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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Mais facilidade para pagar dívidas

Novas regras para portabilidade permitem transferir contas para bancos que ofereçam taxas de juros menores

Operação exige muito cuidado e atenção do consumidor
Transferir suas dívidas de um banco para outro ficou mais fácil e menos burocrático. Desde o início do mês, entraram em vigor as novas regras para a portabilidade de crédito, que tornaram o processo mais ágil. Com essa mudança, o Banco Central busca estimular a competitividade entre os bancos, com a expectativa de que diminuam as taxas de juros, porém a operação exige cuidado e atenção dos consumidores.

A economista Mônica Beatriz Mattia explica que isso possibilita que o devedor de um empréstimo ou financiamento bancário se beneficie de taxas de juros menores em outros bancos: “Ou seja, para reduzir o valor dos juros incidentes sobre o financiamento, o devedor poderá levar sua dívida para outro banco, a partir de uma pré-negociação. Desta forma, os devedores bancários poderão reduzir a parcela mensal paga ao banco”.

Para migrar uma dívida, o consumidor pode procurar diretamente o banco escolhido, que vai pedir ao banco original as informações do atual crédito. O banco original da dívida terá cinco dias úteis para apresentar uma contraproposta e, se nada for feito nesse período, a dívida migra automaticamente para a nova instituição.

A transferência vale para dívidas de cartão de crédito, cheque especial, financiamento de veículo, crédito imobiliário, crédito pessoal e crédito consignado.

O Banco Central e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor orientam os interessados na portabilidade a consultar as taxas praticadas pelos outros bancos e solicitar o saldo devedor ao banco onde possui dívidas. “É importante o detalhamento das seguintes informações: número do contrato, saldo devedor atualizado, demonstrativo da evolução do saldo devedor, modalidade, taxa de juros (anual, nominal e efetiva), prazo total e remanescente, sistema de pagamento, valor de cada prestação, especificando o valor do principal e dos encargos, e data do último vencimento da operação”, orienta Mônica.

É importante também observar que o novo banco não cobre custos mais elevados do que o anterior e que o número de parcelas se mantenha. 

Segundo a economista, a mudança vale a pena quando os custos totais do financiamento ou empréstimo do outro banco forem menores do que o atual, ou se a parcela a ser paga for reduzida. Ela também alerta: “O usuário não poderá ser punido pelo banco que estiver deixando, com a retirada de benefícios obtidos como cheque especial ou cartão de crédito”.

Toda a operação será feita por meio de um sistema eletrônico e a quitação da dívida deve ser feita pelo banco para onde ela será transferida, e não pelo usuário.

Outra mudança do novo regulamento é que só taxas de juros e de administração do banco podem ser alteradas, baixando o valor da mensalidade paga pelo consumidor. O prazo e o valor do financiamento não podem ser elevados.

A nova regulamentação também proíbe as instituições de repassar ao consumidor os custos diretos da operação. Além disso, os bancos agora são obrigados a apresentar informações claras em suas agências sobre a portabilidade e ter funcionários capacitados para tirar as dúvidas dos consumidores.

Crédito imobiliário

Para o caso de financiamento concedido com recursos do FGTS, o banco que fica com o crédito imobiliário assume também a dívida perante o Fundo. Imóveis financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida, que utilizam o FGTS, também podem ter sua dívida transferida de banco desde que já tenham sido construídos.

Dúvidas:

O que é a portabilidade?

A portabilidade é um processo que permite que você transfira seu saldo devedor para outra Instituição Bancária. 

Para solicitar a portabilidade do meu crédito devo me dirigir ao meu banco atual ou ao banco para onde quero levar meu financiamento?

Para efetuar a solicitação da portabilidade, você deverá se dirigir ao banco para onde está tentando levar o seu financiamento. O banco lhe fará uma proposta e encaminhará eletronicamente para o banco onde tem o financiamento. Após esse envio, o banco onde você tem o financiamento poderá lhe fazer uma proposta de renegociação.

Posso fazer a Portabilidade aumentando o valor que devo para o outro banco?

