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sábado, 3 de janeiro de 2015

Pequeno Grande Campeão começa a Maratona do Brique da Praça

O Brique da Praça de Bento Gonçalves, evento promovido e sob responsabilidade da Instituição Pequeno Grande Campeão, começa no próximo dia 5 de janeiro de 2015, a Maratona 2015 da Feira, aberto o período de cadastro e recadastro, de 1º de janeiro à 28 de fevereiro, interessados devem se apresentar na Sede da ONG, nas tardes, entre segunda à sexta, das 13hs às 16hs.

As datas das feiras, reuniões e cursos da Feira, já foram definidas e se encontram disponíveis no Site/Blog da Feira, acesse e confira: www.briquedapraca.com, também encontra-se definido na Página Online, os valores reajustados de taxas da feira, valores esses que foram retratados, visando colaborar com a manutenção da Pequeno Grande Campeão.
Diretoria da Pequeno Grande Campeão, definiu mudanças de valores de taxas da feira na última semana de 2014, a mesma destacou que a medida se faz necessária, como ferramenta de apoio para manutenção da ONG, para que a mesma possa prosseguir em função da Feira em 2015. 

Sr. Jeferson Vidal, lembrou que a ONG, vem se recuperando de uma fase financeira delicada, a qual já havia anunciado o possível fechamento da entidade em outubro de 2014, por não possuir apoiadores e financiadores financeiros. Desde o anunciado em reunião da Feira, a ONG veio possuindo forte apoio dos participantes e integrantes da feira, que reforçaram o apoio a ONG. Noite das Estrelas, Campanha Cidadão Nota 10 e Contribuintes, foram três ações que contribuíram para a estabilidade rápida da Instituição.

O Brique da Praça, no presente ano completa 13 anos de Feira no Município, foi fundada em 2002 pela Sra. Anamaria Passaia e demais amigos (as), feira voltada para entidades beneficentes, pessoas físicas e jurídicas, é um espaço filantrópico, técnico agrícola, ecológico, educacional, assistencial, de desenvolvimento social e econômico de combate a pobreza, voluntariado, artístico, cultural, onde seus participantes (os expositores) realizam exposições e comercializam seus produtos e materiais, estes divididos em setores de alimentação, artesanato, vestuário e diversos.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Entidade tem cofre arrombado em Bento

A sede da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan) foi alvo de assaltantes neste final de semana em Bento Gonçalves. A ação foi percebida na manhã de sábado, dia 21. Cerca de R$ 30 mil que estavam em um cofre, quantia arrecadada por meio de doações, foram furtados da entidade, localizada na rua Avaí, bairro Maria Goretti. A Aapecan é uma Organização Não Governamental (ONG), que atende gratuitamente pessoas com diagnóstico de câncer em situação de vulnerabilidade.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Quase 1.900 morreram na Síria desde início da conferência de paz, diz ONG

Entre os mortos, há 498 civis, diz Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Governo e oposição discutem desde dia 22 saída pacífica para guerra civil.

Quase 1.900 pessoas morreram na Síria desde 22 de janeiro, quando começaram na Suíça as negociações de paz de Genebra 2 entre o regime e a oposição, afirmou nesta sexta-feira (31) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Ao menos 498 civis estão entre as vítimas do conflito, que não foi interrompido durante o encontro entre representantes do governo e dos rebeldes em uma cúpula que até o momento não apresentou resultados.

"Entre 22 e 30 de janeiro, houve 1.870 mortos, entre eles 498 civis", disse Rami Abdel Rahman, diretor da entidade ligada à oposição síria.

Até agora, a difícil negociação mediada pela ONU não trouxe nenhum resultado prático.

"Além dos 646 rebeldes, 208 jihadistas da Frente al Nosra e do Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL), 515 soldados e milicianos leais ao regime e 3 combatentes curdos perderam a vida durante este período", acrescentou.

Estes combatentes morreram em confrontos entre distintas frentes: forças leais ao governo contra os rebeldes ou insurgentes contra jihadistas e curdos.

