Governo e oposição reuniram-se neste sábado (25), em Genebra.
Mediador espera conseguir acordo para levar suprimentos para Homs.
O mediador internacional Lakhdar Brahimi,
eviado especial das Nações Unidas para a Síria, disse que a negociação
entre o governo e a oposição do país não atingiram resultados
significantes neste sábado (25).
Entretanto, ele disse esperar que as
conversas permitam que suprimentos de ajuda cheguem à cidade sitiada de
Homs.
"Não conseguimos muito, mas vamos continuar", disse Brahimi em uma
coletiva de imprensa neste sábado após duas reuniões entre delegações do
governo e da oposição em Genebra.
Ele disse que, se um acordo for alcançado no domingo, um comboio humanitário poderá entrar na cidade de Homs no dia seguinte. Brahimi ainda afirmou que planeja discutir no domingo a liberação de prisioneiros dos dois lados.
A equipe de negociadores do regime é dirigida por Bashar al Jaafari, embaixador da Síria na ONU,
e não o ministro sírio das Relações Exteriores Walid Mualem, segundo
uma fonte próximas às negociações. Os negociadores da oposição, por sua
parte, são liderados por Hadi al Bahra.
Antes da reunião, o governo sírio reiterou sua rejeição à proposta de
formar um governo de transição como parte da solução política para o
conflito do país.
“Nós temos reservas completas em relação a isso”, disse o ministro da
Informação sírio, Omran Zoabi, pouco antes de começar o encontro com a
oposição. “A Síria é um Estado com instituições”, afirmou. “Um governo
de transição acontece quando o Estado está em desintegração, ou não tem
instituições.”
Já a oposição síria antecipou que vetaria a presença do atual presidente Bashar al-Assad e de qualquer pessoa de seu entorno no órgão de governo transitório que pode ser criado nas negociações de paz para a Síria.
As duas partes se acusam mutuamente de atravancar as negociações -
patrocinadas pelos Estados Unidos, aliados da oposição, e pela Rússia,
pilar do regime de Damasco -, adiadas inúmeras vezes.
O Brasil é o país emergente com
visão mais positiva pelos americanos, segundo pesquisa feita pelo
instituto Pew, um dos maiores centros de estudos dos EUA.
Dos
americanos pesquisados, 61% disseram ter opinião “favorável” sobre o
país, contra apenas 15% de “desfavorável”. O Brasil empatou com Israel
no quesito “a favor”, mas Israel tem visão negativa para 26% dos
ouvidos, 11 pontos acima.
Mas o número de americanos sem opinião formada sobre o Brasil é o
maior entre todos os países pesquisados: 24% dos consultados não
opinaram sobre o país.
A visão negativa é majoritária para outros países emergentes, como China (55%), Rússia (54%) e até o vizinho México (52%).
Os resultados são de uma pesquisa chamada “O Lugar da América no Mundo”, feita a cada quatro anos pelo Pew em conjunto com o Council on Foreign Relations, outro centro de estudos.
Realizada entre outubro e novembro, ela também revelou a queda pelo
desejo de intervencionismo (ou de maior presença americana) no resto do
mundo: 52% dos americanos dizem que o país “deveria cuidar de sua
própria vida e deixar outros cuidarem de seus problemas por si”, o maior
número desde o início da pesquisa, em 1964.
“As opiniões dos americanos também mudam muito, apesar de o
desinteresse em temas internacionais estar em alta”, diz Bruce Strokes,
diretor do Projeto de Atitudes Globais do Pew.
“Em 2003, na discordância sobre a guerra do Iraque, só 29% tinham
imagem positiva da França, hoje é de 59%. A visão desfavorável da China
em 2006 era de 29%, hoje saltou para 55%”.
Apesar das relações desgastadas entre Brasília e Washington pelas
denúncias de espionagem americana, as opiniões das sociedades são
reciprocamente positivas.
Uma pesquisa anterior do instituto descobriu que apenas 7% dos
brasileiros consideram os EUA um país inimigo, número bem inferior aos
argentinos (23%), mexicanos (18%) e turcos (49%).
Dos brasileiros, 73% dos entrevistados têm imagem positiva dos EUA,
um índice superior ao de aliados históricos dos americanos, como os
japoneses (69%) e mexicanos (66%).
Um Boeing 737 caiu neste domingo no momento do pouso no aeroporto da
capital da república de Tatarstan (Volga) e matou 50 pessoas, anunciou o
ministério russo das Situações de Emergência. Segundo a porta-voz do
órgão, Irina Rossious, todos os 44 passageiros e seis tripulantes
morreram. "Não havia crianças na aeronave", disse.
