O
primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, disse nesta segunda-feira
(31) que as buscas pelo avião da Malaysia Airlines desaparecido desde o
último dia 8 não têm prazo para terminar, apesar da falta de resultados
concretos.
"Certamente não estou estabelecendo um prazo", disse Abbott a jornalistas após se reunir com participantes das buscas na base aérea de Pearce, em Perth. "A intensidade da nossa busca e a magnitude das nossas operações estão aumentando, não diminuindo", acrescentou.
Alguns familiares de passageiros e tripulantes do voo MH370, que ia de Kuala Lumpur a Pequim, vêm criticando duramente a forma como a Malásia lida com as operações de busca e com a investigação, incluindo a conclusão anunciada na semana passada, com base em imagens de satélite, de que o avião havia caído no sul do Índico.
Mas nenhuma peça que seja confirmadamente do avião foi encontrada até agora, e a localização anunciada pela Malásia não bate com a última posição do avião em radares militares, quando ele havia se desviado da sua rota e se dirigia para noroeste, na direção da Índia.
Abbott, no entanto, negou que seu colega malaio, Najib Razak, tenha sido precipitado ao divulgar as informações. "Não, o acúmulo de indícios aponta que a aeronave se perdeu, e se perdeu em algum lugar no sul do oceano Índico."
Najib
viajará na quarta, 2 de abril, a Perth para acompanhar as operações,
segundo o governo da Malásia. A China, país de origem de muitos
passageiros desaparecidos, também criticou inicialmente a Malásia por
seu comportamento no incidente, mas, atenuando o tom, o jornal estatal
Diário da China disse ser compreensível que nem todas as informações
estratégicas venham a público.
No último final de semana passada, autoridades australianas - com base em dados de satélites e radares - transferiram as buscas para uma área 1.100 km ao norte da região anterior das buscas. Dezenas de peças foram avistadas nessa nova zona, mas nenhuma estava associada ao voo MH370.
Investigações
Vários itens laranjas recuperados no domingo eram na verdade equipamentos de pesca, segundo um funcionário da Autoridade Australiana de Segurança Marítima.
Além disso, os investigadores dizem que o sinal do gravador de dados de vôo dura até 30 dias. As equipes de buscas estão implantando uma ferramenta especial para encontrar o gravador. "Podemos continuar procurando por algum tempo a mais", disse Abbott.
Nesta segunda, o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse que a área de buscas é de 254 mil km quadrados. As buscas envolvem nove aviões militares e um civil, bem como oito navios chineses e três australianos.
*Com BBC e Reuters
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