"Isso dá uma média de 208 mortos por dia e o número real de mortes é certamente mais elevado", enfatizou Abdel Rahman.

"A conferência de paz de Genebra deveria ter sido realizada com um cessar total das operações militares e das prisões. Pedimos à comunidade internacional que atua de forma séria e real para deter o assassinato e as violações dos direitos humanos na Síria antes de promover uma solução política", afirmou ainda.

arte síria versão 24.01 (Foto: Arte/G1)
 

sábado, 25 de janeiro de 2014

Após rumores sobre traição, Hollande anuncia separação

Montagem mostra o presidente francês, François Hollande, e a atriz Julie Gayet, com quem Hollande teria um caso extraconjugal

  • Montagem mostra o presidente francês, François Hollande, e a atriz Julie Gayet, com quem Hollande teria um caso extraconjugal
O presidente da França, François Hollande, anunciou na tarde deste sábado sua separação da jornalista francesa e primeira-dama do país, Valérie Trierweiler.

O anúncio foi feito por meio de um comunicado enviado por Hollande à agência de notícias estatal AFP e já era esperado pela imprensa local. Mesmo assim, causou surpresa, uma vez que o Palácio do Eliseu, sede do governo francês, havia repetidamente desmentido informações sobre os "rumores" de que o casal se separaria.

Na nota, Hollande afirmou que decidiu pôr fim "à vida comum" com Trierweiler, em meio a rumores de que ele a teria traído com a atriz francesa Julie Gayet.

A suposta traição do presidente francês foi noticiada em uma reportagem exclusiva da revista francesa Closer há duas semanas e, rapidamente, ganhou as páginas da imprensa internacional.

Segundo a publicação, Hollande se encontrava com Gayet no apartamento da atriz em Paris, a capital francesa. O affair teria a anuência de funcionários do alto escalão do governo.

Após as revelações, Trierweiler permaneceu hospitalizada durante duas semanas.

O caso foi alvo de acalorados debates na França e opôs defensores da privacidade do presidente a críticos de que suas "escapadas noturnas" poderiam colocar a segurança do país em risco.

Além disso, os boatos desgastaram ainda mais a imagem de Hollande, cada vez mais impopular devido à crise pela qual a França atravessa.

O presidente francês, que até agora não negou os boatos sobre a traição, já havia afirmado estar passando por um "momento difícil" em seu relacionamento com Trierweiler.

Na ocasião, ele prometeu esclarecer a situação antes de sua visita oficial a Washington, capital dos Estados Unidos, em 11 de fevereiro.

Polêmica

Na última terça-feira, Trierweiler demitiu seu advogado que afirmou que ela estava buscando terminar seu relacionamento com Hollande "da forma mais digna possível".

A jornalista, que continua trabalhando para a revista francesa Paris-Match, deve viajar à Índia neste domingo para apoiar o trabalho da ONG francesa Action Against Hunger.

Desde que saiu do hospital, Trierweiler vinha permanecendo na residência oficial de La Lanterne, próxima a Versalhes, nos arredores da região metropolitana de Paris.

"Ele (Holande) a consultou e a comunicou sobre a intenção de se separar; ela já aceita a situação como um fato consumado, mas o deixou tomar a iniciativa", afirmou uma fonte próxima à jornalista ao jornal francês Le Parisien.

Trierweiler e Holande nunca se casaram oficialmente. Trierweiler anunciou que os dois estavam juntos apenas seis meses depois que o presidente francês havia deixado a sua então esposa, a ex-candidata à Presidência Ségolène Royal, com quem tem quatro filhos.

Já a atriz francesa Julie Gayet anunciou que está processando a revista Closer por violação de privacidade.