O avião, que fazia a viagem entre Moscou e Kazan, caiu no aeroporto às
19h25min locais (13h25min de Brasília). A aeronave "pegou fogo" após o
acidente, segundo o comitê de investigação russo. De acordo com as
agências de notícias russas, o Boing tentou pousar três vezes, antes do
acidente.
Pelo menos 16 pessoas, em sua maioria estudantes do ensino médio, morreram e várias ficaram feridas em um bombardeio da aviação militar síria hoje contra a cidade de Al Raqa, no norte do país, denunciaram ativistas e grupos da oposição. A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal grupo opositor, anunciou em comunicado que este ataque da aviação do regime foi dirigido contra o Instituto Comercial de Ensino Médio de Ibn Tofayel. Por sua parte, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, mas com uma ampla rede de ativistas no terreno, afirmou que pelo menos 16 pessoas morreram no ataque.
O ataque ocorreu no mesmo dia em que o presidente síria, Bashar al-Assad, anunciou à TV italiana RaiNews24 que vai respeitar o acordo do Conselho de Segurança da ONU sobre armas químicas. "Nós nos juntamos ao acordo internacional contra a aquisição e o uso de armas químicas mesmo antes dessa resolução ser aprovada", afirmou.
"A aviação síria bombardeou a entrada de uma escola técnica na cidade de Raqa, matando 16 pessoas, incluindo dez alunos menores de 18 anos, e ferindo muitos outros, alguns dos quais estão em estado grave", informou o OSDH. "Houve pânico, crianças chorando na escola e tentando se esconder", relatou uma testemunha à ONG.
Os rebeldes tomaram o controle de Raqa em 6 de março, sendo a única capital provincial nas mãos dos insurgentes. Atualmente, a cidade é controlada principalmente pelos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).
Assad concede entrevista à jornalista da TV italiana em DamascoFoto: AP
No sul, após quatro dias de intensos combates em que 26 soldados e um grande número de insurgentes, incluindo "sete não-sírios" foram mortos, os rebeldes assumiram o controle de um posto aduaneiro e agora ocupam uma faixa de terra da cidade de Deraa, próxima as Colinas de Golã, a leste, segundo o OSDH.
No entanto, um alto funcionário dos serviços de segurança informou à AFP que "não se pode dizer que os grupos terroristas tomaram o controle de uma posição, muitas vezes porque a situação muda repentinamente e a luta continua".
Catorze corpos de membros das Forças de Defesa, que apoiam o regime sírio, mortos um dia antes em Zamalka, perto de Damasco, foram transportados neste domingo para Homs, no centro do país de onde são originários, segundo o OSDH. Uma fonte da segurança informou combates em Zamalka e Jobar (leste).
Ainda de acordo com o OSDH, pelo menos 19 soldados foram mortos e 60 ficaram feridos em um ataque rebelde na madrugada deste domingo contra posições militares em Nasseriya al-Qalamun, ao norte de Damasco. "Há também vítimas nas fileiras dos rebeldes, que conseguiram tomar o controle de várias posições", de acordo com o OSDH. Por sua vez, o exército afirmou ter matado "um grande número" de rebeldes em Nashabiyé, ao norte da capital.
A Jordânia anunciou neste domingo ter protestado na embaixada síria contra a queda de morteiros em Ramtha, em seu território, quinta-feira à noite. "O ministério das Relações Exteriores enviou uma mensagem de protesto à embaixada da Síria em Amman, após a queda de um morteiro sobre a mesquita de Al-Fatah, perto de um parque industrial na cidade de Ramtha", afirmou o ministro jordaniano da Informação, Mohammad Momani, citado pela agência de notícias Petra.
"O morteiro atingiu esta região durante confrontos entre o exército sírio e combatentes (rebeldes) do Exército Sírio Livre (ESL)" do outro lado da fronteira, explicou. Estas informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas aos jornalistas pelas autoridades sírias para trabalhar no terreno.
Assad diz que pode deixar presidência, mas não agora
Na entrevista a TV italiana, Bashar al Assad, afirmou que deixaria a chefia de Estado se isso contribuísse para melhorar a situação no país, mas disse não pensar em fazê-lo no meio do atual conflito armado.
