
ainda se tem uma estrutura pequena para combater grandes incêndios, mas
os hidrantes estão funcionando", justificou.
Comando dos Bombeiros nega falta de efetivo
O comandante-geral da Brigada Militar, Fábio Fernandes, negou a
afirmação do prefeito de que havia falta de efetivo para controlar as
chamas, embora não soubesse afirmar quantas viaturas foram deslocadas
para o local. Fernandes também disse que não houve problema de
estrutura. "Não faltou água e não faltou equipamentos. Todos os
hidrantes estão funcionando", garantiu.
Segundo ele, as chamas foram controladas. "Atacamos
inicialmente a parte lateral, onde se estabeleceu inicio do incêndio, e
depois fomos com a escada mecânica em direção ao fundo. Essa foi
estratégia que adotamos. Nós tivemos todas as guarnições (de Porto
Alegre) acionadas, inclusive da região metropolitana".
O secretário estadual da Segurança, Airton Michels,
também defendeu a atuação das equipes de resgate. "Não houve falta de
efetivo. Empregamos 20 caminhões para evitar que o fogo se alastrasse
ainda mais", disse ao afirmar que a dificuldade se deve à estrutura do
prédio, composta principalmente por madeira.
Hélio Oliveira, da coordenação da Defesa Civil
municipal, disse que pediu para todas as pessoas que estavam no local
que se afastassem porque havia riscos de intoxicação devido à fumaça.
Ele ainda afirmou que o rescaldo do incêndio será feito a partir de
amanhã, quando prefeitura deve divulgar um balanço sobre os estragos.
"Não entrei dentro do prédio, mas a parte de cima ficou totalmente
abalada".
Mercado Público
Um dos principais
cartões postais de Porto Alegre, o Mercado Público já registrou outros
três incêndios em seus 140 anos de história: em 1912, 1972 e 1979, este
último no ano em que foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural do
Município. Na década de 1990 o prédio passou por uma restauração em
toda a estrutura, que durou sete anos.
Um incêndio de grandes proporções atingiu o Mercado Público de Porto
Alegre, no Rio Grande do Sul, na noite deste sábado. O Corpo de
Bombeiros está no local e já controlou as chamas. Não existem
informações sobre vítimas.
Incêndio no Mercado Público de Porto Alegre
(Félix Zucco/Agência RBS)
Segundo o jornal Zero Hora, o fogo destruiu grande parte do
segundo piso do mercado. A região do centro de Porto Alegre chegou a ser
isolada. O prefeito José Fortunati acompanhou de perto o trabalho dos
bombeiros. Esta foi a quarta vez que o prédio foi atingido por um
incêndio. Não há indícios de crime. Uma perícia será realizada no local
neste domingo, a partir das nove horas.
O Mercado Público é um dos patrimônios históricos de Porto Alegre. Ele
foi fundado há 140 anos e está entre os pontos turísticos mais
importantes da capital gaúcha.