A publicação afirmou que o affair entre Hollande e Gayet começou ainda durante a corrida presidencial de 2012.

domingo, 29 de setembro de 2013

Após Assad anunciar cooperação, bombardeio mata 16 em escola

Pelo menos 16 pessoas, em sua maioria estudantes do ensino médio, morreram e várias ficaram feridas em um bombardeio da aviação militar síria hoje contra a cidade de Al Raqa, no norte do país, denunciaram ativistas e grupos da oposição. A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal grupo opositor, anunciou em comunicado que este ataque da aviação do regime foi dirigido contra o Instituto Comercial de Ensino Médio de Ibn Tofayel. Por sua parte, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, mas com uma ampla rede de ativistas no terreno, afirmou que pelo menos 16 pessoas morreram no ataque.

O ataque ocorreu no mesmo dia em que o presidente síria, Bashar al-Assad, anunciou à TV italiana RaiNews24 que vai respeitar o acordo do Conselho de Segurança da ONU sobre armas químicas. "Nós nos juntamos ao acordo internacional contra a aquisição e o uso de armas químicas mesmo antes dessa resolução ser aprovada", afirmou.
"A aviação síria bombardeou a entrada de uma escola técnica na cidade de Raqa, matando 16 pessoas, incluindo dez alunos menores de 18 anos, e ferindo muitos outros, alguns dos quais estão em estado grave", informou o OSDH. "Houve pânico, crianças chorando na escola e tentando se esconder", relatou uma testemunha à ONG.
Os rebeldes tomaram o controle de Raqa em 6 de março, sendo a única capital provincial nas mãos dos insurgentes. Atualmente, a cidade é controlada principalmente pelos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).
Assad concede entrevista à jornalista da TV italiana em Damasco Foto: AP
Assad concede entrevista à jornalista da TV italiana em Damasco
Foto: AP
No sul, após quatro dias de intensos combates em que 26 soldados e um grande número de insurgentes, incluindo "sete não-sírios" foram mortos, os rebeldes assumiram o controle de um posto aduaneiro e agora ocupam uma faixa de terra da cidade de Deraa, próxima as Colinas de Golã, a leste, segundo o OSDH.
No entanto, um alto funcionário dos serviços de segurança informou à AFP que "não se pode dizer que os grupos terroristas tomaram o controle de uma posição, muitas vezes porque a situação muda repentinamente e a luta continua".
Catorze corpos de membros das Forças de Defesa, que apoiam o regime sírio, mortos um dia antes em Zamalka, perto de Damasco, foram transportados neste domingo para Homs, no centro do país de onde são originários, segundo o OSDH. Uma fonte da segurança informou combates em Zamalka e Jobar (leste).
REPORTAGENS EXCLUSIVAS
AFP
Ainda de acordo com o OSDH, pelo menos 19 soldados foram mortos e 60 ficaram feridos em um ataque rebelde na madrugada deste domingo contra posições militares em Nasseriya al-Qalamun, ao norte de Damasco. "Há também vítimas nas fileiras dos rebeldes, que conseguiram tomar o controle de várias posições", de acordo com o OSDH. Por sua vez, o exército afirmou ter matado "um grande número" de rebeldes em Nashabiyé, ao norte da capital.
A Jordânia anunciou neste domingo ter protestado na embaixada síria contra a queda de morteiros em Ramtha, em seu território, quinta-feira à noite. "O ministério das Relações Exteriores enviou uma mensagem de protesto à embaixada da Síria em Amman, após a queda de um morteiro sobre a mesquita de Al-Fatah, perto de um parque industrial na cidade de Ramtha", afirmou o ministro jordaniano da Informação, Mohammad Momani, citado pela agência de notícias Petra.
"O morteiro atingiu esta região durante confrontos entre o exército sírio e combatentes (rebeldes) do Exército Sírio Livre (ESL)" do outro lado da fronteira, explicou. Estas informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas aos jornalistas pelas autoridades sírias para trabalhar no terreno.
Assad diz que pode deixar presidência, mas não agora
Na entrevista a TV italiana, Bashar al Assad, afirmou que deixaria a chefia de Estado se isso contribuísse para melhorar a situação no país, mas disse não pensar em fazê-lo no meio do atual conflito armado.

