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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Novo piso regional injetará cerca de R$ 1,3 bilhão na economia do RS

O governador Tarso Genro sancionou, nesta quinta-feira (16), no Palácio Piratini, o novo salário mínimo regional. Com reajuste de 12,72% a vigorar a partir de 1º de fevereiro, a faixa I do novo piso será de R$ 868,00 (era R$ 770) e uma nova faixa no valor de R$ 1,1 mil foi criada. O novo piso é resultado de debate entre centrais sindicais, federações empresariais e Governo do Estado. 
 
O novo valor referencial deve injetar cerca de R$ 1,3 bilhão na economia do Rio Grande do Sul e abranger cerca de 1,2 milhão de trabalhadores. Com os reajustes promovidos nos últimos três anos, o salário mínimo regional alcança patamar 20% maior que o salário mínimo nacional, que desde 1º de janeiro é de R$ 724,00. 
 
Segundo o governador, os aumentos reais que foram dados no salário mínimo do país durante o Governo Lula, por exemplo, aumentaram a circulação de dinheiro, o poder de compra da classe trabalhadora e as indústrias e os trabalhadores produziram mais. 
 
"No Rio Grande do Sul temos quase pleno emprego e já demos aumentos salariais reais para os trabalhadores. Isso vai aumentar a capacidade de consumo das camadas mais pobres da população. É bom para o Estado, é bom para a sociedade e é bom para o desenvolvimento da região", afirmou Tarso. 
 
Com os reajustes promovidos durante a atual gestão do Governo do Estado, o salário mínimo regional alcança 20% a mais que o salário mínimo nacional, que desde 1º de janeiro é de R$ 724,00. 
 
Os trabalhadores reivindicam que o piso recobre o valor de 28% de quando foi criado em 2001. A diferença chegou a apenas 7% durante o governo anterior. As centrais sindicais buscam ainda uma política permanente de valorização salarial que conste, inclusive, da Constituição Estadual. 
 
A decisão do governo de valorizar o piso regional é percebida no ganho real acumulado desde sua implementação: em torno de 27% de 2001-2010; e 20% durante os primeiros três anos do governo Tarso (2011-2013), superando os governos Rigotto (12,43%) e Yeda (10,09%). 
 
Aprovação por unanimidade
 
A Assembleia Legislativa do Estado aprovou por unanimidade o novo piso regional gaúcho proposto pelo Executivo no dia 26 de dezembro, por 45 votos favoráveis e nenhum contra. O Executivo sancionou também duas emendas de deputados. As novidades são a inserção de uma nova faixa para os egressos do Ensino Médio Politécnico e a determinação da remuneração mínima dos servidores públicos da administração direta, das autarquias e das fundações de direito público. 
 
A Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Cdes-RS) realizou as tratativas com trabalhadores e empregadores ao longo do ano para buscar uma proposta comum e dialogar com os diferentes argumentos. Nas negociações, as centrais sindicais solicitaram reajuste de 16,8%, e as federações empresariais ofereceram cerca de 5,3%. 
 
Valores por faixa:
 
Faixa 1: R$ 868,00 
Faixa 2: R$ 887,98 
Faixa 3: R$ 908,12 
Faixa 4: R$ 943,98 
Faixa 5: R$ 1.100,00 
 
Como ficam os pisos com o reajuste de 12,7%:
 
Faixa 1
 
R$ 868
 
Quem entra: agricultura e na pecuária, indústrias extrativas, empresas pesqueiras, empregados domésticos, turismo e hospitalidade, construção civil, indústrias de instrumentos musicais e de brinquedos, estabelecimentos hípicos, motoboys, empregados em garagens e estacionamentos, empregados em hotéis, restaurantes, bares e similares, trabalhadores marítimos do 1º grupo de aquaviários que trabalham nas seções de convés, máquinas, câmara e saúde, em todos os níveis (I, II, III, IV, V, VI, VII e superiores)
 
Faixa 2
 
R$ 887,98
 
Quem entra: indústrias do vestuário e do calçado, indústrias de fiação e de tecelagem, indústrias de artefatos de couro, indústrias de papel, papelão e cortiça, empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas, empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas, empregados em estabelecimentos de serviços de saúde, empregados em serviços de asseio, conservação e limpeza, e trabalhadores em call-center, TV a cabo e similares
 
Faixa 3
 
R$ 908,12
 
Quem entra: indústrias de móveis, químicas e farmacêuticas, cinematográficas, alimentação, empregados no comércio em geral, empregados de agentes autônomos do comércio, em exibidoras e distribuidoras cinematográficas, movimentadores de mercadorias em geral, trabalhadores no comércio armazenador e auxiliares de administração de armazéns gerais
 
Faixa 4
 
R$ 943,98
 
Quem entra: indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico, indústrias gráficas, de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana, indústrias de artefatos de borracha, em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito, em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas, auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino), empregados em entidades culturais, recreativas, de assistência social, de orientação e formação profissional, marinheiros fluviais de convés, marinheiros fluviais de máquinas, cozinheiros fluviais, taifeiros fluviais, empregados em escritórios de agências de navegação, empregados em terminais de contêineres e mestres e encarregados em estaleiros e vigilantes
 
Faixa 5
 
R$ 1.100
 
Quem entra: técnicos de nível médio, tanto em cursos integrados, quanto subsequentes ou concomitantes
 
Fonte: Palácio Piratini, com informações do Jornal Zero Hora