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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Dilma diz que bloqueio econômico a Cuba é injusto

Em seu primeiro compromisso oficial em Cuba, nesta segunda-feira (27), a presidenta Dilma Rousseff classificou como injusto o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba desde os anos 60. “Mesmo sendo submetido ao injusto bloqueio econômico, Cuba gera um dos três maiores volumes de comércio do Caribe”, lembrou a brasileira durante discurso de inauguração da primeira etapa do Porto de Mariel, a 45 quilômetros de Havana, capital do país.
 
O porto custou US$ 957 milhões e, deste total, US$ 682 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o Blog do Planalto, para liberar o financiamento, o banco exigiu como contrapartida que, pelo menos, US$ 802 milhões fossem gastos no Brasil, na compra de bens e serviços nacionais. Os presidentes Evo Morales (Bolívia) e Nicolas Maduro (Venezuela), participaram da inauguração.
 
A área do porto equivale a 450 quilômetros quadrados e, durante sua construção, foram criados 150 mil empregos no Brasil, diretos e indiretos. Segundo Dilma Rousseff a expectativa é que com a entrada em operação do porto e da Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel o desempenho de Cuba aumente substancialmente.
 
A presidenta adiantou que o BNDES vai financiar a segunda etapa de construção do porto com US$ 290 milhões. "Várias empresas brasileiras manifestaram interesse em instalar-se na zona especial", garantiu.
 
Outro ponto destacado por Dilma foi o pontencial de comércio entre os dois países. Segundo ela, há "grandes oportunidades de desenvolvimento" nos setores de equipamentos para a saúde, medicamentos e vacinas. "O Brasil quer se tornar um parceiro econômico de primeira ordem para Cuba. Acreditamos que uma maneira de estimular a aliança é aumentar o fluxo bilateral de comércio", disse a presidenta, que vai enviar um grupo de empresários brasileiros a Cuba.
 
Dilma aproveitou a cerimônia para agradecer o envio de profissionais para o Programa Mais Médicos. Desde o lançamento do programa, Cuba enviou 5,3 mil médicos para trabalhar nas periferias de grandes cidades e interior do Brasil. "A participação dos médicos cubanos é amplamente aprovada pelo povo brasileiro e é uma prova efetiva de solidariedade e coooperação que preside a relação entre os nossos países", reforçou.
 
Nesta terça-feira (28) a presidenta participa da abertura da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos. O encontro marca a volta de Cuba aos organismos de integração regional. O país foi suspenso da Organização dos Estados Americanos em 1962, e agora ressurge como país anfitrião da cúpula, que vai reunir 33 chefes de Estado e de governo e tem como tema a redução da pobreza e o combate às desigualdades regionais.
Fonte: Agência Brasil

domingo, 26 de janeiro de 2014

Dilma estreita laços com Cuba em cúpula continental sem EUA e Canadá

A presidente Dilma Rousseff desembarca neste domingo em Cuba com o objetivo de estreitar os laços com Havana e participar da 2ª cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos).

O voo veio de Lisboa, onde a presidente passou a noite. A escala não estava prevista inicialmente na agenda oficial. Antes da parada na capital portuguesa, ela estava em Davos, na Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial.

A própria realização da Celac, criada no México em 2011, pode ser entendida por analistas como uma mensagem política direcionada a Washington - uma vez que o grupo de 33 países participantes engloba quase todo o continente americano, excluindo os Estados Unidos e o Canadá.

'Trata-se de países da América Latina e das Antilhas participando de um órgão não central, isso tem um significado político', disse o professor Tullo Vigevani especialista do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas da Unesp.

Dilma Rousseff também se reunirá com o presidente Raúl Castro na segunda-feira - ocasião em que deve agradecer ao mandatário pelo envio de médicos ao Brasil.

Os médicos cubanos compõem hoje o maior contingente de mão de obra do programa Mais Médicos, que deve ser um dos elementos de propaganda da campanha de reeleição da presidente no fim deste ano.

Ela deve participar ainda da inauguração do porto de Mariel, cuja maior parte da construção foi realizada pela brasileira Odebrecht - com financiamento de US$ 957 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A obra - um dos maiores projetos da ilha desde a Revolução de 1959 - começou em 2010 e tem como objetivo transformar Mariel em um dos principais portos da América Latina. O projeto é visto por analistas como parte das reformas econômicas que vêm sendo promovidas pelo regime de Raúl Castro.

