Para o encontro foram chamados ministros das áreas sociais e de infraestrutura, que deverão apresentar o quadro atual de investimentos, de projetos e de obras em andamento.
Uma das principais preocupações da presidente é com o projeto de Transposição do Rio São Francisco, que pretende levar água ao semiárido nordestino, iniciado ainda no governo de seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma quer ter o que mostrar em termos de avanço ainda neste mês, quando pretende fazer uma visita às obras, passando por pelo menos dois Estados: Ceará e Pernambuco.
A estratégia da presidente, nessa visita, é reforçar sua imagem no Nordeste, onde o governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB), tem forte entrada, principalmente pela aprovação em seu Estado. A recente aliança de Campos com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva é alvo de preocupação dos aliados e da própria Dilma.
A visita às obras do São Francisco também será uma resposta ao PSDB e ao senador Aécio Neves (MG), provável candidato ao Planalto. O tucano usou o último programa do partido na TV para mostrar trechos onde as obras estão paralisadas.
A presidente planeja visitar alguns locais para mostrar parte dos 6,5 mil trabalhadores em seus canteiros e mais de 1,8 mil equipamentos em atividade.
As datas e as cidades a serem visitadas estão sendo definidas, mas Dilma avisou a assessores que quer passar uma noite na região para mostrar sua interação com o Nordeste.
Dilma também deve cobrar de seus ministros o cumprimento dos cronogramas, de modo que não sofram atrasos e os projetos possam ser lançados neste ano e no ano que vem. A presidente não quer, por exemplo, que haja problemas na concessão dos aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ) - estratégicos para a Copa de 2014.
O governo quer passar a ideia de que Dilma tem "muito a mostrar", seja em obras de mobilidade urbana, seja na área de plataformas de petróleo.
* AE
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