O presidente americano afirmou que fará um pronunciamento ao povo americano na próxima terça-feira
Em pronunciamento após o encerramento da cúpula do G20, Obama falou que o uso de armas químicas pelo regime Assad é uma ameaça à segurança
mundial e que não responder a essa violação do direito
internacional enviaria uma mensagem a nação autoritárias e "piratas" de
que elas poderiam utilizar armas químicas sem receberem uma resposta.
Obama confirmou que a questão síria foi tratada pelos
líderes reunidos em São Petersburgo durante um jantar na noite de
quinta-feira e que líderes asiáticos, europeus e do Oriente Médio
concordaram que é preciso tomar uma atitudade em relação à Síria.
Segundo Obama, houve um consenso de que armas químicas foram utilizadas
na Síria e de que as normas que as proíbem precisam ser mantidas.
Ele também disse que está confiante de que a maioria dos
países "está confortável com a conclusão" de que o regime Assad foi o
responsável pelo o uso de armas químicas e afirmou que a divisão está
entre aqueles que acreditam que uma intevenção militar deve ser
respaldada pelo Conselho de Segurança da ONU.
Obama disse que respeita aqueles que estão preocupados
com ações militares fora do Conselho de Segurança da ONU, mas que uma
ação precisa ser tomada quando o organismo multilateral alcança um
impasse e se torna uma barreira para que normas internacionais sejam
respeitadas. O americano disse que a ONU está "paralisada, congelada e
não age", em uma referência às seguidas resoluções vetadas por Rússia e
China que condenavam as ações do regime de Bashar al-Assad em diversos
momentos da guerra civil síria.
"Mais de 1,4 mil pessoas foram atingidas com gás, mais
de 400 delas crianças. Isso não é algo que fabricamos, isso não é algo
que estamos utilizando como desculpa", disse Obama. O presidente
americano ainda afirmou que, no encontro com os líderes, ele lembrou
seus colegas de que foi eleito para acabar guerras e que está fazendo
isso há quatro anos e meio. Ele também voltou a garantir que os Estados
Unidos não se engajarão em uma longa ação militar na Síria.
Em relação a um encontro privado que teve com Putin,
Obama afirmou que as interações entre eles são "bem francas". O
americano disse que ambos concordam que a crise síria só pode ser
alcançada através de uma transição política, ainda que discordem de como
responder ao uso de armas químicas.
Obama ainda afirmou que fará um pronunciamento ao povo americano
na noite de terça-feira e preferiu não especular qual decisão tomará
para o caso de o Congresso americano não concordar com uma intervenção
militar na Síria.
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