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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Justiça ordena bloqueio de bens do ex-prefeito Lunelli

Outras oito pessoas também tiveram o bloqueio de bens determinado pelo judiciário


O ex-prefeito Roberto Lunelli deve ter seus bens bloqueados por ordem judicial. A decisão foi tomada pela titular da 3ª Vara Cível, juíza Romani Bortolas Dalcin. A determinação atinge também o ex-secretário municipal de Finanças, Olívio Barcelos de Menezes e a ex-diretora de compras do município, a contadora Luana Della Valle Marcon. Além deles, outras cinco pessoas também terão seus bens bloqueados. De acordo com a decisão da juíza, o Ministério Público terá que definir qual o valor a ser bloqueado de cada réu.

A ordem de bloqueio de bens se deve ao caso do suposto desvio de R$ 400 mil ocorrido na prefeitura municipal entre os anos de 2011 e 2012. O Ministério Público investiga a questão e apura os fatos e, aos poucos, vai definindo ações para garantir que os recursos retornem aos cofres do município. O processo corre em segredo de justiça o que, desta forma, dificulta o detalhamento das questões.  

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Rombo nas finanças: TCE finalizará relatório

Promotoria aguarda dados da auditoria do Tribunal para encaminhar ações criminal e de improbidade



Ainda na primeira metade do mês de setembro, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) deve finalizar o relatório da auditoria realizada em Bento Gonçalves após a descoberta da insuficiência financeira que atingiu os cofres municipais em outubro de 2012. A análise dos dados coletados até março deste ano por quatro técnicos do órgão apontará os novos rumos que a investigação sobre a quebra no caixa da prefeitura tomará. Um deles tratará dos supostos desvios de recursos públicos percebidos. 

A partir de então, o Ministério Público (MP) deve encaminhar, em no máximo uma semana, ação criminal e de improbidade administrativa denunciando as responsabilidades nas possíveis fraudes que teriam resultado em desvios de dinheiro público. Ainda no final de 2012, o cálculo da própria administração municipal chegava a R$ 421 mil. 
Rombo nas finanças: TCE finalizará relatório
A principal suspeita é a ex-coordenadora de Compras, Licitações e Patrimônio da secretaria de Finanças Luana Della Valle Marcon, que permaneceu no cargo entre maio de 2011 e agosto de 2012 (detalhes abaixo). “Com essas informações em mãos, terei condições de saber qual é o verdadeiro grau de envolvimento dela e de outros nesse processo. Eu e os colegas da Promotoria Criminal estamos atuando em conjunto nesse caso, de maneira que haverá sincronia entre a atuação cível e criminal”, detalha o promotor Alécio Silveira Nogueira.


Trâmite não deve demorar


A dificuldade de montar o quebra-cabeça encontrado na secretaria de Finanças foi um dos pontos que exigiram mais cautela e paciência dos auditores para chegar ao resultado que deve ser apresentado nos próximos dias. Alguns entraves foram enfrentados durante o cruzamento dos dados. “Solicitamos informações a um banco em outubro, por exemplo, e recebemos a resposta somente agora em julho. Não podemos atropelar passos, tudo tem que ser devidamente documentado para que tenhamos provas sobre estes supostos fatos”, explica César Cavion, coordenador do Serviço Regional de Auditoria do TCE.

De acordo com ele, após a entrega do relatório pelos servidores, o documento é remetido ao setor de supervisão de Auditoria Municipal e, em seguida, repassado aos conselheiros do Tribunal. Depois disso, é encaminhado ao gestor investigado, no caso o ex-prefeito Roberto Lunelli, para que apresente sua defesa em até 30 dias. Uma cópia segue para MP e o material também se torna público.

Dividido por exercícios financeiros, o relatório abrange os anos de 2012, 2011 e, de forma parcial, 2010. “É um trabalho extremamente extenso, porque temos que remontar mais de dois anos de contabilidade. E o que percebemos é que, de uma forma geral, as inconsistências verificadas são praticamente as mesmas. O que posso garantir é que, a partir de agora, o trâmite não vai ser tão demorado, porque há muita expectativa pelo resultado desse trabalho, inclusive de nossa parte”, conclui o coordenador.


Relembre o caso


Em agosto de 2012, de forma discreta, a Coordenadoria de Tecnologia de Informação e Comunicação (CTEC) conduziu um processo administrativo que investigou movimentações financeiras registradas no sistema da prefeitura, após suspeitas de problemas na contabilidade pública. No levantamento, foram encontradas várias irregularidades nos empenhos realizados. Os relatórios do procedimento interno teriam sido entregues ao então secretário de Finanças, Olívio Barcelos de Menezes, no dia 24 do mesmo mês. Ele teria conferido as contas e confirmado o desvio de verbas públicas. 

