Balanço divulgado ontem (26) pela Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) confirmou a expectativa de migração de usuários, da segunda
(2G) para a terceira geração (3G) de serviços de telefonia móvel. Entre
agosto de 2012 e abril de 2013, a agência contabilizou um aumento de
14,53 milhões de pontos de tecnologia 3G, ao mesmo tempo em que houve
uma queda de 8,42 milhões de pontos 2G.
A quarta geração (4G), iniciada mais recentemente, registrou pouco
menos de 48,5 mil pontos instalados. Com isso, o saldo contabilizado
pela Anatel de adições líquidas agregadas de tecnologias é 6,15 milhões
de pontos no período.
"Como os dados de internet 2G e 3G estão desagregados no relatório,
[confirmamos] a tendência de migração [dessas tecnologias]. O usuário
agora quer mais do que voz. Quer a internet no seu celular, e este é o
desafio que as operadoras terão para melhorar a prestação de serviços",
disse o presidente da Anatel, João Batista de Rezende, ao apresentar a
avaliação trimestral do setor.
A avaliação feita pela Anatel ocorre um ano após o período de proibição
de vendas de novos chips das operadoras, devido à má qualidade na
prestação dos serviços. A suspensão das vendas ocorreu entre 23 de julho
de 2012 e 3 de agosto. Segundo a avaliação, as quatro operadoras
atingiram as metas nos serviços 3G, mas no 2G apenas a Claro atingiu o
parâmetro de referência.
A TIM é a empresa que lidera no número de reclamações feitas à central
de atendimento da Anatel, tanto em termos absolutos como relativos.
Houve 3,5 mil reclamações contra a empresa, apenas em abril. Em segundo
lugar, também em termos absolutos e relativos, está a Claro, com pouco
menos de 2,5 mil, seguido da Vivo, com cerca de 1,6 mil, e a Oi (1,5
mil).
Em termos relativos há apenas uma inversão de posições entre a Oi e a
Vivo, que passam a ocupar a terceira e quarta posição, respectivamente. A
central de reclamações da Anatel registra que a maior queixa dos
usuários é relativa a problemas na cobrança (48%).
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