"Se abandonar meu cargo contribuísse para melhorar a situação, não teria nenhum escrúpulo, mas agora devo seguir em meu posto", disse Assad. "No meio de uma tempestade não se abandona o navio; minha missão é levá-lo ao porto, não abandoná-lo", argumentou Assad na primeira entrevista concedida a um veículo estrangeiro após a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o desmantelamento do arsenal químico da Síria.
O conflito sírio causou desde março de 2011 a morte de cerca de 100 mil pessoas e o deslocamento de dois milhões, segundo as Nações Unidas.
Presidente Bashar al-Assad falou ao canal de TV italiano 'RaiNews24'.
Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução sobre armas sírias.
A Síria respeitará acordo da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre armas químicas, afirmou o presidente Bashar al-Assad ao canal de TV italiano "RaiNews24" neste domingo (29), diz a agência Reuters.
"Nós nos juntamos ao acordo internacional contra a aquisição e o uso de armas químicas mesmo antes dessa resolução ser aprovada", afirmou, quando questionado se a Síria se adequaria à resolução adotada na sexta-feira.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas adotou na sexta uma resolução que exige a erradicação das armas químicas da Síria, mas não ameaça o presidente sírio, Bashar al-Assad, com uma ação militar automática se seu governo não cumprir a determinação.
O texto foi aprovado por unanimidade pelos 15 integrantes do conselho.
Essa é a primeira resolução adotada pelo órgão da ONU sobre a Síria desde o início da guerra civil naquele país, no início de 2011, após os vetos de Rússia e China a três projetos anteriores.
A aprovação ocorreu logo após o comitê executivo da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) ter aprovado o plano sírio para entrega de armas.
A resolução, aprovada após ampla negociação entre Rússia e EUA, exige a erradicação do arsenal, mas não especifica ações punitivas caso o regime do contestado presidente sírio Bashar al-Assad não a cumpra.
Sua aprovação encerra semanas de tensa negociação entre russos -aliados de Assad- e americanos.
Conferência seria mediada pelos Estados Unidos e pela Rússia.
Guerra civil na Síria dura dois anos e meio e deixou milhares de mortos.
O presidente da coalizão de oposição da Síria,
Ahmad Jarba, disse que o grupo está pronto para participar de uma
conferência de Genebra proposta para acabar com dois anos e meio de
conflito na Síria, como parte das intenções de estabelecer um governo de
transição com plenos poderes.
Foi o primeiro compromisso claro da coalizão, apoiada por países
ocidentais e árabes, para participar da conferência proposta, mediada
pelos Estados Unidos e pela Rússia. A coalizão estava relutante em
participar, especialmente depois de um ataque com armas químicas em 21
de agosto, que matou centenas de pessoas em Damasco.
Em uma carta ao Conselho de Segurança da ONU, obtida pela Reuters e
datada de 19 de setembro, Jarba diz que a coalizão "reafirma a sua
vontade de se envolver em uma futura Conferência de Genebra".
Mas " todas as partes devem concordar ... que o objetivo da conferência
será o estabelecimento de um governo de transição com plenos poderes
executivos", conforme estipulado na primeira rodada de conversações
internacionais sobre a Síria em Genebra no ano passado.
Rebeldes e opositores políticos do presidente da Síria, Bashar al-
Assad, também insistiram que ele não deve desempenhar qualquer papel em
um governo de transição. Mas o presidente minimiza as perspectivas de
que vá transferir quaisquer poderes.
Na carta, Jarba apelou ao Conselho de Segurança para tornar qualquer
resolução sobre um acordo russo-americano para a destruição de armas
químicas de Assad sujeita ao "Capítulo 7" da carta da ONU, o que poderia
autorizar o uso da força em caso de não cumprimento.
Jarba também convidou o Conselho a tomar as "medidas necessárias" para
impor um cessar-fogo no país e a libertação de milhares de ativistas
pacíficos.
A oposição e seus aliados ocidentais e árabes dizem que Assad está por
trás do ataque com armas químicas que atingiu áreas rebeldes de Damasco.
Assad acusa os rebeldes de terem promovido o ataque.
A Síria entregou detalhes sobre as armas químicas do
país à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW, na sigla
em inglês) em Haia, informou a organização à Reuters nesta sexta-feira.
Acredita-se
que a Síria possua cerca de 1.000 toneladas de toxinas químicas, e o
país concordou em destruí-los sob um acordo fechado por Rússia-EUA
destinado a evitar um ataque dos EUA contra a Síria.
"Recebemos parte da verificação e esperamos mais", disse um porta-voz da OPCW.