"Se abandonar meu cargo contribuísse para melhorar a situação, não teria nenhum escrúpulo, mas agora devo seguir em meu posto", disse Assad. "No meio de uma tempestade não se abandona o navio; minha missão é levá-lo ao porto, não abandoná-lo", argumentou Assad na primeira entrevista concedida a um veículo estrangeiro após a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o desmantelamento do arsenal químico da Síria.
O conflito sírio causou desde março de 2011 a morte de cerca de 100 mil pessoas e o deslocamento de dois milhões, segundo as Nações Unidas.

domingo, 18 de agosto de 2013

ONG propõe assumir causa animal

Para tentar reduzir os casos de cães e gatos abandonados nas ruas no município, a Organização Não Governamental (ONG) Patas e Focinhos deve apresentar, até setembro, um projeto para assumir, em parceria com a prefeitura, a causa em Bento Gonçalves. A intenção da entidade é cobrar do Poder Público a implantação de uma estrutura para agilizar os procedimentos de castração e cuidados aos animais que necessitem auxílio veterinário. Em contrapartida, os voluntários, além de gerenciarem o novo sistema, se dispõem a reforçar as ações de resgate e entrega para adoção dos bichos que não tiverem lar ou se encontrarem em más condições de saúde.

Em reunião realizada no Ministério Público (MP) no início de agosto, representantes da entidade reivindicaram da administração municipal medidas para amenizar o problema em Bento Gonçalves. Como receberam a resposta de que o Executivo dificilmente conseguiria levar a iniciativa adiante sozinho, resolveram abraçar o desafio. “Nós cobramos essa responsabilidade da prefeitura, mas também não podemos ficar apenas esperando, porque pode demorar muito tempo para que alguma coisa maior seja feita. O que nós vamos tentar é encurtar esse caminho”, afirma Cassiana Baldasso Vaz, vice-presidente da ONG, que tem cerca de 30 voluntários ativos.

A proposta da Patas e Focinhos deverá incluir o pedido de um local para instalar uma pequena clínica onde seriam feitas as esterilizações, além da contratação, por parte do governo, de pelo menos três funcionários para trabalhar em turno integral – um veterinário, um assistente e um atendente. Segundo Cassiana, essa modificação poderia permitir um número maior de cirurgias do que hoje é realizado por meio do convênio entre a Vigilância Ambiental e clínicas particulares, que nesse ano ofereceu cerca de 400 operações (detalhes abaixo). À exceção de casos que poderiam exigir algum tempo de observação, os animais não seriam mantidos local. “Não queremos criar um lar para recolhimento, essa não é a nossa ideia, porque poderia gerar até mais abandono”, explica.

Lugar para feiras

A ONG também pretende solicitar um espaço fixo para a realização das feiras de adoção. “Se tivermos essa garantia de um local sempre disponível, podemos pensar em fazer feiras grandes com mais frequência. Seria mais fácil de organizar e, com certeza, iria atrair mais pessoas”, completa a vice-presidente. Entre março e julho deste ano, a entidade já deu novos donos a 93 cães e 83 gatos. Pelo menos outros 30 cachorros e 20 felinos permanecem em lares temporários esperando por adoção.

Sobre o projeto de instalação de um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que chegou a ser discutido nos últimos anos na cidade, Cassiana diz que é um assunto que praticamente foi descartado com a última reunião. “O CCZ não vai resolver problemas de superpopulação de cães e gatos, e muito menos focar no bem-estar dos animais. Felizmente, isso pareceu ser um ponto pacífico para todos”, conclui a voluntária.

Secretaria aguarda proposta

O secretário de Meio Ambiente, Luiz Augusto Signor – que participou da reunião no MP no começo do mês –, afirma que aguarda agora a entrega do projeto da ONG, para avaliar as condições financeiras de atender a reivindicação e, se necessário, apresentar uma contraproposta à entidade. Mesmo assim, ele diz que a ação vem em boa hora. “Sabemos que é uma demanda em que temos que avançar em vários pontos e corrigir outros. Eu vejo essa iniciativa com bons olhos, porque temos que melhorar muitas coisas, tanto na parte do Poder Público quanto da sociedade”, destaca.

