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sábado, 27 de julho de 2013

Nova biblioteca: prefeitura tenta articulação

Administração busca movimentação política para segurar verba de R$ 1,8 milhão

Oficialmente, o caminho para que a prefeitura de Bento Gonçalves obtenha recursos para a construção de um centro cultural que abrigue a nova Biblioteca Pública deve ser a inscrição de um projeto no programa dos Centros de Artes e Esportes Unificados (CEUs). Mas, nos bastidores, o prefeito Guilherme Pasin ainda tenta uma articulação política para reverter a perda da verba de R$ 1,8 milhão do Espaço Mais Cultura e, segundo sua assessoria, mantém “uma remota esperança de conseguir”.

Nova biblioteca: prefeitura tenta articulaçãoParalelamente ao impasse com a União, a administração municipal deve trabalhar, ainda neste ano, na construção de uma proposta substituta, no modelo da Praça dos Esportes e da Cultura (PEC) – antecessora do Ceus – planejada para a região do bairro Ouro Verde. Mas a inscrição dependeria da abertura de um novo período de cadastro junto ao governo federal.

O cancelamento do convênio com o Ministério da Cultura (Minc) foi publicado ainda em março no Diário Oficial da União (DOU), e teria como motivo a inadimplência do município nas contribuições previdenciárias. Em maio, um ofício foi enviado à prefeitura informando a suspensão do convênio, que previa contrapartida de R$ 450 mil. Em matéria publicada no SERRANOSSA no último dia 19, Pasin também afirmou que o local da obra deve ser reavaliado, praticamente descartando a escolha inicial, que era a praça Centenário.

“Deveriam nos informar”

O ex-secretário de Cultura, Juliano Volpato, afirma que, mesmo tendo trabalhado no projeto do Espaço Mais Cultura desde 2009, entende que é um direito da atual administração rediscutir a proposta. Ele ressalta, porém, que a prefeitura deve buscar alternativas para tentar garantir o recurso, já que na época em que o convênio foi oficializado, agosto de 2012 (também no DOU), o governo federal não havia apresentado a restrição que agora impediu o repasse.  “Nós entregamos todos os documentos que foram solicitados, e tudo foi aprovado pelo Ministério da Cultura (Minc). Se algo estava pendente, o convênio não deveria ter sido aprovado, ou deveriam nos informar. Dificilmente teremos chance de conseguir novamente uma verba assim”, lamenta. 

A verba de R$ 1,8 milhão conquistada por Bento havia sido a maior aprovada entre seis proponentes. Ainda de acordo com Volpato, a transferência do valor seria realizada em quatro parcelas, a serem liberadas conforme o andamento da obra. Em um despacho datado ainda de maio de 2012, no qual todos os itens do projeto tinham parecer favorável, o Minc ressaltava apenas a necessidade de rever as datas de início e término da obra em função do período eleitoral.

Três andares culturais

O projeto de implantação do Espaço Mais Cultura na praça Centenário previa a construção de um prédio de três andares, com todas as medidas de acessibilidade exigidas pelas normas técnicas. No total, o empreendimento teria 1.695m² de área construída. Um dos pavimentos, o terceiro, seria inteiramente ocupado pela Biblioteca Pública Castro Alves, que em mais de 70 anos de funcionamento nunca teve uma sede própria. Os demais pisos abrigariam ambientes para exposições, oficinas, acervo histórico, telecentro, midiateca, entre outras atividades.

                                                                                                                     Fonte: Jornal SerraNossa
                                                                                                                Reportagem: Jorge Bronzato Jr.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Nova biblioteca: projeto deve voltar à estaca zero

Prefeitura pode refazer proposta, inclusive com nova discussão de local

Ainda envolto em incertezas, o projeto do Espaço Mais Cultura, que abrigaria, entre outras ações, a primeira sede própria da Biblioteca Pública Castro Alves, na praça Centenário, deve voltar à estaca zero. Discreto sobre o assunto, o prefeito Guilherme Pasin admitiu nesta semana ao SERRANOSSA que a proposta tem poucas chances de avançar da forma como foi concebida pelo governo anterior, principalmente por ter sido cadastrada em um período que Bento Gonçalves ainda figurava no registro de inadimplentes do governo federal.

Nova biblioteca: projeto deve voltar à estaca zeroUm parecer técnico do Ministério da Cultura (Minc), já deste ano, praticamente eliminou as chances de obter suporte financeiro para a iniciativa, deixando como saída a necessidade de elaboração e cadastro de um novo projeto. Mesmo assim, a administração encaminhou um recurso, do qual ainda aguarda resposta. “O que estamos tentando justificar é que agora não somos mais inadimplentes, mas me parece bastante difícil mudar essa situação”, afirma o chefe do Executivo. 

Por mais que, segundo Pasin, o município já não esteja na lista de devedores da União, o Minc tem se mostrado praticamente irredutível quando o assunto é a liberação da verba de R$ 1,8 milhão prevista para a obra. Outros R$ 450 mil sairiam de contrapartida da prefeitura.

Local incerto

A garantia do repasse, entretanto, não significa que a execução do empreendimento seja a próxima etapa: antes disso, a localização do Espaço Mais Cultura deve voltar à pauta. “É algo que não estamos discutindo agora porque, antes de criar qualquer expectativa, temos que ter a certeza do recurso. Com o dinheiro garantido, partiremos novamente para a questão do local”, acrescenta Pasin.

Há pouco mais de um ano, em junho de 2012, o então secretário de Cultura, Juliano Volpato, apresentou a concepção arquitetônica do prédio de três andares, totalizando 1.695m² de estrutura, que seria construído no trecho da praça próximo ao final da rua Félix da Cunha, perto da escadaria que dá acesso à rua Doutor Casagrande. Apesar de a escolha da área ter gerado discussões, a prefeitura agilizou a doação do terreno que pertencia ao Estado e garantiu que o impacto ambiental com a construção seria mínimo, com a remoção de apenas três árvores.

Biblioteca no Centro até dezembro

Em maio, o SERRANOSSA noticiou a possibilidade de que a Biblioteca Pública Castro Alves saísse do Centro. Os motivos seriam a falta de estrutura do prédio, ocupado pela instituição desde 2005, na rua Ramiro Barcelos, e o reajuste no valor do aluguel solicitado pelo proprietário – o custo à prefeitura passaria de R$ 7 mil para R$ 20 mil mensais. Na época, a secretaria da Cultura não confirmou, mas um dos locais que poderiam receber a Biblioteca – que, em mais de 70 anos, nunca teve sede própria – seria o subsolo da Casa das Artes, que hoje abriga o acervo do Museu do Imigrante, fechado desde 2010 para as obras de restauro, atualmente paradas. Segundo a assessoria da prefeitura, já houve acerto para renovação do contrato de aluguel da casa na área central até o final de dezembro, por R$ 10 mil mensais. O acordo, entretanto, ainda não foi assinado pelas duas partes.

 
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.