Um
diplomata da ONU, falando sob condição de anonimato, confirmou que os
detalhes foram submetidos. "É bem longo... e está sendo traduzido."
Os
principais membros da organização têm que votar, provavelmente na
próxima semana, em um plano destinado a acelerar a destruição dos
arsenais químicos da Síria, até meados de 2014.
O plano surgiu a
partir de uma ameaça dos EUA de atacar a Síria em resposta a um ataque
com gás venenoso que matou centenas de civis nos arredores de Damasco,
no mês passado.
A Otan e Rússia expressaram nesta terça-feira em reunião comum
satisfação pelo acordo alcançado entre Moscou e Washington para destruir
o arsenal químico sírio e pediram uma resolução rápida do Conselho de Segurança da ONU para garantir sua aplicação.
As duas partes, reunidas em um encontro extraordinário do conselho
OTAN-Rússia, ressaltaram a importância de "uma eliminação rápida, segura
e verificável" das armas químicas presentes na Síria.
"O uso de armas químicas é uma violação grave das regras da
legislação internacional e a comunidade internacional deve pedir contas
aos responsáveis", disse em comunicado o secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, que também é presidente do conselho Otan-Rússia.
"Os membros do Conselho OTAN-Rússia (que reúne os 28 membros da
aliança e representantes do Kremlin) condenam o uso de armas químicas e
esperam um cumprimento total das reivindicações da comunidade
internacional", afirmou Rasmussen.
"Em caso de descumprimento o Conselho de Segurança da ONU deve impor
medidas de acordo com o Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas",
acrescentou, em referência ao mecanismo que abre caminho para sanções ou
inclusive o uso da força.
As duas partes, além disso, expressaram seu "apoio a todos os esforços para conseguir uma solução política ao conflito na Síria", segundo o comunicado.
Se país descumprir o plano, o uso da força será incluído em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.
Estados Unidos e Rússia
deram um prazo de sete dias para a Síria entregar a lista de armamento
químico. O ultimato foi acertado neste sábado (14) em Genebra, na Suíça.
O anúncio foi feito pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos e pelo
chanceler russo depois de três dias de intensas negociações em Genebra,
na Suíça. Mas o americano John Kerry avisou: "Desta vez, nada de
jogos. Não há espaço para qualquer atitude que não seja o total
comprometimento por parte do regime de Bashar al-Assad".
No documento – de seis pontos –, a Síria fica obrigada a apresentar em,
no máximo, uma semana, uma lista detalhada do tipo, quantidade e
localização de seu estoque de armas químicas – estimado em mil
toneladas. Os inspetores das Nações Unidas deverão ter acesso irrestrito
ao arsenal, que será destruído ou removido do país até a metade do ano
que vem.
Se a Síria descumprir o plano, o uso da força será incluído em uma
resolução do Conselho de Segurança da ONU. Mas o ministro das Relações
Exteriores, Sergei Lavrov, relembrou que a Rússia tem poder de veto no
conselho e que não apoiaria uma intervenção militar no país.
O presidente americano, Barack Obama, divulgou uma nota comemorando o acordo. Mas ele deixou claro que, se a diplomacia falhar, os Estados Unidos estarão prontos para agir.
Representantes dos rebeldes já disseram que rejeitam o plano.
Hoje o governo sírio voltou a bombardear o subúrbio da capital, Damasco.
Ainda não ficou claro como os inspetores da ONU poderão trabalhar no meio da guerra civil.
Presidente dos EUA fez afirmação em programa de TV neste domingo (15).
Para Obama, diplomacia pode funcionar se apoiada por ação militar.
Barack Obama
disse que ele e o presidente do Irã, Hassan Rohani, trocaram cartas, e
avisou que sua relutância em atacar a Síria não afeta as ameaças dos Estados Unidos de usar a força para impedir a bomba nuclear iraniana.
O presidente norte-americano, em entrevista à rede ABC News que foi ao
ar neste domingo (15), confirmou a comunicação com Rohani pela primeira
vez, e disse acreditar que a crise das armas químicas síria mostra que a
diplomacia pode funcionar se apoiada por ameaças de ação militar.
Obama não revelou detalhes sobre a troca de cartas, mas deixou claro
que as preocupações dos Estados Unidos com as ambições nucleares do Irã,
são uma questão muito maior, para os EUA, do que as armas químicas na
Síria.
Obama e Rouhani falarão na Assembléia Geral das Nações Unidas na
próxima semana, no mesmo dia, mas não há planos para que tenham uma
reunião.
