sexta-feira, 6 de junho de 2014

Entidades discordam sobre nova lei dos caminhoneiros

A aprovação da lei que flexibiliza o horário de trabalho e aumenta o tempo de descanso dos caminhoneiros tem gerado desconforto e acalorado o debate sobre o Custo Brasil de transporte. O projeto, aprovado nesta terça-feira (3) pelo Senado, agora deve voltar à Câmara dos Deputados e após sancionado pela presidente da República, Dilma Rousseff.

Para o presidente da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Estado do Rio Grande do Sul (FETRANSUL), Paulo Caleffi, o custo adicional que é gerado por mais tempo de viagem, por conta do horário destinado ao descanso do motorista, deve ser transferido para o usuário. “O empresário que não transferir o custo pode ir à falência, portanto se deve cumprir a lei e transferir o custo”, alertou.

Já da perspectiva do presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Fecam), Eder Dal’Lago, quem deve arcar com o aumento em debate são as empresas. Ele frisa que a lei se faz necessária porque antes caminhoneiros cruzavam o país quase sem dormir.

O novo projeto determina que a jornada diária do motorista deve ser de oito horas com a possibilidade de duas horas extras e a obrigatoriedade de dez horas de descanso. Além disso, o tempo máximo para direção interrupta subiu de quatro para seis horas, o que gerou debate no Senado. “A mudança legitima o genocídio nas estradas, faz dos motoristas potenciais suicidas e homicidas e mantém a sociedade refém de um trânsito inseguro”, disse o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

fonte: Lucas Araldi - Central de Jornalismo da Rádio Difusora

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