Signor ressalta que também será preciso reforçar as medidas de conscientização daqui para frente, como forma de envolver a comunidade bento-gonçalvense e cobrar cada vez mais dos donos de animais a posse responsável. “Não podemos pensar que maus-tratos se resumem apenas a casos de agressão. Não cuidar de forma adequada ou abandonar um bichinho de estimação, às vezes, é muito pior. E nós não podemos viver em uma sociedade de bárbaros que ajam assim”, conclui o secretário.

Vigilância Ambiental realizou 400 castrações no ano

Até o final do mês, a Vigilância Ambiental pretende retomar o programa de castrações oferecido pela prefeitura. O projeto está paralisado há cerca de um mês, em função da renovação do edital para convênio com clínicas particulares que oferecem o serviço. Antes da suspensão temporária, segundo dados do departamento, foram realizadas pelo menos 400 operações neste ano, atendendo principalmente a bairros como Eucaliptos, Vila Nova e Conceição, além de casos repassados por entidades ligadas à proteção animal.
ONG propõe assumir causa animal 
Duas empresas mantinham contrato com a administração municipal e cada procedimento tem custado em média R$ 90. Neste valor está incluída a implantação de um chip com informações dos bichos e dos donos. A prioridade é para fêmeas de cães e gatos. “Infelizmente, a maioria das clínicas tem uma clientela particular e não consegue absorver nossa demanda, que é muito maior”, afirma a coordenadora da Vigilância Ambiental, Analiz Zattera. O setor tem uma verba anual de R$ 100 mil para castrações.

Gastos e contatos

Nesta semana, a Patas e Focinhos publicou em sua página no Facebook a prestação de contas dos gastos da entidade – que tem se mantido por meio de doações – nos primeiros sete meses do ano. Os custos com clínicas, lares de passagem e atendimento a denúncias no período somam quase R$ 33 mil. Somente em julho, foram R$ 7,9 mil. Doações podem ser feitas pelo Banco do Brasil, na conta 74.908-7, agência 0181-3. O telefone da ONG é (54) 9160 9015 e o e-mail é sospatasefocinhos@yahoo.com.br.
Fonte: Jornal SerraNossa - Reportagem: Jorge Bronzato Jr.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

ONG propõe assumir causa animal

Patas e Focinhos deve entregar projeto para a prefeitura em setembro

Para tentar reduzir os casos de cães e gatos abandonados nas ruas no município, a Organização Não Governamental (ONG) Patas e Focinhos deve apresentar, até setembro, um projeto para assumir, em parceria com a prefeitura, a causa em Bento Gonçalves. A intenção da entidade é cobrar do Poder Público a implantação de uma estrutura para agilizar os procedimentos de castração e cuidados aos animais que necessitem auxílio veterinário. Em contrapartida, os voluntários, além de gerenciarem o novo sistema, se dispõem a reforçar as ações de resgate e entrega para adoção dos bichos que não tiverem lar ou se encontrarem em más condições de saúde.

ONG propõe assumir causa animalEm reunião realizada no Ministério Público (MP) no início de agosto, representantes da entidade reivindicaram da administração municipal medidas para amenizar o problema em Bento Gonçalves. Como receberam a resposta de que o Executivo dificilmente conseguiria levar a iniciativa adiante sozinho, resolveram abraçar o desafio. “Nós cobramos essa responsabilidade da prefeitura, mas também não podemos ficar apenas esperando, porque pode demorar muito tempo para que alguma coisa maior seja feita. O que nós vamos tentar é encurtar esse caminho”, afirma Cassiana Baldasso Vaz, vice-presidente da ONG, que tem cerca de 30 voluntários ativos.

A proposta da Patas e Focinhos deverá incluir o pedido de um local para instalar uma pequena clínica onde seriam feitas as esterilizações, além da contratação, por parte do governo, de pelo menos três funcionários para trabalhar em turno integral – um veterinário, um assistente e um atendente. Segundo Cassiana, essa modificação poderia permitir um número maior de cirurgias do que hoje é realizado por meio do convênio entre a Vigilância Ambiental e clínicas particulares, que nesse ano ofereceu cerca de 400 operações (detalhes no quadro). À exceção de casos que poderiam exigir algum tempo de observação, os animais não seriam mantidos local. “Não queremos criar um lar para recolhimento, essa não é a nossa ideia, porque poderia gerar até mais abandono”, explica.

