Em uma semana, a prefeitura de Bento Gonçalves deve anunciar as
medidas que tomará com relação às obras de novas Unidades Básicas de
Saúde (UBSs) de lata, que começaram a ser erguidas no governo de Roberto
Lunelli e estão com obras paradas desde outubro de 2012. A promessa de
apresentar um novo planejamento para a conclusão e utilização das
estruturas – que têm paredes metálicas com isopor no interior – foi dada
durante o anúncio das novas licitações para finalizar a primeira etapa
da construção da Unidade de Pronto Atendimento 3 (UPA 3), no último dia
21.
Uma das situações que podem ser revistas é a do bairro Conceição,
cuja obra ainda se encontra em estágio inicial e pode não prosseguir da
forma como seria concebida pela gestão anterior. “Vamos fazer todos os
cálculos e avaliar a possibilidade de construir em alvenaria”, afirma o
secretário de Governo, César Gabardo. No Fenavinho, entretanto, o
procedimento não deve ser o mesmo: por já estar com boa parte da
construção pronta, mesmo que deteriorada pela ação do tempo, o bairro
deve mesmo receber o posto em material metálico.
Outros dois casos a serem avaliados estão no Vila Nova e na Cohab.
Nos distritos de São Pedro e Vale dos Vinhedos, a utilização dos espaços
deve continuar com as subprefeituras. Depois do anúncio do pacote de
medidas, outro obstáculo para colocar as UBSs em funcionamento será a
aprovação da Vigilância Sanitária, que já apontou uma série de problemas
nas obras, como vulnerabilidade a eventos climáticos, eletrodutos
aparentes e falta de acabamento entre paredes, forros e pisos. De acordo
com o prefeito Guilherme Pasin, o plano original liberado pela 5ª
Coordenadoria Regional de Saúde (5ª CRS) previa todos os seis
empreendimentos construídos em tijolos. “É o que foi aprovado e ainda
está lá no projeto, consta como construções em alvenaria”, destaca.
Segundo a secretaria da Saúde, a previsão inicial de custos para a
construção das UBSs de lata era de aproximadamente R$ 3 milhões. Deste
total, R$ 1,2 milhão viria do governo federal, mas até agora houve
apenas um repasse de R$ 120 mil. O restante só deve chegar quando as
obras estiverem adiantadas, com pelo menos 65% dos trabalhos concluídos.
A outra parte, de R$ 1,8 milhão, caberia ao município.
Jornal SerraNossa - Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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