Cerca de 90 árvores localizadas em
praças públicas do município precisarão passar por um processo de
limpeza, manutenção, poda, retirada dos galhos mais pesados e, em alguns
casos, corte definitivo. O resultado divulgado nesta quarta-feira, 16,
consta de um diagnóstico elaborado pelo corpo técnico da Secretaria
Municipal do Meio Ambiente (SMMAM), constituído por dois engenheiros
florestais (Flávio Romagna e Artur Sandrin), uma engenheira
ambiental (Cristiane Lovison) e uma engenheira agrônoma (Rochele
Scopel). A avaliação foi realizada na primeira semana do mês setembro e
havia sido solicitado pelo prefeito Guilherme Pasin.
Preocupado com os riscos que algumas
árvores possam oferecer à população e considerando a fatalidade ocorrida
em Porto Alegre no último dia 31 de agosto, onde um eucalipto caiu no
Parque da Redenção, matando uma pessoa e ferindo outras três, o prefeito
Guilherme Pasin determinou o estudo. "Árvores podem cair a qualquer
tempo, mas em áreas de grande circulação de pessoas torna-se um perigo
de vida, se pudermos prever os riscos e evitá-los é muito melhor",
salienta o prefeito.
Foram realizadas vistorias nas
principais praças da cidade de Bento Gonçalves: Achyles Mincarone;
Antônio F. Casagrande; Bartholomeu Tachini; Centenário; Coronel Carvalho
Júnior; Parque das Nascentes Chico Mendes; Délcio Tesser; Dom Luiz
Colussi; Praça dos Motoristas; João Cobalchini; Oscar Bertoldo; Rui
Lorenzi; Praça São Roque; Via Del Vino; Vico Barbieri; Walter Galassi e
Rótula Acesso Norte São Roque.
A análise de risco tem como finalidade
identificar os fatores que podem levar as árvores a cair e evitar
acidentes. O método de avaliação utilizado nesse estudo foi a avaliação
visual e a identificação de problemas biomecânicos e fitossanitários,
bem como a interpretação do risco de queda.
Foi realizado levantamento fotográfico
de todos os exemplares que apresentavam qualquer tipo de deterioração,
peso excessivo da copa, raízes cortadas ou danificadas, em exemplares
com evidente risco de queda. De acordo com o documento serão
necessárias algumas intervenções, a fim de garantir a segurança das
pessoas que circulam diariamente próximas as árvores, além da
preservação do patrimônio público e particular. Na maioria dos casos
será necessária a poda de manutenção (cerca de 20% do volume da
copa), mediante a retirada dos galhos inferiores, de maior
diâmetro, e que ofereçam maior risco de rompimento e queda sobre a área
de passeio ou bancos.
Os técnicos detectaram que em algumas
praças, há árvores muito antigas, de porte muito elevado, algumas
inclusive em processo de envelhecimento, com galhos secos de diâmetro
considerável, danos no tronco e raízes, dentre outros problemas que
podem comprometer a estabilidade das mesmas. Também foram observados
muitos exemplares mortos ou em processo de desvitalização.
As causas dos problemas deve-se a
diversos fatores, como o corte de raízes que deixam a estrutura da
planta altamente desestabilizada, a compactação do solo, o plantio
de espécies inadequadas (de grande porte e/ou suscetíveis a
intempéries) e o tamanho reduzido de alguns canteiros, o que acaba
causando o estrangulamento dos exemplares. Além disso, em algumas
plantas há a presença de organismos biodegradadores da madeira, como
fungos, insetos e bactérias, que alteram a estrutura anatômica e a
resistência da planta, deixando-as mais propensas a quedas.
Os técnicos alertam ainda que o
relatório é apenas um diagnóstico das árvores que visivelmente
apresentam problemas, não se podendo garantir que árvores em
bom estado fitossanitário não venham a causar algum tipo de
dano ao patrimônio ou pessoas devido a fenômenos naturais.
Confira o diagnóstico: http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/downloads/Licenciamento%20ambiental%20-%20formularios/diagnostico-vegetacao-arborea.pdf
Assessoria de Comunicação Social Prefeitura BG
Foto: Gustavo Bottega
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