Secretário de Segurança Pública esteve em Bento e afirmou que o governo não
tem recursos para a obra
O que se debaterá, novamente daqui a pouco mais de um mês e meio, é
apenas o formato de negociação que será utilizada para tentar viabilizar
o empreendimento. Um dos caminhos é o arrendamento ou locação da nova
área e o pagamento da obra, por parte do Estado, por um período de 20
anos. Nesse contexto, a venda do atual espaço utilizado no zona central
poderia servir como um abatimento no valor total da construção.
Tudo permanece, porém, apenas no campo das ideias, já que não há
verba alocada no orçamento gaúcho – nesse meio tempo, o Governo promete
voltar a tentar pleitear repasse da União, semelhante ao que foi perdido
em 2012 em função da demora em licitar e executar o projeto. “Se tudo
correr bem, ainda teremos uma espera de um ano e meio ou dois para ter o
novo presídio. Essa possibilidade vai funcionar, mas não é da noite
para o dia”, ressalta o secretário estadual de Segurança Pública, Airton
Michels, que no início do encontrou destacou que Bento não é tratada
como prioridade para receber uma obra desse porte.
Outro anúncio de Michels foi a destinação de cerca de R$ 200 mil para
reforma no atual presídio, que teve sua estrutura seriamente danificada
após a rebelião do último dia 8. O secretário também aproveitou a
ocasião para avisar que não será possível cumprir a decisão judicial de
licitar o empreendimento em 60 dias. Quem não saiu satisfeito da reunião
foi o presidente do Conselho Comunitário de Execuções Penais de Bento
Gonçalves, José Ernesto Morgan Oro. “O secretário está indo embora como
chegou, sem nos trazer nada. Estou indignado, porque Bento e a região
não merecem esse tratamento”, esbravejou Oro.
Apesar do convite oficial da própria prefeitura, a reunião desta
segunda-feira foi fechada à imprensa durante boa parte das conversações,
a pedido do Estado. Os profissionais da mídia de Bento e região puderam
permanecer no Salão Nobre apenas durante as primeiras manifestações e,
ao final, tiveram somente cerca de 10 minutos para entrevistas com
Michels, o secretário do Gabinete dos Prefeitos, Jorge Branco, e outras
autoridades estaduais e municipais presentes.
Reportagem: Jornal SerraNossa/ Jorge Bronzato Jr.
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