“O estímulo exagerado que essas substâncias causam nos receptores de determinadas células levam a efeitos secundários desastrosos. Um deles é a produção deficiente de hormônios pelas glândulas, que ocorre porque o corpo interpreta os níveis de hormônios sintéticos como suficientes para suprir o organismo e, por isso, diminui a quantidade antes produzida, o que os especialistas chamam de feedback negativo. Esse efeito pode ocasionar em homens a atrofia de testículos, levando à impotência sexual e esterilidade, aumento da retenção de sódio, da pressão arterial, calvície, maiores riscos de câncer, diabetes e lesões no fígado muitas vezes irreversíveis.”, alerta o nutrólogo Roberto Navarro.
Cada vez mais pessoas têm utilizado anabolizantes para fins estéticos e de emagrecimento, como se os resultados rápidos surgissem como em um passe de mágica. Entretanto, o uso de fórmulas derivadas de hormônios, sem nenhum tipo de indicação clínica, pode trazer riscos enormes à saúde.
Os problemas não ficam restritos ao sexo masculino. “Em mulheres, pode levar à androgenização, crescimento de pelos no rosto, aumento da secreção sebácea e da oleosidade da pele, surgimento de espinhas e engrossamento da voz, redução de mamas e interrupção da menstruação. Os riscos de câncer, diabetes e lesões no fígado, muitas vezes irreversíveis, também são maiores”, detalha. O uso indiscriminado traz consequências ainda mais devastadoras em adolescentes, pois compromete o crescimento, o desenvolvimento sexual, a formação óssea, entre outras.
Mas nem tudo está perdido. Com orientação, é possível usufruir dos benefícios dos anabolizantes. “Esses hormônios podem ser usados clinicamente, sendo prescritos por médicos para a reposição de um hormônio deficiente em alguns casos, e em geral, nesses casos, a orientação médica é a de uso em doses suficientes apenas para a regulação de uma disfunção específica”, ensina.
Quanto maior é o tempo de uso destas substâncias, maior é o estrago, segundo Navarro. “Pesquisa divulgada em 2007, já desatualizada, demonstrou que o perfil do usuário de anabolizantes não era o adolescente ou o atleta, mas sim, o homem com idade próxima aos 30 anos que busca o aumento da musculatura”, conta.
Fonte: portal Minha Vida
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