A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (10), na Marcha dos Prefeitos, repasse emergencial de R$ 3 bilhões aos municípios, cuja primeira parcela estará disponível a partir de agosto, e a segunda, a partir de abril de 2014. Também haverá facilidades para o Programa Minha Casa, Minha Vida em municípios com menos de 50 mil habitantes, a serem executadas pelo Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil.
De acordo com Dilma, o repasse
emergencial será desvinculado e dirigido para o custeio de serviços
públicos. A presidenta fez os anúncios acompanhada de 25 ministros, do
vice-presidente Michel Temer e dos presidentes da Câmara, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Pouco antes de Dilma finalizar seu
discurso, os prefeitos começaram a cobrar que ela mencionasse o Fundo de
Participação dos Municípios (FPM), cujo aumento entre 1% e 2% era uma
das principais reivindicações da marcha - o que não ocorreu. Ao terminar
a fala sem anunciar qualquer aumento, houve um misto de vaias e
aplausos à presidenta.
Depois da saída de Dilma, o presidente da
Confederação Nacional dos Municípios (CMN), Paulo Ziulkosky, conversou
com os prefeitos e condenou as vaias à presidenta. "Também não era o que
eu queria [R$ 3 bilhões], mas, se não fosse assim, não viria nada",
disse.
No discurso, a presidenta reconheceu que
houve atraso na execução do Programa Minha Casa, Minha Vida para os
municípios com menos de 50 mil habitantes. "A partir de agora, todos os
municípios com menos de 50 mil habitantes podem acessar o Minha Casa,
Minha Vida. Não vamos mais deixar que haja seleção. Estamos passando
para a Caixa e o Banco do Brasil a execução do programa nesses
municípios". No total, o programa já entregou 1,3 milhão de moradias e
contratou mais 1,4 milhão de unidades. A meta do programa é entregar,
até o final de 2014, 2,7 milhões de moradias.
Na área da saúde, Dilma anunciou mais R$
600 milhões por ano para o Piso de Atenção Básica (PAB). Dilma ainda
defendeu o uso dos royalties do petróleo como fonte de recursos para o
custeio de serviços como a saúde e a educação. "O governo encara essa
proposta e consideramos que o critério de repartição tem de ser o mais
equânime, equilibrado e democrático possível", disse.
Na área externa ao encontro dos
prefeitos, houve tumulto porque vários representantes ficaram de fora do
evento devido à capacidade do local. Estima-se que a marcha tenha
reunido cerca de 4 mil pessoas.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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