O PT oficializou neste sábado a candidatura da presidenta Dilma
Rousseff à reeleição e de Michel Temer para vice-presidente. Em
convenção nacional em Brasília, com a presença de filiados ao partido e
de aliados, delegados do PT levantaram os crachás em apoio à chapa, em
defesa do slogan “Mais mudanças, mais futuro” e das principais reformas
propostas no programa de governo.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, levantou duas principais
bandeiras para o partido que vão constar na campanha presidencial: a
reforma política e a democratização da mídia. Para ele, o plebiscito é
fundamental para que se concretize a proposta de reforma política, cujo
princípio passa pelo fim do financiamento privado das campanhas. Segundo
ele, o projeto prevê um plebiscito sobre o tema ainda neste ano, na
Semana da Pátria, em setembro. Sobre os meios de comunicação, Rui Falcão
destacou que o partido pretende cumprir o que estabelece a Constituição
Federal, como a proibição do oligopólio da mídia e a exigência de
produção regional independente.
Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de candidatos a
governador pelo PT e de pelo menos nove ministros do atual governo,
estiveram presentes na convenção representantes de partidos aliados que
já referendaram ou ainda vão oficializar a aliança nacional, como PCdoB,
PRB, PP, PSD, PMDB, PROS e PDT.
A presidente Dilma Rousseff avaliou a reforma política como fundamental
para melhorar a qualidade da política e da gestão pública. “A
transformação social produzida pelos nossos governos criou as bases para
a promoção de grande transformação democrática e política no Brasil.
Não vejo nenhum caminho que viabilize a reforma política que não passe
pela participação popular.”
Ao lembrar projetos criados pelo governo, Dilma disse que o novo ciclo
que pretende concretizar no País manterá dois pilares básicos de um
“ciclo extraordinário” iniciado em 2003: solidez econômica e amplitude
das políticas sociais. Segundo ela, o objetivo é ampliar os avanços, com
a melhoria da infraestrutura, dos serviços públicos, do emprego, do
desenvolvimento tecnológico e da produtividade.
“Esse novo ciclo fará o ingresso decisivo do Brasil na sociedade do
conhecimento, cujo pilar básico é a transformação da qualidade da
educação”, disse Dilma, reiterando que, para transformar a educação, é
preciso valorizar o professor, projeto que será acelerado quando
começarem a ingressar os recursos dos royalties do petróleo no setor.
Outros pilares também foram citados por ela, como projetos de mobilidade
urbana e transporte público, saneamento básico e moradia, classificados
como “reforma urbana”.
Depois de os membros do partido reconhecerem, por votação simbólica, a
chapa PT-PMDB, Dilma agradeceu a “prova de confiança” e disse querer
transformar a gratidão e a alegria em compromisso e convocação para
fazer mais mudanças, reforçando o slogan da campanha.
* Correio do Povo
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