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presidente Dilma Rousseff decidiu cancelar sua viagem oficial aos
Estados Unidos, marcada para o dia 23 de outubro. No Palácio do Planalto
a informação é que não há clima para a realização da viagem de Estado a
Washington após as suspeitas de espionagem envolvendo o governo
americano.
As respostas dadas até agora sobre os vazamentos de Eduard Snowden,
segundo quem Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês)
monitorou conversas da própria Dilma, além de dados da Petrobras, não
foram satisfatórias, na avaliação da presidente. Por isso, o adiamento
seria a melhor solução, para que, até lá, o assunto espionagem saia da
pauta principal e se possa considerar poder discutir questões
econômicas.
A resposta do Brasil está sendo informada aos Estados Unidos e a forma
de comunicado, construída em conjunto entre os dois países. Os
norte-americanos também vão anunciar uma decisão por Washington.
Enquanto isso, Dilma mantém a disposição de usar seu discurso da ONU, na
semana que vem, para criticar o monitoramento.
No início da crise, há dois meses, a reação americana ficou muito aquém
do que esperava o Brasil. No fim da tarde dessa segunda, Obama
telefonou para Dilma para tratar do assunto. Nem o Itamaraty nem a
Presidência revelaram detalhes da conversa dos dois - que aconteceu às
18h30 e durou cerca de 20 minutos.
Há duas semanas, a presidente já havia mandado cancelar a viagem da
equipe preparatória, que cuida de toda a logística da visita e define os
detalhes da agenda. Na semana passada, durante reunião de cúpula do
G-20, na Rússia, Dilma declarou que sua ida dependeria de "condições
políticas" a serem criadas por Obama.
* Com informações, Estadão Conteúdo
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