O Governo brasileiro acolheu neste sábado com "satisfação" a adesão da Síria à Convenção Internacional para a Proibição das Armas Químicas e comemorou sua intenção de "aplicá-la imediatamente".
Em comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil lembrou
que como um dos "signatários originais" da convenção, espera que a
adesão da Síria "impulsione a universalização desse instrumento e
conduza a busca do objetivo de um mundo livre de todas as armas
químicas".
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, recebeu neste
sábado os documentos necessários para que a Síria se una à convenção,
com os quais o país árabe formaliza sua adesão, segundo informou a ONU.
A inclusão da Síria na convenção faz parte dos requisitos enunciados
pela comunidade internacional para evitar um ataque limitado contra o
país, depois que supostamente o regime de Bashar al Assad fez uso deste
tipo de armamento no dia 21 de agosto.
"O Brasil comemora também o acordo feito por Estados Unidos e Rússia
sobre a eliminação de armas químicas sírias", apontou a nota.
EUA e Rússia chegaram também neste sábado a um acordo para que se
inspecionem de maneira "imediata e total" todos os locais de armazenagem
de armas químicas em solo sírio para que depois sejam destruídas.
O Brasil "acredita que tais medidas contribuirão significativamente
para dar novo vigor à busca de uma solução negociada para atender as
legítimas aspirações da sociedade síria".
"Nesse sentido, o Brasil reitera seu inequívoco apoio ao
representante especial da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, e à
realização de uma nova conferência internacional sobre a Síria, para
cujo sucesso continua pronto para contribuir", especificou a
Chancelaria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário