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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Energia elétrica deve aumentar 20% em Bento

Alta passa a vigorar em junho na área da RGE, mas concessionária ainda não confirma o índice

Energia elétrica deve aumentar 20% em Bento
A conta de energia elétrica para os consumidores de Bento Gonçalves deve ficar, em média, 20% mais cara a partir de 19 de junho, dois dias antes do início do inverno. O reajuste médio na tarifa no município, que tende a ser aplicado tanto para clientes residenciais quanto industriais, é uma projeção baseada no cenário nacional e ainda não teve o índice confirmado pela Rio Grande Energia (RGE), concessionária que abastece também outras 231 cidades gaúchas.

Há poucos dias, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou elevação nas taxas aplicadas pela AES Sul, que opera em outros 118 municípios do Estado, em alta que chegou ao patamar médio de 28,8%. Depois da revisão da RGE, que ocorre no sexto mês do ano, será a vez dos usuários de Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) também sentirem, a partir de outubro, o peso da nova cobrança, que nesses casos deve alcançar majoração de até 23%.

De acordo com Paulo Steele, diretor da TR Soluções, empresa mineira de consultoria na área e responsável pela divulgação da projeção, o principal fator para o reajuste a ser aplicado neste ano é o fato de que as usinas hidrelétricas estão operando abaixo de sua capacidade, o que faz com que as distribuidoras comprem energia de origem térmica, que pode ser até 10 vezes mais cara. “Ainda não podemos tratar esse aumento como uma verdade absoluta, porque ele depende de quase 30 elementos para ser calculado. O que temos é uma estimativa com base na situação verificada no país. Como tiveram que pagar mais pela energia e vender ao preço que estava previsto em contrato, as concessionárias acumularam um passivo de R$ 10 bilhões que vai começar a ser cobrado agora. Em 2014, é só uma parte, uma primeira parcela que os clientes pagarão, que fica em torno de R$ 2 bilhões”, adianta o especialista.

Como o reajuste se dará em junho, o reflexo real só poderá ser sentido a partir do pagamento da conta de julho, após o novo índice incidir sobre 30 dias de consumo, e pode variar de acordo com cada caso, principalmente em função de hábitos familiares e empresariais e dos sistemas de alta ou baixa tensão. Segundo Steel, os aumentos também poderão ser verificados por mais quatro anos a partir de 2015. A esperança de que o impacto seja menor no próximo ano e nos seguintes é a possibilidade de que, em função do fim de algumas concessões, o mercado receba a oferta de energia mais barata, algo que ainda não se pode garantir. “É uma expectativa que temos, e assim uma redução no custo de geração poderia atenuar novos reajustes”, completa.

O que diz a RGE

A assessoria da RGE informa que a empresa ainda não tem uma projeção do aumento que será aplicado a partir de junho na área atendida pela concessionária, e que o cálculo levará em conta a realidade regional, podendo ser diferente da estimativa divulgada até agora. A definição deve se dar somente em junho, para depois ser encaminhada para avaliação da Annel.

Projeção supera desconto de 2013

Se confirmado, o aumento médio de 20% nas contas de luz na região da RGE previsto para esse ano irá superar o desconto concedido em junho de 2013. Na época, a redução aplicada na tarifa da empresa, que atende a 1,3 milhão de consumidores em 262 municípios gaúchos, ficou em torno de 13%.

Reportagem: Jornal SerraNossa - Jorge Bronzato Jr.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Conta de luz pode subir 4,6%, prevê a Aneel

A diferença entre receitas e despesas do fundo que banca da redução da conta de luz será de R$ 5,6 bilhões neste ano, o que deve resultar em reajuste com impacto médio de 4,6% nas faturas pagas pelo consumidor. A previsão foi feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que colocou nesta terça-feira, 11, os valores em audiência pública.

Em maio do ano passado, foi publicado decreto que assegurava desconto médio de 20% nas contas de luz aos consumidores do Brasil. Portanto, caso o reajuste de 4,6% seja de fato realizado, o corte das tarifas de energia, uma das principais bandeiras do atual governo, será comprometido.
 
A proposta da Aneel prevê um orçamento de R$ 17,9 bilhões em despesas para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial responsável pelo pagamento de vários gastos. Alguns deles são a tarifa social paga pelos consumidores de baixa renda, o programa Luz para Todos, as indenizações às empresas que aceitaram renovar suas concessões antecipadamente e o combustível utilizado por usinas térmicas na Região Norte do País, entre outros.
 
As receitas previstas para a CDE pela Aneel chegam a R$ 12,3 bilhões, em multas, cotas e o pagamento, pelas empresas, de financiamentos obtidos com fundos setoriais.
 
A maior projeção de entrada de recursos, porém, vem do Tesouro Nacional, que destinou R$ 9 bilhões no orçamento para a CDE. Com a previsão de receitas e despesas da Aneel, faltariam R$ 5,6 bilhões para bancar todas as despesas da CDE.
 
Essa diferença, propõe o órgão regulador, seria paga, em 12 parcelas mensais, pelas distribuidoras e permissionárias de energia elétrica, que atendem diretamente o consumidor. O repasse dessa conta teria um impacto de 4,6% nas tarifas, sem incluir todas as outras despesas que as distribuidoras têm direito a repassar para conta do consumidor.
 
A Aneel não prevê, por exemplo, que o consumidor comece a pagar neste ano, por meio da tarifa, as despesas com a compra de energia no mercado de curto prazo e com as usinas térmicas no ano passado. Essa conta, que resultou em aportes de R$ 9,8 bilhões do Tesouro às distribuidoras em 2013, conforme decisão do governo, será paga em até cinco anos, em reajustes parcelados na conta do consumidor.
 
Assim, esse outro reajuste, que segundo fontes do setor chegaria a 10% divididos em cinco anos, fica adiado por mais um ano. Como os valores ficarão em audiência pública aberta pela Aneel, eles poderão sofrer mudanças ou ajustes.
 
Fonte: Estadão