Segundo a então diretora da CTEC, Rita de Cássia dos Santos, que prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Finanças, as alterações teriam sido feitas exclusivamente pelos usuários “Luana” e “Admin” (administrador). A ex-coordenadora de Compras, Licitações e Patrimônio, Luana Della Valle Marcon, que havia sido contratada em maio de 2011, era a detentora das duas senhas. Ela foi exonerada do cargo no final de agosto e, em setembro, Menezes registrou um Boletim de Ocorrência pelo crime de peculato. No dia 11 de outubro, o secretário também foi demitido.

Quatro dias depois, Lunelli admitiu o rombo nos cofres municipais, que depois seriam calculados em R$ 51 milhões. A última informação divulgada pela administração municipal, ainda no ano passado, indicava que os desvios chegariam a pelo menos R$ 421 mil. A “bagunça” nos números do orçamento, que resultou em realização de obras sem a garantia de contrapartida, por exemplo, seria uma forma de maquiar esta ação fraudulenta.

O ex-prefeito afirmou que acreditava que os furtos teriam começado em dezembro de 2011, quando foi instalado o novo sistema de informática na secretaria. Apesar de pagar as quantias corretas a serviços prestados por empresas ao Poder Público, os gastos eram registrados com valores maiores – era esse excedente que teria a destinação desviada.

Fonte: Jornal SerraNossa - Reportagem: Jorge B

sábado, 1 de junho de 2013

Lunelli e Menezes, qual será o destino?

Punição pode envolver devolução de valores, perda de direitos

políticos e até 12 anos de reclusão 

 

Os processos contra o ex-prefeito Roberto Lunelli e o ex-secretário de Finanças Olívio Barcelos de Menezes, iniciados com as denúncias do Ministério Público (MP) na última semana, seguem agora diferentes trajetórias, nas esferas criminal e cível. Além dos dois, a promotoria também moveu ação contra Raymundo Theodoro Carvalho de Oliveira, da Fundação Universitária José Bonifácio, do Rio de Janeiro, pelos crimes de dispensa de licitação, emissão de declaração falsa em documento público, e por desvio de verba pública.

O motivo da investigação é o pagamento, por parte do Executivo, de R$ 870 mil, em julho de 2012, para alienação da folha de pagamento da prefeitura, serviço que não teria sido executado pela contratada. “Tudo foi pago à Fundação, segundo documentos dos autos, e ninguém nega tal fato. Colhemos depoimentos e documentos comprobatórios dos pagamentos, acrescidos do relatório de auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A discussão que se travou é quanto à efetiva realização dos serviços e à necessidade de licitação”, explica o promotor Alécio Silveira Nogueira.
Como as ações terão trâmites distintos – inclusive no que diz respeito à apresentação da defesa inicial –, o promotor ressalta que é difícil estipular agora a duração dos processos, pela falta de parâmetros para esse tipo de demanda na comarca. Enquanto isso, seguem os trabalhos do MP. “Há outros expedientes cíveis e criminais em andamento, como a ‘Operação Luana’, em que aguardamos as conclusões do Tribunal de Contas, dentre outros que ainda estão em curso”, complementa. 
O nome da operação citada por Nogueira faz referência à ex-coordenadora de compras da secretaria de Finanças, Luana Della Valle Marcon. Ela é suspeita do desvio de mais de R$ 360 mil dos cofres públicos em meio ao caos financeiro verificado no último ano do governo Lunelli. Quando a nova administração assumiu a prefeitura, em janeiro deste ano, a dívida anunciada – herdada de gestões anteriores – ultrapassava R$ 51 milhões.

As punições

Para o delito da Lei de Licitações, a pena vai de três a cinco anos de detenção. Em caso de descumprimento do decreto-lei 201 – que trata das responsabilidades do prefeito –, a legislação prevê entre dois e 12 anos de reclusão. E, no que se refere ao artigo 299 do Código Penal, a punição pode variar de um a cinco anos de reclusão para declaração falsa ou omissão em documento público. Todos os denunciados estão sujeitos a essas sanções. A ação de improbidade prevê como penalidade o ressarcimento do prejuízo aos cofres públicos, com indisponibilidade de bens, perda dos direitos políticos por até oito anos, multa e proibição de contratar com o Poder Público.

                                                                       Fonte: Ministério Público/ Jornal SerraNossa