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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Janeiro registra maior calor da história de Bento

Janeiro registra maior calor da história de BentoNão se fala em outra coisa: o calor está insuportável. E os números não negam. Bento Gonçalves registrou o janeiro mais quente da história. De acordo com posto meteorológico da Embrapa, que segue os padrões de medição da Organização Meteorológica Mundial, desde 1922, quando começaram a ser monitoradas as temperaturas na cidade, nunca havia sido registrada uma média tão alta.

A temperatura média para o mês de janeiro é de 23,4°C e o normal das temperaturas médias máximas é de 27,8°C. Neste ano o mês registrou a média das máximas de 32,8°C, cinco graus acima do normal. Antes disso, a média mais elevada havia ocorrido em 1986, quando chegou a 30,1°C. De acordo com Eduardo Monteiro, pesquisador da área de agrometeorologia da Embrapa, embora pareça baixo, comparado com a sensação térmica sentida pelos bento-gonçalvenses, o número é considerado surpreendente para o período. No último dia 29, o calor chegou ao seu ápice, atingindo 33,9°C. No mês de fevereiro, conforme dados colhidos até o dia 4, a temperatura mais alta foi de 32,8°C, na última segunda-feira. Até agora, o dia 30 de dezembro foi o mais quente do verão, com 35,1°C.

De acordo com Monteiro, o forte calor tem relação com a falta de chuvas. Em janeiro, as precipitações foram apenas de 88mm, enquanto a média normal é de 140mm. “Sempre que ocorrem períodos prolongados de seca a consequência é o aumento de temperatura. Via de regra, janeiro e fevereiro são quentes, mas este ano está acima do normal”, esclarece o pesquisador. Com a falta de chuva, a insolação e a radiação solar global também sobem. E a tendência é continuar quente pelo menos até a próxima segunda-feira, dia 10. De acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a previsão é que as temperaturas ultrapassem os 30°C durante todo o final de semana. Na segunda e terça-feira, há 80% de chances de ocorrer pancadas de chuva, o que pode amenizar o calor. 

O ar salvador

Michele Dall’Asta, de 25 anos, investiu em um ar-condicionado no inverno passado. Mal esperava ela que o eletrodoméstico seria o seu maior alívio no verão, principalmente, porque passa o dia trabalhando sem o luxo de um climatizador. Quem agradece também é seu cão de estimação, a pug Valentina, que chegou ser hospitalizada porque a temperatura do seu corpo chegou a 40°C. “Tivemos que aplicar uma injeção para voltar à temperatura normal. Neste verão, ligo o ar quando chego em casa no final do dia e só desligo na manhã seguinte. E passear com a Valentina na rua só depois das 21 horas”, relata Michele.

Vendas superam 2013Ari Manica, proprietário de uma fábrica de gelos de Barão, comemora o calor. Isso porque, as vendas cresceram 20% em relação ao ano passado. Além disso, carregar os produtos também ajuda amenizar o calor durante as entregas nas diversas cidades da região. “Tem dias que não dou conta de fazer todas as entregas”, revela. O proprietário de uma empresa que distribui água, Emerson de Quevedo, garante que nunca na história da empresa as vendas foram tão altas. “Só em relação ao ano passado, calculo pelo menos 30 % de aumento”, estima.

Produtos em falta

Quem também comemora o aquecimento das vendas são os estabelecimentos especializados. O vendedor de uma loja no centro da cidade revela que o aumento na comercialização de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado subiu de 20 a 30% em relação ao ano passado. “Recebemos 50 ventiladores em uma manhã e vendemos todos até a metade da tarde. Na semana passada, chegaram 300, e saíram todos em dois dias”, comemora o vendedor. Já a entrega de aparelhos de ar-condicionado pode demorar de 10 a 15 dias, e a instalação, pelo menos, 30 dias.

Fonte: Jornal SerraNossa - Reportagem: Raquel Konrad

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Carga de energia no sistema elétrico nacional sobe 11,8% janeiro

A carga de energia no sistema elétrico brasileiro subiu 11,8 por cento em janeiro ante mesmo mês de 2013, devido principalmente ao uso intensivo de aparelhos de refrigeração nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, cujas cargas somadas representam 78 por cento da demanda do país.

A carga total em janeiro foi de 68.828 megawatts (MW) informou o Boletim de Carga Mensal divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta quarta-feira.

A forte elevação de carga ocorreu em um mês de altas temperaturas e pouca chuva, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas diminuiu principalmente no Sudeste/Centro Oeste.

A elevação de carga ficou um pouco acima da estimativa mais recente que tinha sido divulgada pelo ONS, de aumento 11,5 por cento, conforme o Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação da última semana de janeiro.

O grande aumento percentual também pode ser creditada a baixa base de comparação, já que janeiro do ano passado foi um mês de temperaturas amenas para o período, disse a ONS. Em janeiro de 2013, a elevação de carga ante janeiro de 2012 tinha sido de 4,9 por cento no sistema interligado nacional.

Na região Sudeste/Centro-Oeste, onde a elevação da carga foi de 11,6 por cento em janeiro, a alta é justificada também pela aceleração do ritmo industrial durante o mês, além do uso de equipamentos de refrigeração.

No Sul, o crescimento da carga em janeiro foi de 11,8 por cento, número que reflete o bom desempenho dda agroindústria e também a maior utilização dos aparelhos de refrigeração e ventilação.

No Nordeste, a carga subiu 4,6 por cento, e no Norte o aumento foi de 8,2 por cento, desconsiderando o efeito da interligação de Manaus ao sistema interligado nacional a partir de 9 de julho de 2013. Considerando esse efeito, a alta na carga é de 30,7 por cento.
Fonte: Agência Reuters

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Calor aumenta venda de água mineral em 45% no RS

Distribuidoras enfrentam dificuldades para atender a demanda inesperada. (Foto:Ricardo Giusti)A alta temperatura dos últimos dias no Estado tem favorecido o comércio de água mineral, que registrou aumento de 45% na demanda, somente em janeiro. Mas a elevação no consumo trouxe também problemas para as distribuidoras, que estão enfrentando dificuldade na entrega às revendas. “Está ocorrendo atraso para atender todos os pontos. As distribuidoras não estão conseguindo suprir a demanda inesperada", explicou o vice-presidente da Associação dos Distribuidores de Água Mineral do Estado (Adam), Leandro Greff.
 
O dono de uma barraca de lanches do Centro da Capital, Renato Espíndola, disse estar com dificuldade para conseguir o produto para comercializar. "A água está ficando escassa para comprar, por isso muitos vendedores estão aumentando o preço", afirmou Espíndola, que dobrou a venda nos últimos dias.
 
Segundo Greff, o esperado era um aumento de 20% neste mês, mas o calor e a falta de água fizeram superar as expectativas. "Para que as distribuidoras consigam equilibrar a entrega, é preciso que a demanda estabilize, e isso só será possível com a diminuição da temperatura", pontua. Em dezembro, o aumento de 15% ficou dentro do esperado. A capacidade para produção de água é suficiente, já que no Rio Grande do Sul existem 23 indústrias.
 
 
* Correio do Povo