Obama disse que o Irã deve evitar pensar que os EUA não lançariam um
ataque militar em resposta ao programa nuclear apenas porque não atacou a
Síria.
Ainda no programa "This Week with George Stephanopoulos", Obama culpou
os republicanos conservadores por um impasse sobre o orçamento e
insistiu que, embora estivesse disposto a regatear impostos e gastos,
não faria um acordo que impusesse condições sobre aumentar o limite da
dívida.
Com uma possível paralisação do governo em duas semanas, e a ameaça de
um calote da dívida dos Estados Unidos já em meados de outubro, Obama
disse que cabe aos parlamentares elaborarem um orçamento.
Mas ele insistiu que o orçamento deveria conter gastos suficientes para
ajudar a apoiar o crescimento econômico, e acrescentou que não
permitirá aos republicanos a imposição de condições para aumentar o
limite de endividamento norte-americano de 16,7 trilhões de dólares.
"Apresentamos nosso orçamento", disse Obama. "Agora cabe ao Congresso
surgir com um orçamento que mantenha a tendência de longo prazo de...
redução do déficit avançando, mas que também nos permita investir em
coisas que precisamos para crescer".
Negociar cortes em seu programa de sistema de saúde em troca de um
aumento no limite de endividamento do país não é uma opção, disse Obama.
"O que eu não estava disposto a negociar, e não irei negociar, é o teto da dívida", disse.
Com a crise da Síria menos premente, Washington enfrenta outro
confronto fiscal. A maioria das operações do governo vai parar em 1 de
outubro a menos que o Congresso aprove um orçamento que o presidente
aceite, e os Estados Unidos correm o risco de um calote da dívida em
meados de outubro se os parlamentares adiarem elevar o limite da dívida.
Obama e o Congresso liderado pelos republicanos continuam em desacordo tanto sobre o orçamento quanto sobre o limite da dívida.
"Meios de fazer isso"
Na semana passada, os parlamentares consideraram ampliar o fundo do
governo que está atualmente em 988 bilhões de dólares até meados de
dezembro, mas os republicanos do Tea Party insistiram que os cortes no
Obamacare continuem como parte do pacote.
Obama vai destacar o aniversário de cinco anos da crise financeira dos
EUA na segunda-feira em um esforço para retomar sua agenda doméstica
depois de passar semanas lidando com a Síria e sobre como responder ao
uso de armas químicas por aquele país. A crise financeira foi
desencadeada em 15 de setembro de 2008, quando o banco Lehman Brothers
entrou com pedido de falência.
Obama deve se concentrar no positivo, discutindo o progresso realizado e
destacando suas medidas para incentivar a criação de empregos em meio a
batalhas orçamentárias esperadas com os republicanos no Congresso nas
próximas semanas.
Obama disse que estaria disposto a conversar com o presidente da
Câmara, John Boehner, sobre reverter profundos cortes de gastos, que
entraram em vigor neste ano através do processo conhecido como
sequestro, mas disse que o principal republicano do Congresso era um
parceiro relutante.
"Há maneiras de fazer isso. Acontece que eles não se mostraram dispostos a negociar de maneira séria", disse.
Aviões de guerra sírios bombardearam redutos rebeldes da capital neste domingo (15), um dia depois que os Estados Unidos concordaram em cancelar ações militares em um acordo com a Rússia para remover as armas químicas do presidente Bashar al Assad.
O presidente Barack Obama disse que ainda poderá lançar ataques se Damasco não seguir o plano de desarmamento de nove meses da ONU desenhado por Washington e pelo aliado de Assad, Moscou.
Mas a relutância de eleitores dos EUA e aliados do Ocidente em entrar em uma nova guerra no Oriente Médio, e a oposição da Rússia, colocaram os ataques em espera.
Os rebeldes sírios, chamando o foco internacional no gás venenoso de um
espetáculo secundário, evitaram comentar se o pacto poderia levar a
conversas de paz e disseram que Assad retomou uma ofensiva com armas
regulares agora que a ameaça de um ataque aéreo dos Estados Unidos
diminuiu.
Ataques aéreos, bombardeios e ataques de infantaria contra subúrbios de
Damasco na manhã deste domingo mostravam que Assad está de novo
retomando a guerra contra rebeldes depois de um recuo após o ataque
químico de 21 de agosto que provocou a ameaça de um ataque
norte-americano.
"É uma proposta inteligente da Rússia para evitar os ataques", disse à
Reuters um apoiador de Assad no porto de Tartous, local de uma base
naval russa.
