A
aprovação da lei que flexibiliza o horário de trabalho e aumenta o
tempo de descanso dos caminhoneiros tem gerado desconforto e acalorado o
debate sobre o Custo Brasil de transporte. O projeto, aprovado nesta
terça-feira (3) pelo Senado, agora deve voltar à Câmara dos Deputados e
após sancionado pela presidente da República, Dilma Rousseff.
Para o presidente da Federação das
Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Estado do Rio Grande do
Sul (FETRANSUL), Paulo Caleffi, o custo adicional que é gerado por mais
tempo de viagem, por conta do horário destinado ao descanso do
motorista, deve ser transferido para o usuário. “O empresário que não
transferir o custo pode ir à falência, portanto se deve cumprir a lei e
transferir o custo”, alertou.
Já da perspectiva do presidente da
Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul e Santa
Catarina (Fecam), Eder Dal’Lago, quem deve arcar com o aumento em debate
são as empresas. Ele frisa que a lei se faz necessária porque antes
caminhoneiros cruzavam o país quase sem dormir.
O novo projeto determina que a jornada
diária do motorista deve ser de oito horas com a possibilidade de duas
horas extras e a obrigatoriedade de dez horas de descanso. Além disso, o
tempo máximo para direção interrupta subiu de quatro para seis horas, o
que gerou debate no Senado. “A mudança legitima o genocídio nas
estradas, faz dos motoristas potenciais suicidas e homicidas e mantém a
sociedade refém de um trânsito inseguro”, disse o senador Roberto
Requião (PMDB-PR).
fonte: Lucas Araldi - Central de Jornalismo da Rádio Difusora
fonte: Lucas Araldi - Central de Jornalismo da Rádio Difusora