Não. Com a portabilidade o valor da sua dívida com o outro banco deverá ser o mesmo a ser financiado pelo banco que está fazendo a portabilidade.

Posso usar meu FGTS na portabilidade?

Não. Como o contrato de financiamento já esta em seu nome, não poderá ser utilizado o FGTS na concessão da portabilidade. Porém, o cliente pode usar o FGTS para amortizar o seu contrato habitacional, se estiver enquadrado nas normas vigentes para a utilização do FGTS para amortização.

Poderá ser cobrada pelos bancos alguma tarifa decorrente da portabilidade?

Os bancos não cobrarão do cliente as tarifas referentes a transferências do financiamento. Será cobrada apenas taxa referente à concessão do financiamento, de acordo com as taxas vigentes.

Quais documentos eu preciso apresentar para solicitar a portabilidade do meu contrato Habitacional?

Documento Oficial de Identificação (original e cópia), comprovante de rendimento (original e cópia), certidão atualizada de Inteiro Teor da Matrícula, seis últimos comprovantes de pagamento da prestação do contrato e planilha do contrato anterior, emitida pelo banco originário.

Quais dívidas podem ser transferidas para outra instituição?

O consumidor pode fazer a portabilidade das linhas de crédito para pessoa física (cartão de crédito, cheque especial, financiamento de veículo, crédito imobiliário, crédito pessoal e crédito consignado).

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

PIB gaúcho cresce 15% no segundo trimestre

Mais uma vez o cultivo da soja alavancou o crescimento do RS
O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul cresceu 15,0% no segundo trimestre de 2013, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O principal destaque foi o crescimento de 111,7% da Agropecuária, impulsionada pelo aumento nas produções de soja (114,6%) e de milho (69,6%). A Indústria expandiu-se 3,9%. A Indústria de Transformação cresceu 4,6%, com destaque para as atividades de Máquinas e Equipamentos (11,5%), Borracha e Plástico (15,2%), Bebidas (20,6%) e Veículos Automotores (13,8%). A Construção Civil aumentou 4,0%, e as Demais Indústrias caíram 0,3%. O setor Serviços cresceu 3,4%, com todas as atividades expandindo-se. O Comércio teve acréscimo de 2,5%, com os principais impulsos vindos das vendas de Equipamentos de informática, Materiais de construção e de Combustíveis. A atividade de Transportes aumentou 8,5%, incentivada pelas demandas da Agropecuária e da Indústria de transformação. Aluguéis cresceram 2,8%, Administração pública, 3,3%, e os Demais serviços, 2,9%.

 
Taxas de crescimento do PIB

No primeiro semestre do ano, comparado com igual período do ano anterior, o PIB gaúcho cresceu 8,9%. A Agropecuária teve um acréscimo de 60,1%, com significativo desempenho da soja. A Indústria expandiu-se 1,6%. A Transformação cresceu 2,0%, amparada nos aumentos das produções das mesmas quatro atividades que impulsionaram o setor no segundo trimestre. Já a Construção Civil cresceu 1,9% nessa base de comparação. As Demais indústrias caíram 1,6%. Os Serviços expandiram-se 2,8%. O destaque foi novamente a atividade de Transportes, com aumento de 4,2%. O Comércio cresceu 2,8%, os Aluguéis, 2,6%, a Administração pública, 3,3%, e os Demais serviços, 2,0%.
 
Taxas de crescimento dos principais produtos agrícolas

Em relação ao primeiro trimestre de 2013, na série com ajuste sazonal, o PIB do Rio Grande do Sul cresceu 6,4% no segundo trimestre do ano. A Agropecuária aumentou 15,3%, a Indústria, 2,8%, e os Serviços, 1,4%.
 
No acumulado em quatro trimestres contra os quatro trimestres imediatamente anteriores, o PIB gaúcho teve acréscimo de 4,4%, primeiro resultado positivo após três trimestres seguidos de dados negativos nessa base de comparação. A Agropecuária cresceu 42,9%, e os Serviços, 2,4%. A Indústria, por outro lado, teve retração de 1,1%.

Fonte: FEE/CIE/Núcleo de Contas Regionais