O irmão de Edelvânia Wirganovicz, Evandro, negou que tenha
participado do crime, muito menos aberto a cova. Segundo ele, a irmã é
uma pessoa do bem. "Foi uma barbaridade o que aprontaram para ela",
comentou. "Fizeram a cabeça dela por dinheiro", disse, contradizendo o
advogado da irmã, de que Edelvânia havia sido ameaçada.
Evandro afirmou que não sabia que o menino Bernardo seria morto e disse
desconhecer o plano de assassinato. "Não sei como elas planejaram",
referindo-se a Graciele e Edelvânia. O acusado assumiu ter sentido medo
de ser preso, devido à grande repercussão do caso. Quase no final das
perguntas, ele chora, jurando "pelos filhos" que não está envolvido no
crime.
Ao final, a análise da máquina concluiu que sempre que Evandro falava
da irmã, ele dizia a verdade. Quando responde sobre não ter cavado a
cova em que Bernardo foi enterrado, a conclusão é imprecisa. No entanto,
quando responde às perguntas em relação a estar no local, ele afirma
que estava pescando, mas as suas respostas são apontadas pela máquina
como de "alto risco", ou seja: não são consideradas uma verdade.
No processo criminal, que tramita na Comarca de Três Passos, também são
acusados do assassinato o pai de Bernardo, o médico Leandro Boldrini, a
madrasta Graciele Ugulini e a assistente social Edelvânia Wirganovicz. A
prisão temporária dos três acusados foi decretada em 14 de abril. No
dia 12 deste mês, o Tribunal de Justiça do RS manteve a prisão do pai de
Bernardo, após a 3 Câmara Criminal negar o hábeas.
* Correio do Povo
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