Contudo, o financiamento recebeu fortes críticas da oposição brasileira, que acusa o PT de gastar mais dinheiro em Mariel do que em portos do Brasil. Já parte do empresariado vê o projeto com desconfiança, duvidando da capacidade cubana de honrar o financiamento.

Celac

A Celac é uma comunidade relativamente nova, que tem como uma de suas principais finalidades resolver conflitos políticos regionais, porém com autonomia em relação aos Estados Unidos, explica o professor Luís Fernando Ayerbe, coordenador do Instituto de Estudos Econômicos Internacionais da Unesp.

Segundo ele, a Celac difere de outras comunidades de países. Não visa, por exemplo, uma integração regional profunda entre os países, nos moldes da União Europeia. Nem pretende substituir a OEA (Organização dos Estados Americanos), na qual EUA e Canadá estão presentes.

Em tese poderia ser usada para lidar com um eventual golpe de Estado ou situação de desrespeito a legalidade democrática.

'A Celac poderia ter importância na resolução de crises como, por exemplo, a do Manoel Zelaya (deposto em 2009 em Honduras)', disse Vingevani.

Segundo ele, ela deverá ser usada pela Argentina para tratar da questão das ilhas Malvinas (Falkland para os britânicos) sem sofrer oposição das grandes potências. Também pode ser usada por Cuba para a condenação do embargo imposto pelos Estados Unidos.

Contudo, segundo ele, a comunidade não prevê mecanismos de pressão como a emissão de resoluções ou instituição de embargos. 'Ela não tem poderes; sua capacidade efetiva depende do interesse político das nações', disse.

Ou seja, a crise pode ser discutida no espaço da comunidade, mas qualquer ação concreta ainda dependeria do estabelecimento de um acordo entre os participantes.

Segundo Tatiana Berringer, especialista em relações internacionais da Faculdade Faap, de São Paulo, a Celac também pode ser entendida como um compromisso de cooperação entre Estados vizinhos com base no desenvolvimento.

'A Celac é um organismo político importante porque tem o objetivo de coordenar políticas de combate a desigualdades sociais. Representa um marco para a integração mas tem um caráter político. É a primeira iniciativa com esse contorno', disse.

Já na opinião de Vingevani, apesar de ser um órgão importante, a comunidade não seria prioridade nas relações internacionais da maioria de seus participantes.

Segundo ele, no México, por exemplo, algumas autoridades enxergam nela uma oportunidade de manter laços com a América Latina e a América do Sul independente de sua ligação com os Estados Unidos.

Cuba, por sua vez, estaria mais ligada à Alba (Aliança Bolivariana para as Américas), porém tem na Celac um canal importante de contato com as nações sul-americanas.

'Também não é prioridade para a política externa brasileira, mas é um instrumento para acordos e ações regionais', disse.

Fonte: BBC Brasil - Todos os direitos reservados.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Exportações caem 7,5% no polo moveleiro de Bento Gonçalves

Com desempenho negativo em seis de seus 10 principais destinos no mercado externo, o polo moveleiro de Bento Gonçalves contabilizou queda de 7,5% nas exportações em 2013, num total de US$ 58,3 milhões. Além da perda de competitividade da indústria brasileira em geral, são apontados como causas dessa perda os custos logísticos e trabalhistas, com reajustes salariais sempre acima da inflação, sendo que o crescimento do setor não vem acompanhando tais elevações.
 
Nos países da América do Sul e África, que representam 80% do total das exportações, foi contabilizado decréscimo na maioria dos países. Na América do Sul, as exportações caíram de forma mais expressiva em três dos quatro países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Venezuela), além de Colômbia e Chile. Na África, as principais perdas foram na África do Sul, Angola e Moçambique, contrastando com o crescimento na Namíbia. Outros países que registraram desempenho positivo foram Peru, Cuba, Reino Unido, Porto Rico e Catar.
 
O presidente do Sindmóveis, Henrique Tecchio, aponta que o câmbio favorável para as exportações não foi suficiente para compensar a competitividade com outros polos, o salto das importações de móveis e o aumento dos custos com impostos, logística e mão de obra. “Os números são desfavoráveis e o resultado não ocorreu, mesmo com o forte investimento por parte dos empresários. Isto torna necessária uma maior redução dos custos industriais de fabricação e, lamentavelmente, demissões podem ser necessárias”, analisa.
 
Reagindo às dificuldades verificadas ainda no primeiro semestre, o Sindmóveis ampliou as ações do seu Comitê Internacional em busca de novos destinos para os móveis do polo. Além de estudos de mercado, o grupo promoveu, em novembro passado, um Projeto Comprador voltado especificamente para as indústrias associadas com importadores do norte da África. 
 