— A Rússia vai nos dar novas armas que são melhores que armas químicas.
As respostas internacionais para o acordo de sábado foram cautelosas.
Os governos do Ocidente, cuidadosos com Assad e familiares, após anos de
inspeções frustradas da ONU no Iraque de Saddam Hussein, citaram as
enormes dificuldades técnicas de se destruir um dos maiores arsenais
químicos em meio a uma guerra civil.
Um líder da oposição em Damasco ecoou a decepção entre os líderes rebeldes:
— Ajudar os sírios significaria acabar com o derramamento de sangue.
Estima-se que o ataque químico tenha matado apenas centenas de civis,
em meio aos mais de 100 mil mortos em dois anos e meio de guerra civil,
que já forçou um terço da população a deixar suas casas.
O
vice-chanceler da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou ao jornal O Estado de
S.Paulo que o Brasil conhece o cronograma russo para remover armas
químicas sírias e espera apoio com envio de inspetores, de acordo com
reportagem publicada neste sábado.
Conforme a publicação, a Rússia quer o Brasil envolvido
na implementação do projeto de controle de armas químicas na Síria e a
proposta foi apresentada à diplomacia brasileira, que foi convidada a
fornecer inspetores que possam ser enviados para a Síria. O chanceler
afirmou que teve a clara impressão de que o Brasil apoia o país na busca
por uma solução pacífica para a crise. Ele afirmou ainda que o país
quer uma eventual conferência de paz sobre a Síria, que teria a
participação política e material do Brasil.
O
presidente americano, Barack Obama, saudou o acordo obtido neste sábado
sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio, mas destacou que
Damasco deve cumprir seus compromissos.
Em um comunicado, Obama ressaltou que espera que o regime de Bashar
al-Assad "esteja à altura de seus compromissos" e acrescentou que "os
Estados Unidos continuam preparados para agir, caso fracasse a
diplomacia".
Obama disse que o acordo só foi possível "em parte" pelo que ele
chamou de ameaça crível do uso da força contra a Síria, como punição por
seu suposto uso de armas químicas contra civis no mês passado.
"Mesmo com o importante progresso que foi feito, ainda resta muito trabalho pela frente", afirmou Obama.
"Os Estados Unidos continuarão trabalhando com Rússia, Reino Unido,
França, Nações Unidas e outros para garantir que este processo seja
verificável, e que haja consequências, se o regime de Assad não cumprir
os compromissos estabelecidos hoje. E, se a diplomacia fracassar, os
Estados Unidos permanecem preparados para agir", insistiu.
"O uso de armas químicas em qualquer lugar do mundo é um insulto à
dignidade humana e uma ameaça à segurança das pessoas", afirmou Obama.
"Por nossos filhos, temos o dever de preservar um mundo sem temor de
armas químicas. Hoje, dá-se um importante passo para essa meta",
destacou.
O novo acordo dá à Síria uma semana para fornecer detalhes a respeito
de seus arsenais de armas químicas e indica que o país árabe deve
conceder acesso irrestrito aos inspetores internacionais, com o objetivo
de eliminar esse tipo de armamento até meados de 2014.
Dois influentes senadores da oposição republicana, John McCain e Lindsey Graham, rejeitaram o acordo entre seu país e a Rússia.
"Não resolve em nada o verdadeiro problema na Síria, ou seja, o
conflito que causou a morte de 110 mil pessoas, o deslocamento de
milhões e a desestabilização dos nossos amigos e aliados na região",
disseram os congressistas, em comunicado comum distribuído à imprensa.
Ambos temem que tanto os amigos como os inimigos dos EUA considerem o acordo um gesto de fraqueza por parte de Washington.
O Governo brasileiro acolheu neste sábado com "satisfação" a adesão da
Síria à Convenção Internacional para a Proibição das Armas Químicas e
comemorou sua intenção de "aplicá-la imediatamente".
Em comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil lembrou
que como um dos "signatários originais" da convenção, espera que a
adesão da Síria "impulsione a universalização desse instrumento e
conduza a busca do objetivo de um mundo livre de todas as armas
químicas".
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, recebeu neste
sábado os documentos necessários para que a Síria se una à convenção,
com os quais o país árabe formaliza sua adesão, segundo informou a ONU.
A inclusão da Síria na convenção faz parte dos requisitos enunciados
pela comunidade internacional para evitar um ataque limitado contra o
país, depois que supostamente o regime de Bashar al Assad fez uso deste
tipo de armamento no dia 21 de agosto.