Lugar para feiras

A ONG também pretende solicitar um espaço fixo para a realização das feiras de adoção. “Se tivermos essa garantia de um local sempre disponível, podemos pensar em fazer feiras grandes com mais frequência. Seria mais fácil de organizar e, com certeza, iria atrair mais pessoas”, completa a vice-presidente. Entre março e julho deste ano, a entidade já deu novos donos a 93 cães e 83 gatos. Pelo menos outros 30 cachorros e 20 felinos permanecem em lares temporários esperando por adoção.

Sobre o projeto de instalação de um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que chegou a ser discutido nos últimos anos na cidade, Cassiana diz que é um assunto que praticamente foi descartado com a última reunião. “O CCZ não vai resolver problemas de superpopulação de cães e gatos, e muito menos focar no bem-estar dos animais. Felizmente, isso pareceu ser um ponto pacífico para todos”, conclui a voluntária.

Secretaria aguarda proposta

O secretário de Meio Ambiente, Luiz Augusto Signor – que participou da reunião no MP no começo do mês –, afirma que aguarda agora a entrega do projeto da ONG, para avaliar as condições financeiras de atender a reivindicação e, se necessário, apresentar uma contraproposta à entidade. Mesmo assim, ele diz que a ação vem em boa hora. “Sabemos que é uma demanda em que temos que avançar em vários pontos e corrigir outros. Eu vejo essa iniciativa com bons olhos, porque temos que melhorar muitas coisas, tanto na parte do Poder Público quanto da sociedade”, destaca.
Signor ressalta que também será preciso reforçar as medidas de conscientização daqui para frente, como forma de envolver a comunidade bento-gonçalvense e cobrar cada vez mais dos donos de animais a posse responsável. “Não podemos pensar que maus-tratos se resumem apenas a casos de agressão. Não cuidar de forma adequada ou abandonar um bichinho de estimação, às vezes, é muito pior. E nós não podemos viver em uma sociedade de bárbaros que ajam assim”, conclui o secretário.

Vigilância Ambiental realizou 400 castrações no ano

Até o final do mês, a Vigilância Ambiental pretende retomar o programa de castrações oferecido pela prefeitura. O projeto está paralisado há cerca de um mês, em função da renovação do edital para convênio com clínicas particulares que oferecem o serviço. Antes da suspensão temporária, segundo dados do departamento, foram realizadas pelo menos 400 operações neste ano, atendendo principalmente a bairros como Eucaliptos, Vila Nova e Conceição, além de casos repassados por entidades ligadas à proteção animal.

Duas empresas mantinham contrato com a administração municipal e cada procedimento tem custado em média R$ 90. Neste valor está incluída a implantação de um chip com informações dos bichos e dos donos. A prioridade é para fêmeas de cães e gatos. “Infelizmente, a maioria das clínicas tem uma clientela particular e não consegue absorver nossa demanda, que é muito maior”, afirma a coordenadora da Vigilância Ambiental, Analiz Zattera. O setor tem uma verba anual de R$ 100 mil para castrações.

Gastos e contatos

Nesta semana, a Patas e Focinhos publicou em sua página no Facebook a prestação de contas dos gastos da entidade – que tem se mantido por meio de doações – nos primeiros sete meses do ano. Os custos com clínicas, lares de passagem e atendimento a denúncias no período somam quase R$ 33 mil. Somente em julho, foram R$ 7,9 mil. Doações podem ser feitas pelo Banco do Brasil, na conta 74.908-7, agência 0181-3. O telefone da ONG é (54) 9160 9015 e o e-mail é sospatasefocinhos@yahoo.com.br. 

Jornal SerraNossa - Reportagem: Jorge Bronzato Jr.