O
Rio Grande do Sul aumentou em mil o número de leitos do SUS nos últimos
dois anos. Em 2014, o Estado contará com outros mil. "Trabalhamos em
diversos municípios com hospitais que estavam com dificuldades e
fechando suas portas. A partir do investimento e apoio do Governo do
Estado estas instituições se mantiveram funcionando, ampliando e
qualificando os leitos. Isso fez com que nós tivéssemos uma situação
reconhecida pelo próprio Conselho Federal de Medicina de que, apesar de
no Brasil existir uma redução significativa, aqui no RS a curva foi de
ampliação de leitos oferecidos à população', explicou o titular da
Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ciro Simoni, baseado em levantamento
feito pela pasta.
O secretário lembra casos de unidades que, mesmo próximas do
fechamento, ampliaram o número de leitos do Sistema Único de Saúde
(SUS). "Em Tramandaí, no Litoral, o hospital esteve perto disso. Nós
recuperamos e, hoje, está com 150 leitos atendendo à população da
região. O Hospital de Caridade de Santa Maria, na região Central
construiu um prédio novo, com 130 leitos destinados apenas ao SUS, com o
apoio do Estado na contratualização. Além disso, tivemos o Hospital da
Ulbra, em Canoas, que ampliou o atendimento ao SUS e tem hoje
praticamente 400 leitos, sendo 27 de UTI", ressalta. "Temos aqui no RS
uma curva descendente de redução de fechamento de hospitais, pois desde
2011 fazemos um trabalho no sentido de incentivar que nenhum deles feche
as portas", explica Simoni.
Em
relação à projeção de leitos para o próximo ano, 140 deverão ser
abertos na Serra, em Caxias do Sul. No Noroeste, em Ijuí, devem ser
contratualizados outros cem. Em Porto Alegre, o novo hospital da
Restinga ofertará uma centena de leitos. Na região Sul, em Pelotas, um
novo hospital deve gerar novos leitos, inclusive em UTI - com números
ainda em estudo pela SES.
O orçamento para a saúde no RS recebeu um acréscimo de 124% nos últimos
três anos. Em 2010, os recursos previstos para a área eram de R$ 1
bilhão e o orçamento de 2013 prevê R$ 2,2 bilhões. "São estes recursos,
assegurados no orçamento da saúde, que possibilitaram que fizéssemos
estes investimentos", afirma Simoni. Além do aumento do SUS,
investimentos em outras áreas fundamentais auxiliam a qualificação e a
supressão de carências do setor, conforme registra a SES. "Na Atenção
Básica, por exemplo, houve um grande investimento e esperamos ter, até o
fim do ano, 1,5 mil equipes, o que significa uma cobertura de pelo
menos 45% em todo o Estado. Também não tínhamos nenhuma Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) funcionando em 2010. Hoje temos seis em
funcionamento e entre 10 e 12 UPAs que deverão funcionar até o final de
ano". Para o secretário, o atendimento nas Unidades reduz a
possibilidade de lotação nos hospitais, já que " 90% dos casos conseguem
ser atendidos por estas unidades".