"O Brasil comemora também o acordo feito por Estados Unidos e Rússia
sobre a eliminação de armas químicas sírias", apontou a nota.
EUA e Rússia chegaram também neste sábado a um acordo para que se
inspecionem de maneira "imediata e total" todos os locais de armazenagem
de armas químicas em solo sírio para que depois sejam destruídas.
O Brasil "acredita que tais medidas contribuirão significativamente
para dar novo vigor à busca de uma solução negociada para atender as
legítimas aspirações da sociedade síria".
"Nesse sentido, o Brasil reitera seu inequívoco apoio ao
representante especial da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, e à
realização de uma nova conferência internacional sobre a Síria, para
cujo sucesso continua pronto para contribuir", especificou a
Chancelaria.
Em entrevista durante
reunião do G20, Obama diz levar "muito a sério" as acusações de
espionagem dos serviços secretos americanos
O presidente americano, Barack Obama, declarou nesta
sexta-feira em São Petersburgo, na Rússia, que entende as "preocupações"
de Brasil e México sobre as acusações de espionagem dos serviços
secretos de seu país e que as leva "muito a sério".
"Levo estas acusações muito a sério", disse Obama em uma
coletiva de imprensa, antes de assegurar que "entende as preocupações"
da presidente Dilma Rousseff e do presidente mexicano, Enrique Peña
Nieto, que lhe pediram explicações.
Levo estas acusações muito a sério
Barack Obama
presidente dos Estados Unidos
Segundo Obama, os interesses do seu país com México e
Brasil são maiores do que a questão da espionagem, e que não "assina
embaixo de tudo que os jornais dizem" a respeito do assunto. Sobre
atuação da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na
sigla em inglês), Obama cogitou dar "um passo atrás" para analisar a
forma como as tecnologias têm sido usadas.
Obama ressaltou que "há uma gama de interesses" nas
relações envolvendo os EUA e os dois países que, segundo denúncias
veiculadas na imprensa, foram espionados. "Especificamente sobre Brasil e
México, temos de analisar as alegações. Não assino embaixo de tudo que
os jornais dizem. Levo as alegações muito a sério, entendo as alegações
de mexicanos e do povo brasileiro, e vamos trabalhar para ver onde está a
fonte de tensão", disse.
"A razão pela qual fui ao Brasil é que esse é um país
importante e com história de sucesso na transição da ditadura para a
democracia, além de ser uma das economias mais dinâmicas do mundo",
argumentou o presidente dos EUA.
Sobre a atuação da NSA, envolvida na espionagem ao
Brasil e México, Obama disse caber à agência "buscar informações que não
estão em fontes públicas", e que essa prática é similar ao que países
mundo afora fazem por meio dos seus serviços de inteligência. "A verdade
é que somos maiores e temos melhor capacidade", emendou.
"Com a tecnologia mudando tão rapidamente, e as
capacidades aumentando ainda mais, é importante que a gente dê um passo
atrás e analise o que estamos fazendo, porque, só porque podemos
conseguir as informações, não quer dizer que tenhamos que acessá-las.
Pode ter aí uma relação custo-benefício que temos que pesar", completou o
presidente americano. Ele considerou a possibilidade de a NSA fazer
análises "camada a camada", para identificar o que, posteriormente, pode
ser analisado de forma mais aprofundada.
Monitoramento
Reportagem veiculada no último domingo pelo programa Fantástico, da TV
Globo, afirma que documentos que fariam parte de uma apresentação
interna da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos
Estados Unidos mostram a presidente Dilma Rousseff e seus assessores
como alvos de espionagem.
De
acordo com a reportagem, entre os documentos está uma apresentação
chamada "filtragem inteligente de dados: estudo de caso México e
Brasil". Nela, aparecem o nome da presidente do Brasil e do presidente
do México, Enrique Peña Nieto, então candidato à presidência daquele
país quando o relatório foi produzido.
O
nome de Dilma, de acordo com a reportagem, está, por exemplo, em um
desenho que mostraria sua comunicação com assessores. Os nomes deles, no
entanto, estão apagados. O documento cita programas que podem rastrear
e-mails, acesso a páginas na internet, ligações telefônicas e o IP
(código de identificação do computador utilizado), mas não há exemplos
de mensagens ou ligações.
Em meio a tensão com EUA, Dilma participa de reunião do G20
6 de setembro - Obama conversa com Dilma durante a foto oficial dos líderes da cúpula do G20 em São Petesburgo, na Rússia
Foto: Reuters
Espionagem americana no Brasil
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que
brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem
ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados
Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou
alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana
Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em
parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de
redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com
empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre
usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance
da espionagem da inteligência do governo dos EUA.