Em movimento oposto ao verificado no polo, as exportações de móveis do estado cresceram 2,6% no ano. Parte dessa diferença deve-se ao aumento das exportações do Rio Grande do Sul para países como Chile e Uruguai e Paraguai, mercados onde Bento Gonçalves registrou queda. Já as exportações de móveis do Brasil encerraram o ano de 2013 com queda de 2,8% em relação a 2012. Apesar da retração, o país ainda teve desempenho melhor que o polo, graças ao aumento das vendas no mercado dos Estados Unidos, país onde as indústrias locais não atuam.
 
Somente em 2013, as importações de móveis pelo Brasil cresceram 13,3% ante 2012. Passando de US$ 430 milhões em 2008 para US$ 837,2 milhões em 2013, o crescimento em cinco anos chega a 94,7%. A China representa aproximadamente 33% do total importado pelo Brasil. 
 
Foto: Gustavo Bottega
Fonte: Fatto Comunicação

sábado, 2 de novembro de 2013

Mais Médicos: Mais 3 mil cubanos chegam ao Brasil a partir de segunda-feira


(Foto: Divulgação)
Mais 3 mil cubanos chegam ao Brasil a partir da próxima segunda-feira, 4, para participar do Programa Mais Médicos. Os profissionais, que vão desembarcar em quatro capitais (Brasília, São Paulo, Fortaleza e Belo Horizonte), ocuparão vagas ociosas da segunda etapa do programa, não preenchidas por candidatos brasileiros e demais estrangeiros. De acordo com o Ministério da Saúde, o primeiro grupo, formado por 2,6 mil médicos, chega ao país até 10 de novembro. Os 400 restantes, na semana seguinte.
A exemplo do que ocorreu com os profissionais que estão no Brasil, inicialmente eles vão cursar o módulo de acolhimento e avaliação do programa nas capitais dos estados onde devem atuar. A etapa terá início para o primeiro grupo (os 2,6 mil médicos) em 12 de novembro. Serão 1.872 profissionais em Brasília (DF), 300 em São Paulo (SP), 236 em Fortaleza (CE) e 192 em Belo Horizonte (MG). Mais 400 médicos chegarão a Vitória (ES) a partir de 11 de novembro e farão o curso em Guarapari, entre 18 de novembro e 4 de dezembro.

A aprovação nesta etapa é condição para todos os estrangeiros participantes do programa receberem o registro profissional provisório que lhes permite atender a população nas unidades básicas de Saúde. Após as três semanas de avaliação, os profissionais ficam em treinamento por mais uma semana nos estados onde trabalharão. No período, eles estudam as doenças mais comuns da região e conhecem a estrutura hospitalar e de emergência da rede pública.

Segundo o ministério, a previsão é que o novo grupo de cubanos comece a fazer os atendimentos nos municípios em dezembro. Os profissionais cubanos participam do Mais Médicos por meio de um termo de cooperação firmada entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde em agosto de 2013.

Com a chegada de mais esse grupo, o programa fechará 2013 com mais de 6.600 profissionais, ampliando a cobertura para 22,7 milhões de pessoas. A meta do governo federal é atender a demanda por 12.996 médicos até março de 2014. Novas seleções serão abertas em 2013. Atualmente, 3.664 profissionais participam do Mais Médicos, sendo 819 brasileiros e 2.845 estrangeiros. Eles atendem à população de 1.098 municípios e 19 distritos indígenas, a maioria no Norte e no Nordeste. Os profissionais recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo, pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios são responsáveis por garantir alimentação e moradia.

Sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em outubro, a Lei do Mais Médicos transferiu para o Ministério da Saúde a competência pela emissão dos registros dos profissionais estrangeiros e brasileiros formados no exterior. A responsabilidade sobre a fiscalização da atuação dos médicos foi mantida com os conselhos regionais de Medicina. O documento foi concedido a 1.949 médicos estrangeiros participantes do programa nas últimas duas semanas e, neste sábado, foi publicada portaria no Diário Oficial da União para emissão do documento para mais 565 profissionais, distribuídos em 336 municípios e seis distritos indígenas. Outros nomes serão publicados na próxima semana.

Lançado em 8 de julho, por meio de medida provisória, o Mais Médicos faz parte dos esforços do governo federal para melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.

Fonte: Agência Brasil