Ainda
segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes
da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília,
pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da
Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações
Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.
Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do
governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio
Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.
O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que
o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou
também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço
secreto americano.
Após
as revelações, a ministra responsável pela articulação política do
governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai
pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.
O Papa Francisco enviou uma carta ao Presidente da Rússia, Vladimir
Putin, pedindo aos líderes dos estados membros do G-20 que não sejam
indiferentes à situação de conflito que vive a Síria, que promovam o
diálogo para a paz e a assistência humanitária. O Santo Padre exorta também a evitar uma intervenção militar.
Na missiva, o Santo Padre assinala que embora o encontro tenha um fim
principalmente econômico, "peço-lhes que não permaneçam indiferentes
diante do drama que tem vivido por muito tempo a querida população síria".
"Ajudem a encontrar caminhos para superar os diferentes contrastes e
abandonar toda a vã pretensão de uma solução militar", exortou o
Pontífice aos líderes destes países e também lhes pediu "prosseguir com
coragem e determinação, uma solução pacífica através do diálogo e negociação entre as partes envolvidas, com o apoio unânime da comunidade internacional".
O Papa assinalou que "infelizmente, dói ver que muitos interesses têm
prevalecido desde o início do conflito sírio, impedindo encontrar uma
solução que evitasse o massacre desnecessário que estamos assistindo".
Ressaltou que os governos têm "o dever moral" de promover a
assistência humanitária a todos os "que sofrem por causa do conflito
dentro e fora do país".
Os conflitos armados "criam divisões profundas, que levam muitos anos para cicatrizar-se", sublinhou o Pontífice.
Sustentou que "as guerras são a negação prática de qualquer esforço para alcançar as grandes metas econômicas e sociais que a comunidade internacional tem como dever, por exemplo, o Millennium Development Goals".
Ao finalizar a carta o Santo Padre enviou sua bênção a todos os
participantes e cidadãos de todos os estados membros da cúpula econômica
do G-20, que desde hoje estarão reunidos em São Petersburgo (Rússia) e lhes pediu também que rezem por ele.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Queda
de meteorito fere quase mil pessoas e deixa três em estado grave
A queda
de um meteorito feriu quase mil pessoas, na Rússia.
Três estão em estado grave. O meteorito provocou uma explosão e uma onda de
tremor que abalou a estrutura de prédios e estilhaçou vidraças.
Os alarmes dos carros foram acionados e até o
sistema de telefonia celular foi afetado. Há relatos de que três explosões
foram ouvidas, logo depois que o meteorito passou.
O impacto das explosões foi tão forte que quebrou
vidros de janelas de prédios e destruiu o telhado de um galpão. Foram os
estilhaços de vidros que feriram as pessoas.
Todo corpo celeste que entra na atmosfera da terra
é um meteoro. Se ele não se desintegrar completamente no atrito com os gases
que envolvem o planeta, vai cair no solo, então é chamado de meteorito. “No
geral, estes objetos são rochas, podem ser ricos em ferro, inclusive. Essas
rochas chegam ao solo, mas elas não emitem nenhuma radiação como o urânio”,
explica Ricardo Melo, físico.
No Brasil, há casos bem conhecidos. O meteorito
Bendegó, foi encontrado na Bahia no século XVIII. Desde 1888 está no museu
nacional, no Rio de Janeiro.
Há quatro anos em uma fazenda em Goiás, outra rocha
vinda do espaço foi achada. A suspeita é que o meteorito tenha caído lá há
centenas de anos. A pedra foi enterrada pelo dono da fazenda, que ainda não
decidiu o que vai fazer com ela.
O meteorito que caiu na Rússia liberou tanta
energia que quebrou vidros e interrompeu o sinal de celulares. “Ele deve ter se
fragmentado ainda muito alto e isso provocou um ‘boom sônico’, então ouve um
deslocamento de ar, por isso nós vimos janelas quebradas. Ele também causa
perturbação no campo magnético”, diz Júlio Lobo, astrônomo.
Também foi na Rússia, mais precisamente na Sibéria,
que caiu o maior corpo celeste nos últimos anos, em 1908. O objeto tinha 30
metros de diâmetro e se desintegrou no ar, nem chegou a bater no chão. Ainda
assim devastou dois mil quilômetros quadrados de floresta.